Fazer graduação ou pós-graduação quase sempre requer mudar de cidade, ás vezes até de estado, e aí fica a questão: onde morar?

Vale mais a pena morar sozinho ou dividir uma residência com outros estudantes?

Já adianto que não há uma resposta única para isso, e para ajudar nessa decisão, reunimos alguns pontos importantes a serem considerados.

Primeiro: Entenda o seu orçamento

Antes de tudo, faça as contas.

A bolsa de pós-graduação precisa cobrir aluguel, contas, alimentação e imprevistos.

Sim, eu sei que é bem difícil!

Se a ideia é morar sozinho calcule os custos fixos.

Em capitais como São Paulo ou Rio, um apartamento pequeno consome mais da metade da bolsa.

Não se esqueça de incluir água, luz, internet e alimentação.

Pense também a longo prazo.

Você terá recursos para mobiliar o espaço? Depósitos de aluguel e taxas extras podem pesar no início.

Se optar por dividir, os custos são menores dependendo do número de pessoas.

Considere também moradia estudantil e alojamentos nas próprias universidades.

Solidão vs. Convivência: O que pesa mais na sua rotina?

Morar sozinho traz liberdade, mas também desafios.

Você será responsável por todas as tarefas da casa, da limpeza ao conserto de uma torneira.

E isso pode ser cansativo durante períodos intensos de pesquisa.

Além disso, para quem vem de outra cidade, a falta de interação diária pode ser dura.

A dica é criar uma rotina com atividades sociais (grupos de estudo, esportes) para evitar o isolamento.

Já dividir a casa, pode ser mais barato e menos solitário, mas exige jogo de cintura.

Isso porque às vezes conflitos são inevitáveis.

Colegas com hábitos diferentes (horários, organização, barulho) podem gerar estresse.

Uma possível solução é combinar regras claras desde o início e manter diálogo aberto.

Localização é tudo (principalmente no seu bolso)

A escolha do bairro ou cidade impacta diretamente no seu estilo de vida.

Em capitais, o aluguel alto muitas vezes obriga a dividir residência.

Já em cidades universitárias do interior, morar sozinho pode caber no orçamento.

Morar perto do campus reduz gastos com transporte e economiza tempo — algo precioso para quem precisa conciliar aulas, pesquisa e orientações, mas os custos de aluguel quase sempre serão mais altos.

Avalie o custo-benefício de dividir um imóvel na região versus morar sozinho em áreas mais afastadas (e gastar mais com deslocamento).

Saúde Mental: Não subestime esse fator

A pós-graduação já é estressante por si só, por isso, avalie como cada opção afeta seu equilíbrio emocional.

Morar sozinho pode ser ideal para quem precisa de silêncio e concentração, mas requer disciplina para não negligençar a socialização.

Já dividir casa oferece suporte social, mas exige tolerância.

Evite compartilhar espaços com pessoas muito desconhecidas — prefira colegas da pós ou amigos com rotinas similares.

Se possível, faça um “teste drive” antes de se comprometer.

Alugue um Airbnb por uma semana ou combine uma temporada experimental com possíveis colegas de casa.

Como tomar a decisão certa?

Liste prioridades! O que é essencial para você? Privacidade? Economia? Rede de apoio?

Pesquise todas as alternativas, como por exemplo repúblicas mistas (estudantes + profissionais), flats mobiliados ou até morar com familiares em cidades próximas.

Tenha um plano B! Sim, nem sempre é possível, mas é preciso ter alguma reserva para caso não der certo dividir casa e/ou você precise mudar rapidamente.

Não existe escolha perfeita, mas existe a escolha certa para você!

Morar sozinho ou dividir residência são caminhos com prós e contras, mas a melhor opção será aquela que alinhar seu bolso, sua personalidade e seus objetivos acadêmicos.

Seja qual for a decisão, lembre-se: essa fase é temporária, e ajustes são sempre possíveis.

E você, já passou por isso?

Compartilhe nos comentários suas experiências ou dúvidas — trocar ideias pode ajudar outros colegas nessa jornada!