Agora que terminei de escrever o artigo científico, como faço para escolher o periódico certo para publicá-lo?
Comumente, nós
Após meses (ou até anos) pesquisando, noites insones no Facebook escrevendo, e depois do manuscrito ir e vir na mão do orientador – que criticou e sugeriu drásticas alterações –, em geral, temos o que chamamos de “versão final” do artigo.
Geralmente, a “versão final” é aquela que aspiramos enviar para um bom periódico. Isso quando não somos aliciados convidados a submeter artigos só para atender a requisitos de conclusão de alguns programas de mestrado e doutorado.
Nessa etapa, que tanto desejamos ver o nosso trabalho publicado, nós nos deparamos justamente com a escolha do periódico. Alguns pesquisadores (já ouvi mais de um dizer isso) costumam afirmar o seguinte: “quando o artigo é bom, ele é aceito em qualquer lugar”. Porém, posso afirmar com propriedade que essa afirmação não é verdadeira, tampouco correta.
PROVA EMPÍRICA
Em dezembro do ano passado, tive um artigo publicado em um periódico internacional de alto impacto, classificado como A1 no Qualis Capes. Esse artigo havia sido enviado anteriormente, na versão em português, para um periódico nacional classificado como B2 no Qualis Capes, e foi recusado sob a alegação de que o artigo não se enquadrava no escopo do periódico [lembrando que a classificação do Qualis Capes é a seguinte: A1 (mais alto nível), A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C (mais baixo nível)].
A melhor conclusão que eu pude tirar diante disso, é a de que há uma grande necessidade de meditação, paciência e critérios na escolha do periódico certo.
Por isso, eu separei alguns critérios e dicas que podem ajudar nessa tão ferrenha escolha.
As primeiras dicas envolvem um momento muito anterior à finalização do artigo. Debruce-se sobre o seguinte critério:
DESENVOLVER O ARTIGO PARA O PERIÓDICO CERTO
Se for viável para você, sugiro seguir os seguintes passos:
1. Escreva o artigo já tendo em mente o periódico certo para submetê-lo;
2. Desenvolva-o dentro do escopo do periódico escolhido;
3. Escreva-o minuciosamente adequado às normas do periódico;
4. Cite artigos do periódico escolhido;
5. Demonstre porque o seu trabalho é relevante para o periódico; e…
6. Mostre como o seu trabalho se complementa as publicações anteriores do periódico.
Obs.: vale a pena pensar no critério anterior.
No entanto, raramente temos a condição de escrever um artigo especialmente para um periódico em particular. Logo, a escolha do periódico certo passa a se pautar intimamente em um autoconhecimento do próprio trabalho. Isto é, você não fez um artigo para um periódico predeterminado. Então, deve-se levar em consideração outros 3 critérios:
(1) Tema
(2) Adequabilidade
(3) Qualidade
No critério 1, analise se o seu artigo possui um tema específico ou amplo. Se o seu artigo possui um tema específico, por exemplo: estuda um elemento peculiar e restrito a algum tipo de especialidade singular, tipo só você e o seu orientador conhece sobre o tema no seu departamento, porque o tema não é interessante para mais ninguém. Desse modo, busque um periódico específico que só publica trabalhos pares aos seus.
Artigos com temática específica devem ser enviados para um periódico específico, pois: o periódico já possui editores e revisores com expertise na área do seu artigo; a avaliação, assim, tenderá a ser mais rápida; e, se aceito, o seu trabalho terá melhor visibilidade e mais citações.
Já, se o seu artigo possui um tema amplo, por exemplo: estuda elementos de interesse para a sociedade como um todo ou é de grande impacto para a área do conhecimento em que se enquadra o trabalho, tipo você e o seu orientador vão mudar o mundo. Desse modo, busque um periódico genérico, mais popular, também chamado de mainstream.
No critério 2, analise se o seu artigo é adequado ou não para o periódico. Às vezes um artigo de abordagem complexa (quando baseia-se em fórmulas, termos técnicos ou estatísticas hard), mesmo que possua um tema amplo e geral, pode ser de difícil compreensão para leigos e não-pesquisadores.
