Com a paralisação das atividades acadêmicas na UFABC, a greve dos professores das universidades federais, que chega nesta terça-feira (5) ao seu 20º dia, conta agora com a adesão de 53 instituições federais. Além das 49 universidades federais, também estão em greve docentes de quatro institutos federais: CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica) de Minas Gerais; IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais); IFPI (Instituto Federal do Piauí) e Instituto Federal e Tecnológico do Sudeste de Minas Gerais.
E ao que tudo indica, longe de um acordo entre o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o governo federal.
O sindicato da categoria estima que mais de 500 mil alunos estão sem aulas por conta da greve. Entre as principais reivindicações estão a incorporação de gratificações, acréscimo de titulação, melhores condições de trabalho e reestruturação do plano de carreira nos campi criados com o Reuni.
A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Os professores também reclamam da política de expansão das universidades federais feitas pelo governo através do programa Reuni. Segundo a Andes, a expansão foi feita às pressas e provocou a queda das condições de trabalho, com salas lotadas, excesso de disciplinas e de orientações na graduação e na pós-graduação, ausência de laboratórios e estrutura para pesquisa e extensão, e de uma política efetiva de assistência estudantil.
Outro lado
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que todos os acordos firmados em 2011 com os professores universitários da rede federal foram cumpridos pelo governo e, nesse cenário, não vê justificativa para uma greve da categoria neste momento.
Segundo Mercadante, as entidades que representam os docentes articularam a greve apesar de o governo federal ter cumprido integralmente acordo fechado no final de 2011 com a categoria.
“Não vejo por que uma greve neste momento, neste cenário. Estamos negociando uma alteração nas carreiras que terá impacto somente no ano que vem. Por que parar as aulas em maio?”, questionou o Ministro.
Confira a lista das instituições federais que aderiram à greve até o momento
1. CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica) de Minas Gerais
2. FURG (Universidade Federal do Rio Grande)
3. IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais)
4. IFPI (Instituto Federal do Piauí)
5. Instituto Federal e Tecnológico do Sudeste de Minas Gerais
6. UFAC (Universidade Federal do Acre)
7. UFAL (Universidade Federal de Alagoas)
8. UFAM (Universidade Federal do Amazonas)
9. UFCG (Universidade Federal de Campina Grande)
10. UFERSA (Universidade Federal do Semi-Árido) – Mossoró
11. UFES (Universidade Federal do Espírito Santo)
12. UFF (Universidade Federal Fluminense)
13. UFG (Universidade Federal de Goiás) – Campus Catalão
14. UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora)
15. UFLA (Universidade Federal de Lavras)
16. UFMA (Universidade Federal do Maranhão)
17. UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso)
18. UFMT-RO (Universidade Federal do Mato Grosso / Rondonópolis)
19. UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto)
20. UFOPA (Universidade Federal do Oeste do Pará)
21. UFPA (Universidade Federal do Pará /Central)
22. UFPA (Universidade Federal do Pará /Marabá)
23. UFPB (Universidade Federal da Paraíba / Cajazeiras)
24. UFPB (Universidade Federal da Paraíba)
25. UFPB-PATOS (Universidade Federal da Paraíba / Patos)
26. UFPE (Universidade Federal de Pernambuco)
27. UFPI (Universidade Federal do Piauí)
28. UFPR (Universidade Federal do Paraná)
29. UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia)
30. UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)
31. UFRR (Universidade Federal de Roraima)
32. UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
33. UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
34. UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
35. UFS (Universidade Federal de Sergipe)
36. UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rey)
37. UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro)
38. UFU (Universidade Federal de Uberlândia)
39. UFV (Universidade Federal de Viçosa)
40. UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri)
41. UnB (Universidade de Brasília)
42. Unifal (Universidade Federal de Alfenas)
43. Unifap (Universidade Federal do Amapá)
44. Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)
45. Unipampa (Universidade Federal do Pampa)
46. Unir (Universidade Federal de Rondônia)
47. Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro)
48. Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco)
49. UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
50. UFDG (Universidade Federal da Grande Dourados)
51. UFSM (Universidade Federal de Santa Maria)
52. UFG (Universidade Federal de Goiás) – Campus Jataí
53. UFABC (Universidade Federal do ABC)
Sem falar nos Programas de Pós Graduação que já pararam.
a UFPEL vai entrar em greve assim que terminar o 2º turno das eleições pra reitoria, parece.
Há muito tempo que já era necessário uma mobilização nas IES, porém a discussão não deve-se basear somente em questões salariais dos docentes! O principal tópico deve ser as consequências/prejuízos causados pela expansão das universidades provocadas pelo REUNI.
Um maior número de pessoas devem ter acesso ao ensino superior? Correto! Mas não do modo que foi implementado, o qual na realidade provocará um sucateamento do ensino superior assim como ocorre com o ensino básico!
Apesar de louvável o acesso de milhares de estudantes ao ensino superior através do PROUNI, o rio de dinheiro destinado às instituições privadas incentivam ainda mais a mercantilização do ensino no país…
Já passou da hora do atual governo demonstrar uma política séria e com maiores avanços se comparados ao período FHC!
É fácil xingar o PROUNI quando tem uma universidade federal na sua cidade.
Respondendo a sua crítica bastante fundamentada:
Momento algum xinguei o PROUNI (leu como iniciei o parágrafo??caracterizando como louvável os resultados do programa?), porém sem dúvida alguma sou contra (a longo prazo) ficar sustentando essas faculdades particulares, sendo q a maioria destas não tem nenhum compromisso com a qualidade do ensino, valorização dos profissionais/professores!
Gostaria de saber se após 4 de graduação+ 2 de mestrado+ 4 de doutarado, vc estaria satisfeito em ganhar menos de 40h/aula?!
Vc acha normal abertura de capital destas faculdades em bolsas de valores?
Vc prefere um maior investimento na univers. públicas (q garantirá um aumento no nº de vagas) ou bancar indefinidamente essas “empresas”?
Abs.
PS: na minha cidade não há universidade federal não, existe um projeto p implementação de um campus, mas até hoje falta $ e vontade política.
Enquanto isso na Rede Record: “Boa notícia: Pedro come frango”.
Isso que mata nessa imprensa… Greve de federais, alunos da Unifesp levando porrada da Tropa de Choque, alunos da UNILA levando porrada da PM local…
Daí você vê a notícia: “Veterinário apresenta à imprensa lagarto Sailfin repatriado da China nas Filipinas”. Ok.
tem também um dos campus da UFSCar (Federal de São Carlos – campus sorocaba), e essa semana vão decidir se o campus de são carlos também entra…
Será complicadíssimo encerrar o estágio docência.
Minha escola (EEAN), Pós Graduação, também vai parar.
Só
para fazer uma pequena correção a UFRR – Universidade Federal de Roraima também
está em Greve, notei que o nome da UFRB aparece duas vezes
Apenas para complementar, o CEFET do Rio de Janeiro também está em greve desde o dia 31/05.
A UERJ já declarou greve também…
54. UFT Universidade Federal do Tocantins
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), entrará em greve a partir do dia 13 de Junho. Ressaltando que no ano passado alguns Institutos Federais, como o IFPA, paralisou as aulas entre Agosto até início de Outubro