As redes sociais podem ser úteis para muito mais que apenas compartilhar fotos engraçadas e manter contato com os amigos da época do colegial. Esta semana apresento o Facebook, o Twitter e o Mendeley como ferramentas para a divulgação científica.

Antes de abordá-las melhor, tenho que alertar que a escolha da rede social depende, novamente, do conteúdo apresentado e do público alvo. Facebook e Twitter são bons para se tratar de ciência em geral, com assuntos mais abrangentes que podem interessar a uma grande fração das pessoas (que tenham relação com ciência ou não). Já o Mendeley é o local mais indicado para um relacionamento com pesquisadores e para compartilhar conteúdos e opiniões mais profundas e específicas. Sendo assim, vamos a cada plataforma:

Twitter e Facebook
Essas plataformas dispensam apresentação. São os primeiros exemplos de rede social que vêm à cabeça. Mas podem ser utilizados para divulgar ciência? A resposta é sim, mas deve-se ter em mente que essas redes apresentam algumas limitações. Primeiramente, não seria a melhor escolha para quem busca se aprofundar em algumas discussões.

Boa parte das páginas e perfis nesses locais são uma extensão de outro sítio porque, como foi dito na última postagem, de acordo com o tempo e o crescimento de um blog ou site, criar uma página no Facebook e um perfil no Twitter se torna imprescindível para manter um diálogo com os leitores. E essas plataformas são aquelas que permitem a resposta mais rápida do público, um verdedeiro termômetro dos temas que mais têm agradado.

O Twitter tem maiores limitações, pois é complicado (para não dizer impossível) apresentar conteúdo aprofundado em apenas 140 caracteres. Entretanto, criar um perfil no Twitter é fundamental para quem tem a ideia de reunir e divulgar o que encontra pela internet, através de links. Esses links podem fazer a chamada para os materiais produzidos pelo responsável do perfil ou para conteúdo científico/jornalístico em geral.

Ou seja, um perfil no Twitter pode se tornar uma referência para quem busca se manter atualizado, uma fonte das últimas novidades. Eu mesmo uso o Twitter com essa finalidade e através dos perfis que sigo, me mantenho informado acerca do que tem sido discutido no mundo científico. Nesse caso, é necessário postar várias vezes durante o dia e se manter atualizado (seguindo diversas entidades e instituições no Twitter e assinando o feed de diversos sites de ciências).

Já uma página no Facebook pode até apresentar alguma informação a mais, porém não se iluda. Não é esse o local mais indicado para se criar um verdadeiro espaço de discussão. Mas páginas no facebook podem indicar outras páginas e/ou sites interessantes, bem como servir de chamariz para o local onde discussões mais profundas serão desenvolvidas. Entretanto, para atrair o público, é preciso que a publicação tenha algum estímulo (sendo bem humorada ou controversa).

Mendeley
Muita gente utiliza o Mendeley apenas como gerenciador de arquivos bibliográficos. Mas além disso, como essa plataforma conta com a possibilidade de criar e participar de grupos (restritos ou abertos), é possível um maior relacionamento entre pesquisadores, onde pode-se adicionar textos próprios, além de ler e baixar a textos de colegas.

Nesses grupos é possível seguir a atividade dos membros, partilhar referências bibliográficas e ficheiros digitais, anexar comentários aos conteúdos e verificar o histórico de atividade. É claro que nesse caso os conteúdos serão bem mais específicos e bastante aprofundados.Não precisa se preocupar em atrair a atenção para o conteúdo, pois os interesses em comum são compartilhados em cada grupo.

É uma forma bastante proveitosa de se atualizar no que há de mais recente na pesquisa científica mundial e de manter uma relação frequente com pesquisadores do mundo todo, abrindo portas para colaborações.

Para saber mais:
Sugiro que confiram as páginas do Amor à ciência (exclusivo para o Facebook) e do Universo racionalista (ligado a um blog), que divulgam material bastante vasto, com vários links para outras páginas. Já no twitter, o Science News é um bom exemplo de conteúdo de diversas áreas, apresentando as últimas novidades ao redor do mundo.