Comumente, os periódicos genéricos deixam explicitado o modo como querem os artigos submetidos. Vejamos, por exemplo, o que diz as normas de submissão do Journal of Marketing (principal periódico mainstream de marketing no mundo) sobre legibilidade:
“Os manuscritos são julgados não só pela profundidade e alcance das ideias apresentadas e suas contribuições para a área, mas também pela sua clareza e se eles podem ser lidos e compreendidos. Os leitores têm origens variadas. Assim, as seguintes diretrizes devem ser seguidas: escrever de uma forma interessante, de fácil leitura, com estrutura de sentença variada. Evitar o uso de termos técnicos que poucos leitores poderão entender. Lembre-se: a revista é projetada para ser lida, e não decifrada. Mantenha frases curtas para que o leitor não se perca antes do fim de uma frase.”
Além disso, cada periódico utiliza-se de suas próprias regras de submissão. Por exemplo, alguns estipulam o máximo de 7 mil palavras, outros 8 mil, outros chegam a estipular 5 mil palavras (é um artigo ou nota explicativa?).
Já ocorreu comigo: após 5 meses da submissão, o editor me mandou um e-mail dizendo que se eu não diminuísse o número de palavras de 8.500 para 7.000, meu artigo não seria mandado para avaliação (editor bonzinho esse, outros já recusariam logo).
Conclusão: se o seu artigo não segue o estilo do periódico, nem perca o seu tempo submetendo-o.
No critério 3, por sua vez, analise a qualidade do seu artigo para o periódico. A gente quando escreve um artigo, costuma insuflar a qualidade dele, de modo que nos iludimos ao ponto de achar que o artigo pode ser publicado no periódico mais foda TOP da nossa área.
Seja sincero com você mesmo e evite esperar meses e até anos para receber a recusa, inevitável, do seu artigo. No Brasil, alguns periódicos levam até 2 anos para avaliar um artigo, e mesmo depois de todo esse tempo, o artigo pode vir a ser recusado, comprometendo muitas vezes os dados levantados no artigo e acarretando prejuízos ao pesquisador.
Por isso, eu ressalto: evite enviar artigos mal escritos para avaliação, ou não totalmente estruturados às normas do periódico (por exemplo: fonte, espaçamento, número de palavras, citações, referências etc.). E mais, se quer uma resposta mais rápida de avaliação, procure periódicos trimestrais, bimestrais ou mensais.
Bom, levando em consideração os critérios levantados anteriormente sobre tema, adequabilidade e qualidade. Isto é, você agora conhece bem o seu artigo e sabe para que tipo de periódico submeter. Então, vamos nos debruçar sobre algumas outras questões que vão nortear a nossa escolha do periódico.
O QUALIS CAPES
No Brasil, utilizamos como base classificatória da qualidade de nossas publicações os periódicos listados no Qualis. Assim, basta abrir o Qualis para termos acesso a listagem da Capes.
Abrindo o Qualis, na Barra superior, no lado esquerdo, em Consultar-Classificação, selecione como quer fazer a consulta. Se você for por “área de avaliação”, é possível encontrar os periódicos da sua área nos estratos A1 (mais alto nível), A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C (mais baixo nível).
Encontre o periódico no estrato que você acha que seu artigo se enquadra, sempre levando em consideração os critérios já estabelecidos. Se você é um noviço, consulte a opinião de seu orientador.
Vale lembrar, que uma leitura prévia dos artigos recém-publicados pelo periódico escolhido, pode lhe ajudar muito a entender que tipo de artigo é aceito e criar um parâmetro em relação ao seu próprio trabalho.
Também, quando se trata de periódicos internacionais, cabe pontuar que o padrão de escrita e os modelos de pesquisa diferem um pouco do que é feito no Brasil. Então, lembre-se que para uma revista internacional, o seu artigo deve:
(1) mostrar relevância internacional;
(2) contribuir para a área de modo expressivo; e,
(3) ser escrito de modo universal.
E SE O PERIÓDICO NÃO ESTÁ NO QUALIS CAPES?
