Em dúvida sobre algum termo da Pós-Graduação? O Pós-Graduando pública os primeiros verbetes do “Dicionário da Pós-Graduação”. Aviso importante: este artigo NÃO é recomendado para pessoas sensíveis, carentes, revoltadas, falsos-moralistas ou com sérios problemas de senso de humor.
ABNT: conjunto de normas criadas para serem solenemente ignoradas por todos os periódicos nacionais, que insistem em elaborar normas próprias.
Acochambrar: ato antiético de fazer com que aquela análise teimosa torne-se significativa estatisticamente por meios escusos.
Amor: sinônimo de tese ou dissertação.
Conclusão: o ponto onde você ficou cansado de pensar.
Confiança: aquele sentimento que você tem antes de compreender completamente a situação.
E-mail: correspondência virtual que você envia ao seu orientador na inocente esperança que ele leia.
Especialista: profissional que lhe diz uma coisa simples, de maneira confusa, de forma a fazer você pensar que a confusão é sua.
Estatística: método sistemático para se ter uma conclusão errada com 95% de confiança.
Experiência: conhecimento que permite que você reconheça um erro quando o comete novamente.
Felicidade: é ter o que fazer.
Férias: algo que você tinha no ensino médio e que agora você nem se lembra mais o que é.
Hierarquia: poder que seu orientador é obrigado a exercer para que você consiga defender dentro do prazo.
Hipótese: uma coisa que não é, mas a gente faz de conta que é, pra ver como seria se ela fosse.
Ironia: insulto fantasiado de elogio.
Laboratório: primeira casa de todo pós-graduando.
Lattes: um Orkut com complexo de superioridade e que não é bloqueado no computador da faculdade.
Lucidez: realidade causada pela falta de álcool.
Mestrado: curso que você precisa para poder prestar certos doutorados. E só.
Método: procedimento utilizado para fazer com que a ficção científica deixe de ser ficção.
Opinião: algo que a gente dá e que, às vezes, apanha.
Orientação: forma remunerada de descontar em outras pessoas seus problemas pessoais.
Paciência: virtude que permite você esperar seu orientador corrigir seu artigo sem cair na tentação de cobrá-lo.
Parente: pessoa que adora perguntar quando você vai começar a trabalhar “de verdade”.
Personalidade: aquilo que uma pessoa tem quando não está precisando do emprego.
Pesquisador: pessoa que, partindo de premissas falsas, consegue chegar a conclusões perfeitamente equivocadas.
Preguiça: hábito de descansar antes de estar cansado.
Relatório: melhor forma de perder tempo escrevendo algo que ninguém vai ler.
Sarcasmo: aquele “Boa Sorte” que alguns professores colocam no final da prova.
Senso de humor: sentimento que faz você rir daquilo que o deixaria louco de raiva se acontecesse a você.
Teimosia: orgulho de ser burro.
Vida social: esse verbete não existe no dicionário da pós-graduação.
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Use sua criatividade e sugira um verbete no campo “comentários” abaixo.
Gambiarra: tentar fazer funcionar de qualquer maneira algum equipamento ou experimento de maneira não-científica, usando objetos como elásticos, fita-crepe, clipes, tampas de caneta, pedaços de papel…
No meu caso, Estatística: A coisa em que você dedica o maior tempo, e preocupações, da sua vida. Entre suas atividades principais inclui aprender o alfabeto grego inteiro, considerar desvios como normais e, como já mencionado, tirar conclusões erradas com 95% de confiança – mas como estatístico a pessoa é ensinada a fazer com o valor que ela quiser.
Q.I.: com certeza não tem a ver com o antigo equívoco que o relacionava a habilidades de raciocínio. Contemporâneamente remete a dois fatos em sequência: Quem Indica Quem Inifia!
Almoço: aquele sanduíche duro na lanchonete perto do departamento;
Jantar: jejum, pois quando vc finalmente encontra tempo pra sair do laboratório, a lanchonete já está fechada;
Fome: tão normal que o estranho é estar de barriga cheia;
Referência bibliográfica: aquilo que copiamos de alguém que copiou de alguém (e que provavelmente também já copiou de alguém);
Etc: falta de criatividade pra dar mais exemplos (ou sem saco mais mesmo pra ilustrar o assunto, o conteúdo, etc.)
🙂
Adorei, principalmente o significado de “fome” e “referências bibliográficas hahahahahaha
Recurso Técnico: Gambiarra que funciona.
Recursividade: vide Recursividade
Procrastinação: habilidade intrínseca a todo pós-graduando. Implica em tornar QUALQUER COISA mais importante e mais urgente do que sua tese ou dissertação.
Exemplo empírico: Eurico foi obrigado a parar sua revisão bibliográfica pois percebeu que as bolinhas em suas meias de dormir precisavam ser aparadas meticulosamente naquela semana.
Procastinação: ato inerente de uma pesquisa científica de excelente qualidade, criando a velocidade ideal para que os processos de uma pesquisa ocorram no tempo certo.
