A comissão criada para estudar os casos de acúmulo de bolsas e vínculo empregatício teve sua segunda reunião na tarde do dia 20 de março de 2012.

A comissão, composta pela Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), possui caráter consultivo e foi instaurada com o objetivo de analisar as ocorrências relacionadas à portaria conjunta da Capes e do CNPq que permite o acúmulo de bolsa e vínculo empregatício.

Segundo as informações disponíveis no site da ANPG, nesta segunda reunião foram debatidas várias opiniões sobre o tema em questão, desde o cancelamento da permissão de vínculo até a proposta de publicação de uma nova portaria, totalmente reformulada.

Os presidentes da Capes e do CNPq se posicionaram contra o cancelamento da Portaria 01/2010. Na visão deles, a intenção inicial da medida, de proporcionar a oportunidade de uma experiência profissional aos alunos de mestrado e doutorado durante as suas pesquisas, permite um melhor ingresso no mercado, caso seja esse o desejo do aluno após o término dos estudos.

Após o debate, a comissão propôs eixos centrais para avaliação de uma possível nova portaria. Dentre esses eixos estão a definição de 8 horas semanais de trabalho ou até 32 horas mensais e que a solicitação de vínculo somente poderá ser feita pelo bolsista, ou seja, o vínculo empregatício tem que ser posterior à bolsa.

A presidente da ANPG, Elisangela Lizardo, afirma que associação está se posicionando contrária a qualquer medida retroativa, ou seja, qualquer medida que afete as bolsas já concedidas e que luta pelo reajuste dos valores das bolsas, que estão congelados há 1395 dias e que afeta diretamente a discussão sobre o acúmulo de bolsa e vínculo empregatício.

Fonte: ANPG