Nada mais frustante do que receber a resposta daquele periódico que seu artigo foi recusado.
Ficamos frustados, indignados e muitas vezes não conseguimos ver com clareza os motivos da recusa.
Afinal de contas, nós, pesquisadores, que desenhamos e planejamos o estudo com tanto cuidado, nos dedicamos aos resultados das análises e preparamos o manuscrito com tanto esmero.
Como lidar, então, com o recebimento de uma resposta quase educada do periódico pretendido, mas cujo conteúdo nos informa que nosso manuscrito não é relevante e/ou não está bem redigido ou adequadamente fundamentado?
Reunimos aqui as causas mais frequentes para a recusa de artigos.
O seu artigo pode ser rejeitado por um editor de periódicos antes mesmo enviado para revisão pelos pares.
E os possíveis motivos para isso são:
Os motivos acima mencionados também podem ser dados pelos revisores de periódicos como razões para rejeitar um artigo uma vez que ele passou pelo processo de revisão.
Os motivos por que um artigo foi rejeitado uma vez revisados por pares são principalmente:
1) Problemas éticos
Se refere a uma conduta inadequada do autor.
De que maneira?
2) Problemas com os objetos ou instrumentos de estudo
Se refere a formulação de questionários e entrevistas, aos objetos ou instrumentos metodológicos utilizados pelos autores.
Por exemplo, há falhas na construção no instrumento de coleta e isso enviesa o resultado da pesquisa.
Ou quando o instrumento de coleta, não possibilita identificar as relações entre o discurso e a prática.
Além do erro na escolha do instrumental da pesquisa, a recusa também ocorre quando há uma inadequação quanto ao objeto da pesquisa.
Seja na descrição, no tamanho da amostra, no objetivo.
3) Problemas de originalidade
Na maioria dos periódicos as normas para publicação exigem que o manuscrito seja original.
No sentido de que não tenha sido apresentado em evento ou outra revista e que se constitua num texto relevante para a área.
Quando o artigo já foi publicado sob outra forma, tais como tese, dissertação, trabalho apresentado em evento, esta informação deve constar no momento da submissão do manuscrito, para que o editor julgue se envia, ou não, para a avaliação.
Vários periódicos não aceitam trabalhos publicados em eventos, ainda que tenham sido expandidos.
Essa é uma questão bastante diversa.
4) Problemas de redação
O trabalho científico é avaliado por sua qualidade de conteúdo e por sua qualidade formal.
Diz respeito aos meios e formas usados na produção do trabalho, de acordo com os ritos acadêmicos.
Nesta categoria, estão relacionados os problemas observados à forma do manuscrito e que comprometem a exatidão, a clareza e a comunicabilidade da mensagem que o autor pretende transmitir.
Erros de redação, digitação, ortografia, concordância verbal, gramática, parágrafos sem conclusão, linguagem telegráfica ou truncada, além de pobreza no estilo e na escrita.
Quando o autor se coloca na primeira pessoa do singular, noutras, no singular, repete termos na mesma frase e deixa os parágrafos sem nexo também é um problema.
Enfim, as orações precisam ser mais bem explicadas para as frases ganharem sentido.
Escrever com clareza é uma aptidão a ser desenvolvida.
5) Problemas de normalização
Se referem ao atendimento, à normalização de um texto cientifico de acordo com as normas do periódico.
E também das regras que visam à qualidade e precisão dos aspectos da comunicação cientifica e que comprometem a qualidade e o desenvolvimento lógico do texto.
São exemplos de problemas com normas que acarretam a recusa do artigo:
6) Problemas de aprofundamento teórico
Ao elaborar o texto, o autor demonstra o que leu e aprendeu sobre o assunto, descrevendo seu referencial com base nos autores lidos.
Os avaliadores também procuram observar o “diálogo” que o autor promove entre os teóricos incluídos no artigo e a coerência no uso das teorias selecionadas.
Dentre os principais pontos considerados motivos para a recusa podemos citar:
7) Problemas de Metodologia científica
São pontos que causam uma avaliação negativa:
Um artigo recusado é sempre uma possibilidade de aprimoramento.
E passada a frustração inicial é hora de retomar o trabalho.
Olá!
Sei que não é assunto desta postagem mas alguém poderia me esclarecer:
1. Há exigência (por parte do MEC) de tempo mínimo para realização do curso de pós (lato sensu). Não me refiro a carga horária, que sei que o minimo é de 360hrs, me refiro à possibilidade de realizá-la em tempo curto, como 2 meses, já com tcc e prova final.
2. Há exigência (por parte do MEC) de provas presenciais e TCC presencial, ou pode ser feito tudo via on line?
Muito obg!
Oi, Teresa! Sou professora doutora em Letras, já orientei trabalhos de diferentes níveis e, atualmente, trabalho com revisão de textos acadêmicos (artigos, monografias, dissertações, teses), observo que, em geral, como vivemos uma grave crise no ensino e, em particular, no uso da língua materna, há textos escritos mesmo por doutorandos que são sofríveis do ponto de vista linguístico. Já aconteceu de, diante de uma suposta tese de doutorado, questionar-me se era um “trabalhinho” de ensino de médio. Parece-me que alguns orientadores poderiam ser mais exigentes com os seus orientandos, literalmente como diz o gaúcho, “chamando-os na chincha” ou, como queira “apertando-os”, fazendo uma peneira, escolha o termo que melhor lhe aprouver.
Por outro lado, observo uma terrível resistência ao cumprimento das normas da ABNT. Ontem, dizia para um graduando do meu círculo pessoal de relações que está fazendo um trabalho monográfico e declarava que não havia normatizado o texto: “faça-o antes de começar a digitar, evite dissabores a posteriori”, mas eles nos olham como se fôssemos ETs. De minha parte, quando começo um artigo, a primeira providência é formatar a página conforme as normas expressas em diretrizes para autores na página virtual da revista.
Ol elaine , e mandei um artigo para revista de psicologia da usp, porem foi rejeito, e a explicação foi , que o artigo era de opinão.
segue abaixo a resposta do jugaldor.
Escrevo a respeito de seu manuscrito # PUSP-2020-0157 “Por que buscamos relacionamentos íntimos?”, submetido à revista Psicologia USP.
Comunicamos que, apesar de apresentar um tema relevante, o manuscrito recebeu parecer desfavorável para publicação na revista Psicologia USP, que privilegia a publicação de ensaios teóricos e de artigos de caráter teórico-reflexivo e relatos de investigação empírica que enfatizem os aspectos teórico-conceituais que fundamentam a pesquisa, conforme consta nas instruções aos autores: http://www.scielo.br/revistas/pusp/pinstruc.htm. No caso do manuscrito em questão, avaliamos que o manuscrito foge da proposta, tendo o formato de um artigo de opinião, e não de ensaio.
minha duvida todo artigo não uma opinião?