Olá, preciso de uma consulta rápida com vocês, é obrigatório no artigo científico o uso do último sobrenome da pessoa para autor?

A resposta curta: se o seu nome é Fabrício Lizotti da Silva, a abreviação correta é SILVA, F.L. da.

E ponto. É assim que manda a ABNT. Qualquer pesquisador que cite um artigo em que seu nome esteja completo irá referenciá-lo assim.

Agora, a resposta longa.

Tem gente que faz diferente e muda a ordem dos sobrenomes? Tem sim.

Assim como tem gente que em seus artigos discute a diferença entre as médias mesmo quando o teste estatístico dá não significativo. Ou seja: não é porque fazem por aí que está certo.

E qual o problema em trocar a ordem dos sobrenomes? É bem simples.

Alguns periódicos publicam os artigos com o nome completo dos autores e geram automaticamente as abreviações nas bases de dados. Nesse caso, seu nome seria abreviado como SILVA, F.L. da. nas bases de dados, conforme o padrão vigente.

Eu, por exemplo, assim como qualquer pesquisador, se pegasse um trabalho seu com seu nome completo, iria citá-lo no meu texto como SILVA, F.L. da.

Entretanto, alguns periódicos deixam isso a cargo do autor, como parece ser a sua situação. Então você decide colocar LIZOTTI, F.S.

O resultado é que, conforme sua produção acadêmica for crescendo, nas bases de dados você irá aparecer como SILVA, F.L. da. e também como LIZOTTI, F.S.

Da mesma forma, algumas citações suas em textos acadêmicos serão como SILVA, F.L. da. e outras como LIZOTTI, F.S.

E isso dá impressão que são trabalhos de dois pesquisadores diferentes, quando na verdade, são todos seus.

Assim você não cria uma “identidade”, algo que quando outros pesquisadores/autores veem a sua citação, sabem quem é ou que outros artigos publicou. Fica difícil você se tornar referência no seu campo de estudo.