Nos dias de hoje, além de todas as atribuições da vida dita moderna, ou “foucalteando”, pós-moderna! Estudos, disciplinas, línguas, família, namoro, baladas (para os solteiros a vida ainda é mais atribulada…rs), redes sociais, acesso a informação e por aí vai!

Claro, temos ainda a bendita dissertação!!! Não bastasse as disciplinas obrigatórias do mestrado, trabalhos, seminários, papers, artigos, conferências e etc. Devemos coletar dados, muitos dados, TSE, TER, IDH, INEP, CENSO, DATASUS… são tantas siglas, sites, sistemas mal elaborados para conseguirmos os dados necessários. Mas devemos seguir as orientações do nosso general ou generala, dizendo: “Você precisa de dados para comprovar a sua hipótese, não basta a parte teórica, tem que comprovar com dados empíricos”. E lá vamos nós, na busca interminável por muitos dados!!!

Para a nossa ou nosso orientadora(o) é fácil, eles falam assim para os bolsistas: “Tenho uma tarefa para amanhã, crie um banco de dados completo com informações sobre escolaridade, sexo e faixa etária de todos os eleitos municipais de todo o Brasil”. Aí você pensa…sô isso?! Bom, vamos baixar no site do TSE. Nada, ledo engano, você irá perder várias noites de sono tentando descobrir como poderia fazer isso.

Imagina que sonho??? Se todos nós pós-graduandos tivéssemos o nosso próprio bolsista?! Somente para coletar aqueles dados altamente chatos e complexos, mas fulcrais para corroborar com a nossa pesquisa! Já pensou, você mandando um email para o SEU bolsista solicitando os dados que você precisa para ontem desde 1960?! Na mesma semana ele ou ela montam o tão sonhado banco de dados ( detalhe…ele/ela tem curso avançado de Excel! Isso deveria ser pré requisito) e te envia tudo completo e correto. Melhor ainda, já manda com a syntax do SPSS prontinha.

Aí repentinamente…..você acorda!!! Hahaha! Porque a nossa realidade é que realizamos um trabalho solitário e silencioso. Definimos nosso tema, realizamos nosso recorte na pesquisa, montamos o desenho e o projeto da pesquisa, coletamos os dados nas mais diversas fontes, fazemos leituras intermináveis sobre nossos temas. E depois de tudo isso ainda devemos combinar estes dados e leituras teóricas da maneira mais inteligível possível. Além de analisar estes dados correlacionados de forma concisa e com embasamento nas mais diversas teorias dos inúmeros autores que seu carrasco(a)…ops, orientador(a) indicou para leitura…ufa! Terminou, você pensa! Não, teremos que escrever, formatar, montar bibliografia e etc. E mais uma vez nos voltamos a sonhar e idealizar, porque a CAPES ou o CNPq não abrem editais para bolsistas de estudantes de pós-graduação?!

E lembrando sempre…tudo dentro das super controladoras normas da ABNT! Boa sorte e bom trabalho!