O semestre (em algumas universidades) está iniciando e com ele muitos de nós iniciaremos o estágio de docência. Cada programa possui uma dinâmica de execução desta matéria (alguns com maior liberdade, outros não), mas independentemente do campo de atuação o planejamento para a execução desta atividade é muito importante.
O plano de atuação será o instrumento que facilitará a execução das atividades pedagógicas, pois nele registraremos claramente os objetivos das atividades pedagógicas e as metodologias iremos utilizar. Mas previamente a esta etapa temos que listar os desafios/dificuldades a serem encontrados em sala de aula. Dessa forma começarei a listar “alguns”:
1.O aprendizado deve ser o objetivo principal
Ensinar é diferente de instruir, ensinar é desenvolver potencialidades no aluno que passará a construir relação de conexão entre as informações. Deste modo o processo de ensino ocorre quando há uma interação dinâmica entre os atores envolvidos no aprendizado como Paulo Freire nos fala:
“O educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa. Ambos, assim, se tornam sujeitos do processo em que crescem juntos e em que os ‘argumentos de autoridade’ já não valem. Em que, para ser-se funcionalmente, a autoridade, se necessita de estar sendo com as liberdades e não contra elas.”
2.Conflitos de geração
A sala de aula é um espaço que inevitavelmente reunirá várias gerações (Baby-Boomers, geração X, Y e Z) cada uma possui peculiaridades pelas experiências diversas e suas “bagagem” de vida. Assim, na sala teremos perspectivas, posturas e olhares diferentes. Para diminuir o choque de geração é necessário potencializar qualidades e identificar dificuldades.
Em relação às gerações temos:
Baby-Boomers (1955 a 1964)
São os autores da famosa frase “não confie em ninguém com mais de 30 anos” que soou durante a Gerra do Vietnã. São indivíduos que possuem grande ligação com o ativismo sociais.
Geração X (1970 A 1980)
São os filhos Baby-Boomers que não acreditam em hierarquia e não vêem mistério em computador. Trabalham com entusiasmo quando possuem foco definido e sempre necessitam de feedback.
Geração Y (1980 a 1990)
São acostumados com computador e internet e, exatamente como ocorre nos vídeos games, esta geração tende a ver seus erros como algo sem importância (qualquer coisa é só reiniciar, como no jogo) são capazes de rever facilmente o que fizeram.
Geração Z (nascidos a partir de 1994)
São os adolescentes de hoje, para eles a internet está definitivamente integrada ao seu dia a dia e seu mundo é o tecnológico. Quando bem direcionados, podem obter sucesso maior que as gerações anteriores.
3. O professor não disciplina a sala de aula. Ele gerencia a sala
Frente a uma diversidade de alunos (crenças, ideologias, culturas..) o conflito é quase inevitável, o professor deve ser aquele que norteia procedimentos de como as coisa devem ser feitas, o que muitas vezes é BEM diferente de como os alunos se comportam. Precisamos de espaços de aprendizados que muitas vezes são diferentes da formação tradicional. É preciso estar aberto a estas mudanças de “paradigmas”
Ufa, é muita coisa! Espero que levantando estes pontos fique mais fácil organizar e reorganizar o tempo em sala de aula, são desafios a serem superados (ou contornados).
Próxima semana tem mais!
Melka, gostei muito do seu texto. Vou começar a lecionar para cumprir meu estágio em docência e tem sido bem difícil para mim me sentir a vontade com essa ideia. As pontuações 1 e 3 foram muito interessantes.
Parabéns!
Parabéns pelo POST.
Muito obrigado.