Em geral, isso ocorre com periódicos internacionais, simplesmente, porque o Qualis Capes é construído a partir das publicações realizadas por pesquisadores vinculados a alguma pós-graduação no país.
Todo ano a Capes faz uma coleta entre os programas de pós-graduação do país. Isto é, um controle das publicações realizadas nos programas de pós-graduação para as realizações de suas respectivas avaliações conceituais.
Assim, se o pesquisador é professor de um mestrado ou doutorado, e ele publica em um periódico que não está no Qualis, na próxima coleta da Capes, o periódico vai entrar na listagem do Qualis. É simples assim.
COMO SABER SE O PERIÓDICO É BOM SE NÃO ESTÁ NO QUALIS?
O melhor e mais profícuo modo de saber se um periódico é bom é partir para outra listagem: o Fator de Impacto (Jcr da Thomson Reuters). O Fator de Impacto, mais funcionalista que o Qualis, atribui um fator (Jcr) a um periódico de acordo com um número médio de citações em um biênio.
A classificação dos valores depende muito da área em que se atua. Por exemplo, para a área de Administração, um Jcr de 0,300 já é considerado o suficiente para que um periódico entre no Qualis Capes no Estrato A1.
Para a listagem (ano base: 2012) de periódicos com Fator de Impacto (Jcr. Thomson Reuters), tem-se, por exemplo, o documento disponibilizado pela Universidade de Córdoba.
E SE O PERIÓDICO NÃO ESTÁ NO QUALIS E NEM POSSUI FATOR DE IMPACTO?
Se o periódico não está na listagem do Qualis e nem possui Fator de Impacto isso não quer dizer que ele é ruim. Na verdade, há critérios estabelecidos pelo Qualis Capes que norteiam uma avaliação simples para tais periódicos.
No WebQualis, na barra superior, no lado esquerdo, em Consultar-Critérios Qualis por Área, selecionando a área de avaliação e o período, podemos encontrar os critérios utilizados pela Capes para a avaliação dos periódicos.
De modo sumarizado, vale a pena analisar alguns elementos do periódico em vista:
1. Tempo de publicação
Algo que dá força a um periódico é a sua periodicidade. Então, se o periódico publica há mais de 5 anos, sempre com as edições em dia (sem atraso ou faltando), então significa que o periódico é sério.
2. Número de edições
Em geral, periódicos que publicam mais edições por ano tendem a ser melhor avaliados. Assim, prefira periódicos bimestrais ou mensais, aos anuais ou semestrais.
3. Indexadores
Analise os indexadores do periódico e veja se realmente o periódico está listado no indexador informado. Alguns indexadores só aceitam periódicos sérios, já outros indexadores exigem apenas o pagamento de taxas. De toda forma, ter indexadores é um bom indício.
4. Clareza e transparência
Bons periódicos informam claramente todos os seus dados, editores, revisores, telefones e endereços. Tente entrar em contato com o periódico.
5. Qualidade
Leia alguns artigos do periódico e constate você mesmo a qualidade dele. Bons periódicos não publicam artigos ruins, tenha certeza.
Por isso, eu pergunto:
O QUE É QUE TEM PUBLICAR EM PERIÓDICOS ALTERNATIVOS?
Não tem nada de mais. Pelo contrário, é ótimo. Há muitas revistas boas pelo mundo afora. Eu já sofri muito com o Qualis. Hoje eu não sofro mais.
Só para garantir uma boa escolha do periódico, sugiro as seguintes plataformas editoriais (não tem erro):
Texto escrito por Gustavo Henrique Silva de Souza, mestrando em Psicologia (Comportamento Empreendedor) pela Universidade Federal de Alagoas e pesquisador do Laboratório de Avaliação e Medida Cognitiva-Emocional (LAMCE/CNPq).