Inspiração – Aquele pânico de ultima hora quando chega perto da defesa.
Doutorado = Game over
Seminários de pesquisas = uma bela oportunidade de aprender como é falar para quem não tem o menor interesse naquilo que você tem a dizer.
Sexo = vide vida social
Dado: informação extraída de um experimento científico que faz voce duvidar da premissa inicial da experiencia.
Gargalhada: expressão corporal que corresponde ao terceiro nível de desespero. (No 1º, você está preocupado e pensativo; no 2º, a dor de estômago e o choro no laboratório serviu de aviso a todos de que você realmente está desesperado, no 3º, já que não tem jeito mesmo, você já contagiou os colegas e estão todos às gargalhadas…)
PS.:Não, o problema que causou o desespero ainda não foi resolvido, geralmente, é irrecuperável, algo como: “só refazendo seu ensaio de 300h”.
Obs.:Se quer que dê certo, faça você mesmo, da próxima!
Criatividade: ato desesperado no qual você (re) cria algo para ver se consegue cumprir com a meta definida pelo orientador, ou algo parecido…
Bolsa: o prêmio de consolação por abrir mão de trabalhar e por dedicar-se exclusivamente aos estudos. Quando entra na conta é celebrada com gritos de alegria. Quando a pós acaba, igualmente gritos: de desespero.
Projeto: trabalho do orientador repassado aos alunos de pós, que por sua vez repassam aos alunos de iniciação científica.
Relacionamento: Aquilo que você perde logo que ganha a bolsa do mestrado ou doutorado.
Doutorado: aquilo que se faz antes de se tornar desempregado
Namoro: antítese de pós-graduação. Você namora ou faz pós-graduação. Uma coisa necessariamente exclui a outra. Obs.: A regra vale para pessoas normais, porque sempre tem um super saiyajin 4 que consegue fazer as duas coisas.
Revista da Paróquia de Olinda: Revista “Científica” utilizada como último recurso para conseguir publicar seu artigo ou a única tentativa, dependendo da qualidade do tal artigo..
Banca: grupo de pessoas com a capacidade de perguntar tudo aquilo que você não sabe e ainda te fazer se sentir a pessoa mais burra do mundo.
Ser pesquisador: vender a alma a mundos e fundos!!!
Assim com ARTIGAR é passar dias e dias para escrever uma lauda do seus resultados e seu orientador cortar tudo em 5 linhas em apenas uma hora!!
Biblioteca: alojamento sem pernoite e sem refeições onde se fica preso boa parte da pós-graduação.
Dormir: verbo defectivo que só se conjuga em 8h na graduação. Posteriormente não se conjuga por mais de 6h ou somente com auxílio de medicamentos tarja preta em vésperas de qualificação/defesa.
Prazo: o bom é que um dia acaba!
Amostra: quantidade de elementos pesquisados/analisados, que é definida com base no esforço que você quer ter durante a pesquisa.
Esforço: aquilo que aparece depois da procrastinação, muitas vezes atenuado pela preguiça.
Preguiça: adjetivo utilizado para qualificar o sentimento de desespero dado em aversão à pesquisa.
Pesquisa: pseudo trabalho que pesquisadores e aspirantes a pesquisadores desenvolvem, com baixo índice de aplicação na vida real.
Vida real: o que qualquer pessoa tem, desde que não se enquadre na categoria pesquisadores e aspirantes a pesquisadores.
Vida social: conjunto de atividades realizadas geralmente em grupo, em ambientes descontraídos, e que se encerram com a entrada no mestrado ou no doutorado.
Defesa: Sessão oficial de tortura que ocorre ao final de um curso de mestrado ou de doutorado. Humilhação pública institucionalizada em Universidades.
Boa
Sim, nossa. =(
Banheiro: Um local que vc só vai sentir vontade de ir quando estiver fazendo um experimento muito importante ou seu orientador te chamar pra conversar. Ou seja, vc nunca vai a ele.
Colaboração: aquele cara que só fez a análise porque tem o equipamento, não sabe nada sobre seu trabalho e ainda entra como co-autor para rechear o lattes;
Rede de colaboração: vide amigos bavária – grupo de auto-citação e troca-troca de autorias em trabalhos cuja endogenia apenas serve para aprovar seus próprios para posições em seus castelos/universidades;
Revisão: algo que você faz e que seu orientador não dá a mínima.
Paciência: algo que está entre a vontade de escrever e a barra de chocolate o seu lado.
Citação direta: em um trabalho científico, é a maneira mais rápida de deixar o trabalho mais volumoso. Mais conhecida por “encheção de linguiça”
Paráfrase: em um trabalho científico, é a maneira que se encontra para dizer que não entendeu o que o autor citado quis dizer.
Espaçamento entrelinhas entre 1,6 e 2,0: forma mais adequada de deixar a produção mais volumosa. Regra-geral nos trabalhos de pós-graduação stricto sensu no Brasil.
Impressão frente e verso: nem pensar.
Prazo: aquele que você espera que seja infinito enquanto dure.