Oi pessoal! Vocês já devem ter visto o novo layout do posgraduando.com e, além dessa mudança, o blog ganhou vários colunistas. Dá uma olhada que tem muita coisa boa!

E essa vontade de sair do país está dando dor de cabeça?

Bem, é normal ficarmos perdidos quando tentamos sair da nossa zona de conforto.

Nenhum guia parece prover a segurança que a gente precisa para continuar e acreditar que vai dar certo.

Vimos também que sair do país – não só para pós-graduação  – é trabalhoso.

É natural termos uma lista infinita de perguntas. “Será que vale a pena?” “Fora “Será que o grupo é bom?”, “Como e quanto serei exigido lá fora?”, “Será que escolhi bem meu orientador? “, “Meu curriculum é bom?” e por aí vai.

A gente poderia usar a coluna de hoje só para listar essas dúvidas.

Mas calma, todas elas serão abordadas com calma no tempo certo.

O que tem a dizer quem já passou pela seleção? Na primeira vez que tentei vir para fora, não tive sucesso em nenhuma universidade. Sempre faltava algo. Foram inúmeros e-mails com resposta-padrão. Difícil não desanimar. Entretanto, a experiência acrescentou muito e no ano seguinte, preparei-me melhor e finalmente consegui vagas em várias universidades.

Foram várias conversas por Skype, e-mails, horas na internet procurando sobre os grupos e, ainda mais incrível, tive uma passagem com tudo pago para vir fazer uma série de entrevistas aqui na Europa! O quero dizer com isso? Arrisque! Tente! Melhor ter a certeza do não, do que ficar na eterna dúvida.

Assim como eu, vários amigos também não conheciam o atual orientador pessoalmente. O único fator comum é que nós começamos com bastante antecedência (que varia de seis meses para mais de ano). E, para reanimar, sempre é bom ouvir histórias de pessoas que conseguiram. Para ilustrar  as diferentes faces do processo selecionei os depoimentos:

“Não o conhecia. Não o escolhi, na verdade. Lia papers dele, assim como lia de outros pesquisadores. Ocorreu que mandei e-mail para vários possíveis orientadores e apenas dois deles realmente se interessaram pelo meu trabalho. Decidi pelo orientador que tinha o laboratório onde eu poderia aprender mais.” Aline R. da Silva, doutorado sanduíche, Holanda.

“Já o conhecia de nome. Ele era conhecido no departamento onde eu fazia o mestrado na época. Conversamos por e-mail algumas vezes e antes de aceitar conversamos também por telefone.” Michele de C. P. e Silva, doutorado, Holanda.

“Minha vinda aconteceu através de um projeto de investigação entregue à uma entidade europeia (ALBAN) que apoiava alunos sul-americanos a virem estudar na Europa. Ou seja, primeiramente eu busquei conseguir minha bolsa para depois efetuar a viagem. O projeto consistia na escolha do país, faculdade e o que seria investigado.  O orientador foi escolhido após o início das aulas.” Flavio Hobo, mestrado e doutorado, Portugal.

“Por tratar-se de um doutorado sanduíche o contato com minha supervisora aqui nos EUA foi através da minha orientadora no Brasil via e-mail.” Haroldo C. de Oliveira. Doutorado sanduíche, EUA.

“Meu contato inicial com o orientador foi por e-mail, mas eu decidi vir até a Holanda para conhecê-lo melhor, visitar o laboratório e conhecer o grupo, antes de eu aplicar para a bolsa de doutorado pleno (estou aqui pelo CsF). Meu orientador disse que foi muito importante eu ter feito essa visita, pois ele também teve a oportunidade de me conhecer melhor e avaliar se eu me encaixava no perfil do grupo.” Brenda B. Folly. Doutorado, Holanda.

Lendo esses exemplos – e tantos outros que não caberiam no espaço dessa coluna – a mensagem que fica é que não há um caminho único. Você tem que usar tudo que estiver à sua disposição. Armar-se com toda informação possível e com isso ser o candidato que eles tanto procuram!