Gostei do texto. É informativo e traz a tona certos dilemas que enfrentamos na hora de decidir onde publicar. Entretanto, não acho que o pesquisador deva se despreocupar demasiadamente com sistema de avaliação Qualis CAPES, pois excesso de publicações em revistas de avaliação ruim podem puxar para baixo a nota dos programas de pós-graduação, além de contribuir menos na avaliação do currículo de um candidato ao cargo de professor (não sei se em todas, mas em algumas universidades). Acredito que, se seguirem a regra da escolha do periódico antes de começar a escrever o manuscrito, o pesquisador deve mirar sempre em periódicos de qualidade (a avaliação de qualidade pode ser questionada, mas é o que vigora no momento), o que dará mais visibilidade à pesquisa, ao pesquisador, ao programa de pós-graduação, à universidade e ao país. Cordialmente, Wall Hattori
Caro Wall Hattori, obrigado pelos comentários. Gostaria de deixar claro que eu não incitei ninguém menosprezar o Qualis Capes, nem em publicar Artigos em revistas ruins. Só expliquei que as revistas que não estão no Qualis, não estão lá porque ninguém (de algum programa de pós-graduação) publicou ainda. Isto é, a revista pode ser muito boa, mesmo não estando no Qualis.
Só para exemplificar: há uns anos atrás, fui convidado por um editor a submeter um artigo em sua revista. Porém, devido ao fato da revista não está no Qualis, eu não aceitei. E para a minha decepção, 3 meses depois, quando a coleta capes havia sido feita, a revista havia sido inclusa na listagem da Capes como A2.
Foi pensando nisso, que passei a avaliar as revistas não pelo Qualis, mas por sua Qualidade, Periodicidade, Seriedade e Indexação.
Obrigado Colega por compartilhar suas experiências …lembrarei delas !
Muito bom texto, Parabéns.
Realmente vários critérios a serem observados, alguns inclusive eu não havia me atentado antes, somente depois da sua leitura. Tive que compartilhar imediatamente a matéria. Parabéns mesmo.
Todas as observações de parte a parte são válidas, entretanto,tenha sempre em mente que tudo é uma questão de política e consequentemente de politicagem,como tudo o que pode ser corruptível enquanto produção humana.
Quero dizer que desde as vagas para pós- à inclusão de artigos em periódicos,são campos passíveis de escolhas mais ou menos criteriosas,mesmo cuidando da qualidade.
Sou doutora em letras, mestre em educação, entre outras formações e experiências(quem quiser pode verificar no LATTES – que está mudo ultimamente porque estou DESEMPREGADA) e pelo vista caí num grupo de pessoas que estão sempre sendo preteridas.Antes por falta de Q.I,agora, pelos politicamente corretos que ignoram qualquer história e nem tem “tempo” para ouvir histórias.
Quanto à questão de “qualidade” existe uma tendência bem presente dos tempos pós-pós modernidades que se chama “influxo” e explica muito dessa questão.
saudações.
Prezada Angeli, saudações e muito obrigado pelos comentários. Primeiramente, gostaria de esclarecer que quando falo em “Qualidade” do Periódico, eu me refiro aos artigos por ele publicado. Nós, enquanto pesquisadores ou quiçá cientistas, reconhecemos muito bem o que são artigos com resultados e conclusões significativas para as nossas áreas e entendemos claramente a contribuição de um trabalho para futuras pesquisas. Ou seja, não estou colocando em “aferindo” a qualidade do Periódico segundo o seu Qualis ou o seu Fator de Impacto, mas sim, segundo a contribuição de seus artigos para a ciência. Além disso, embora eu concorde com você, que TUDO, inclusive as seleções das pós-graduações até o aceite de artigos, seja passível ao que você chamou de “politicagem”, não acredito que revistas científicas sérias ignorem ou recusem artigos de Excelência por causa de “politicagem”. Acredito sim, que às vezes por “politicagem” um Artigo ruim ou mediano seja “aceito”, mas se você tem um trabalho verdadeiramente bom, acredito que “publicar” seja apenas uma consequência natural dos fatos. No mais, desejo-lhe boa sorte e boas pesquisas.
Deu-me luz para começar a produzir, agora, sem medo de ficar “apagado”. Muito obrigado.
Bom dia,
Caro Gustavo, muito bom seu artigo. No entanto, ficou algumas dúvidas. Como saber se um artigo é qualificado como A ou em uma demais qualificações? Para publicar em algum dos periódicos do sistema Qualis é necessário ser mestrando ou doutorando?
Olá Lucivan, obrigado pela leitura do Artigo. Olha só, sobre as suas dúvidas, deixa eu te explicar melhor.
Conforme eu explico na seção “O Qualis Capes”, basta acessar o WebQualis (lá tem o link de acesso) e é possível consultar a Classificação de cada revista. Na classificação fornecida no Webqualis, você vai encontrar as listas de artigos no estrato A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C. Logo, sugiro que você retome a leitura da seção “O Qualis Capes” e tente acessar a Classificação.
Quanto à sua segunda dúvida, te esclareço que não é necessário ser mestrando ou doutorando para publicar em revistas com Qualis. Se você escrever um artigo, você pode submeter tal artigo para qualquer revista do sistema Qualis. Mas claro, para você publicar em revistas A1, A2 e B1 é necessário estudos de grande relevância e impacto para a comunidade acadêmica. Espero ter ajudado. Qualquer coisa, estou à disposição para esclarecimentos futuros.
Graduando pode escrever artigos científicos?
E que relevância tem os co-autores no artigo?
Prezada Deborah, muito obrigado pela leitura do texto. Bom, qualquer pessoa pode escrever artigos científicos, inclusive graduandos. No entanto, as revistas científicas prefiram publicar artigos de mestres e doutores, ou que tenham entre os autores mestres e doutores, Ok? Além disso, co-autores também são autores do artigo, e são de igual importância, independente da ordem que estiverem. É de grande relevância que os orientadores e parceiros de pesquisa estejam como AUTORES no artigo, junto com você, pois a credibilidade do seu trabalho também é aferida através das pessoas que estão junto com você. Muitas vezes, um artigo tem maior chance de publicação se você submeter junto com seu orientador. Lembre-se: publicar em rede é sempre melhor que publicar só…
Discordo, revistas não preferem publicar artigos de mestres e doutores. Revistas preferem publicar artigos bons, que tenham uma metodologia e delineamento experimentais decentes… Apesar de não ser realidade para os graduandos, as publicações escritas por estes são acompanhadas e tem como co-autores seus orientadores. Acredito que nas instituições de ensino superior privadas as publicações científicas de alunos de graduação são praticamente inexistentes. É uma realidade mais comum nas federais.
Lizard, penso que você poderia ponderar um pouco sua opinião, uma vez que existe uma infinidade de periódicos, logo pensamentos e regras distintas.
Por exemplo, há editores da área de Adm/Cont/Tur que propagam que não estão abertos à trabalhos de graduandos. Uma lástima, mas cada juízo uma sentença.
Considerações relevantes e objetivas para uma questão crucial do processo acadêmico.
Muito elucidativo o texto, obrigada.
Tenho uma dúvida ainda: quando eu submeto meu artigo a uma revista, posso submeter o mesmo a outras no tempo de espera da resposta?
Prezada Ana, obrigado pela leitura do artigo. Quanto a sua pergunta, é o seguinte: não é ético fazer a submissão do mesmo artigo em 2 revistas diferentes ao mesmo tempo. Primeiro porque, você utiliza do tempo e dos recursos das revistas para a avaliação, e ao submeter, dá o direito da revista publicar o seu artigo, logo, se as duas revistas aceitarem você não apenas estará em um dilema, como também vai prejudicar uma das revistas. OBS.: Caso o editor de uma das revistas descobrir que o seu artigo está submetido também em outro local, é provável que o seu artigo seja imediatamente recusado.
Bom dia,
Apenas pós graduandos ou pós graduados podem submeter artigos a periódicos científicos com qualificação no CAPES?Se não, quais revistas, por exemplo, aceitam submissão de artigos de graduados.
Obrigada desde já.
Caro Gustavo seu texto flui e informa muito bem. Parabéns pela disposição e paciência de escrever e tirar dúvidas sobre o tema. Abraço, Lívia.
Olá Gustavo, a publicação nos periódicos alternativos que você sugeriu, em que língua tem que ser submetido? Você pode fazer um post somente falando disso? Obrigada! bjs
Algo muitooooo estranho no Qualis ocorre quando voce compara as revistas com o mesmo ranking. Muitas delas no mesmo ranking sao inferiores mas muito inferiores as outras e algumas que possuem nível superior como B1 e B2 apresentam qualidade muito mais baixa que algumas classificadas como B4 por exemplo. Nitidamente, e já se discute isso há muito tempo nos programas de mestrado e doutorado, tem algo estranho nessa classificação nacional!
Gostei muito e fiquei com a mesma dúvida da Bruna.
Se durante o meu doutorado fiz alguns experimentos paralelos com a ajuda dos estagiários do meu orientador, e ele (orientador) não participou/ contribuiu em nada, nem com o planejamento, é errado eu não colocar o nome dele no artigo? Eu posso ser prejudicada por isso?
Grata
Normalmente o nome do Chefe do laboratório aonde ocorreram os experimentos vai em praticamente tudo, mesmo por que é necessária autorização dele para utilizar as dependências do laboratório, não ?
O Lizard tá certo, não só o lab é de responsabilidade dele, como os estagiários também são. Isso pode dar um grande problema, principalmente se você fez sem o conhecimento dele, mais ainda se gastou reagentes, usou equipamento (caros) caro sem ele saber, entende? Recomendo falar com ele, mas falar com jeitinho.
Prezada Lica,
Primeiro, quero lhe esclarecer que não é errado não colocar o nome do orientador. No entanto, a prática da publicação científica torna-se mais robusta quando trabalhamos em rede. Isto é, o seu artigo só tem a perder sem o nome de seu orientador. Lembre-se: o fortalecimento do grupo é melhor para a ciência do que uma luta de egos inflados. Tente transformar o seu orientador em um parceiro de pesquisa: sonde ele, converse com ele, veja até onde ele demonstra interesse e tente sugar dele qualquer contribuição válida.
Lizard, kiki e Gustavo Souza
Obrigada pelas respostas.
Meu orientador tá no fim de carreira, e tá publicando as custas dos orientados. Não move uma palha pra nada, em nenhuma etapa do experimento. Nem o artigo pronto pra ser submetido ele não dá uma lida (aquele pente fino básico) antes de ser enviado. Enfim, está em contagem regressiva pra se aposentar e tá pouco se importando se estamos publicando ou não. Nós que estamos batalhando pra construir uma carreira acadêmica é que temos nos virado, apesar da negligência dele.
De minha parte, tenho colocado o nome dele em tudo. Mas tem gente no grupo que já enviou trabalho sem o nome dele. Eu até queria fazer o mesmo, porém acho arriscado.
Abraços
O que significa quando um periódico sai do Qualis num ano? exemplo em 2012 estava como A2, em 2013 sumiu do sistema pra determinada área!!
Prezado Fernando,
Isso pode significar várias coisas. A primeira opção pode ser a seguinte: NENHUM membro (professor ou pesquisador) de Pós-Graduação Stricto-Sensu da ÁREA (área em que sumiu) no Brasil publicou artigo neste Periódico. Assim, o Periódico não entrou na classificação. Essa opção é remota, pois um Periódico A2, em geral, possui algum peso para a área. A segunda opção é que ocorreu a primeira opção e então o Periódico foi RE-avaliado para ter a sua classificação retirada de determinada área. A terceira opção é a de que o periódico pode ter algum tipo de problema junto à CAPES e à comunidade científica, como acusação de plágio, periódico falso ou com suspeita de ser predador (em geral, Periódicos pagos). A quarta opção é a de que o Periódico findou suas atividades acadêmicas de publicação. Há possibilidades inúmeras, até mesmo um erro da própria CAPES. Então, vale a pena investigar as primeiras opções.
Obrigado, Gustavo. Enviei um email para a coordenação da área. O periódico ainda é ativo, seu índice jcr não mudou muito e ainda é respeitado. Acredito que poderei publicar nele, pois as regras do meu programa permitem assumir a maior avaliação durante todo o período do doutorado. E se eu publicar nele, vai voltar para o qualis na área e ajudar colegas do mesmo tema. O exemplo em questão é o ISSN: 0098-3004 Computers & Geosciences para área ciência da computação e na verdade sumiu de 2013 para 2014. ABraço
Olá, tenho dúvidas sobre pagamentos para publicação de artigos. Algumas revistas estão cobrando em torno de 3500 dólares, e estou precisando submeter parte da minha tese de doutorado para uma revista, como pré-requisito para defesa.
Gostaria de saber se este pagamento é feito na submissão, ou somente se o artigo for aceito, pois estas informações não estão muito claras nas revistas. Obrigada.
Débora tudo bem?
Eu pesquisei na minha área (Engenharias IV) só é pago se o artigo for aceito.
Parabéns pelo artigo, muito útil para a sociedade acadêmica.
Ola, Parabens pelo post!!! Como saber se meu artigo é um artigo para periodico e nao para congresso. Como tornar um artigo que foi escrito para um congresso tornar um artigo para periodico?
Muito bom o texto! Parabéns!
MUITO BOM.OBRIGADA, AJUDOU MUITO.
Caro Gustavo, grata pela gentileza. Suas informações atenderam às expectativas em como publicar artigos. Digna de sua formação em Comportamento empreendedor. Não se encontra tão facilmente acadêmicos disponíveis em compartilhar informações imprescindíveis.
Olá Gustavo, tive um artigo publicado num seminário internacional. Quando fui adicionar essa publicação no lattes, foi exigido o DOI, não consegui entender como adquirir esse DOI, poderia nos explicar o que é, como funciona e principalmente como posso ter um DOI? Teve outra informação que me pediram na época, mas não me lembrei da sigla agora. Não era o ISSN esse eu tinha.
Oi Éder. Espero que essa resposta ainda te ajude. Também estive com a mesma dúvida e encontrei esse artigo aqui: http://revistas.ufpr.br/atoz/article/view/42369/26039 (Digital Object Identifier (DOI): o que é, para que serve, como se usa?).
Abraços.
Parabéns pelo texto, ajudou muito!
Oi Gustavo, parabéns pelo texto e respostas aos comentários, muito esclarecedor. Obrigada!
Oi Gustavo, sempre serei grata por ter lido o texto que vc escreveu, me ajudou muito, parabéns pela iniciativa!!!
Bastante esclarecedor, obrigado.
Contudo, só tenho uma opinião sobre o Qualis CAPES: “mercadificação” e, por consequência, “oligopolização” do conhecimento.
Gustavo,
Sou pos graduada, com apenas uma pos graduação em processo civil. Mas estou fazendo um projeto de pesquisa para entrar no Mestrado. Porem, observando as revistas com qualis de A e B, noto que so aceitam autor com mestrado ou doutorado. Você concorda?
Gustavo, gostaria muito publicar em um artigo que é B3 Internacional na minha área e inclusive está indexado no PubMed / Medline. Falei com minha orientadora e ela disse que ” um B3 internacional não vale a pena….”.
Mas na minha modesta opinião, há várias revistas brasileiras de qualidade que inclusive nem no Medline estão ( estão no Scielo e olhe lá )
Enfim, qual sua opinião ?
Muito obrigado : )
Obrigado pelo texto muito esclarecedor.
Para noviços e até veteranos permite diminuir algumas dúvidas.
Valeu
OBRIGADA SEU TEXTO É MUITO INTERESSANTE, PRINCIPALMENTE PARA AQUELES QUE SÃO INIC IANTES EM PUBLICAÇÃO. PARABÉNS!
Muito informativo seu texto, Muito obrigada!
Sensacional o seu texto! Esclarecedor para quem está neste árduo processo de publicar.
Gostei das dicas do artigo é encontrei um periódico para uma das minhas área: biofarma.med.br e a mesma encontrada na
biofarma1.net
Saúde mental, neurociências, saúde pública, Biologia e farmácia
fui mais pela indexação mesmo que era internacional