Tese entregue, diploma na bolsa e agora o que fazer?! Após anos de correria, vai e vem de artigos, noites em claro, análise estatística, muito desespero e poucas alegrias. ACABOU! Bem-vindo a vida de recém-doutor. A pergunta que não quer calar “E agora, fazer o quê?”.
Após anos de pesquisa/laboratório você: já adquiriu um fenótipo peculiar, sua vida social encontra-se restrita, como bom concurseiro encontra-se em estado de alerta para os concursos de professor, além disso, seu senso crítico e capacidade de questionamento encontram-se incrivelmente refinados.
Como possibilidades para o recém-titulado, que ainda não possui vínculo empregatício, além dos concursos, existem os programas de pesquisa com inserção do recém-doutor, da Capes, dentre eles tem: Prodoc (Programa de Apoio a Projetos institucionais com a Participação de Recém-Doutores) e PNPD (Programa Nacional de Pós-Doutorado) que são programas que possuem suas particularidades.
O Prodoc e o PNPD são projetos institucionais propostos e escritos por membros de um Programa da Pós-Graduação e submetidos a análise da Capes, para concessão de bolsa de pesquisa para alunos de estágio pós-doutoral. O projeto sendo aprovado, o Programa de Pós-Graduação selecionará, mediante critérios próprios, os candidatos a bolsa.
De maneira geral os projetos para solicitação de bolsa Prodoc e PNPD possuem características semelhantes quanto a necessidade de descrição técnico-científico seguindo de justificativas sólidas e claras que demonstrem a importância do projeto para a instituição. No entanto existem algumas diferenças conforme colocado no quadro abaixo:
Características | PRODOC | PNPD |
---|---|---|
Quem propõe |
Coordenador de programas de pós-graduação reconhecidos pela CAPES (nota igual ou superior a 3) e vinculados a instituições de ensino superior públicas; |
Instituições públicas ou privadas que possuem Pós-Graduação stricto sensu, recomendado pela CAPES,reconhecido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) /Ministério da Educação (MEC) e em funcionamento;A interlocução com a CAPES deverá ser feita apenas por intermédio do Coordenador do Programa de Pós-Graduação, respaldado pela Comissão de Pós-Graduação do respectivo programa |
Prioridades |
Projetos de programas de Pós-Graduação que visem à formação e à capacitação de recursos humanos para o ensino, a pesquisa e a extensão;Programas de Pós-Graduação que visem à consolidação e/ou criação de área(s) de concentração e linha(s) de pesquisa; |
As cotas de bolsas serão distribuídas considerando: |
Especificação/Limitações | Os bolsistas deverão ser recém-doutores (até 5 anos de formado) e não ter,preferencialmente, realizado o doutorado na mesma instituição a que se vincula o Programa de Pós-Graduação responsável pelo projeto de cuja execução participará; Com a consolidação do PNPD é provável que o Prodoc seja extinto |
Os bolsistas serão categorizados segundo três modalidades:a) ser brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil portador de visto temporário, sem vínculo empregatício (professor substituto pode ser inclusos nesta categoria); b) ser estrangeiro, residente no exterior, sem vínculo empregatício; c) ser docente ou pesquisador no país com vínculo empregatício em instituições de ensino superior ou instituições públicas de pesquisa (há a necessidade de afastamento da instituição pelo período de vigência da bolsa e o estágio pós doutoral não pode ser realizado na mesma instituição com a qual possui vínculo empregatício) |
Duração da bolsa |
Bolsa única que não poderá ultrapassar o prazo de execução do projeto (2 anos) |
Candidatos aprovados nas modalidades “a” e “b”, o período de duração da bolsa será de doze meses, podendo ser renovado anualmente até atingir o limite máximo de 60 (sessenta) meses; |
Valor da bolsa | 3.300,001 | O valor será fixado pela CAPES,observada a duração das bolsas2. |
Repasse de custeio | 12.000,001 |
O quantitativo de bolsas e custeio que serão concedidos conforme critérios de prioridades e desempenho na avaliação da CAPES2 |
1valores descritos em edital MEC/CAPES 029/2010; 2Portaria Nº 086, de 03 de julho de 2013.
Prodoc e PNPD são modalidades de bolsas de estágio pós-doutoral no Brasil, no entanto existe bolsa pós-doutoral no exterior (assunto para outros textos), o bolsista terá dedicação exclusiva ao programa, metas a cumprir e relatórios a enviar. O planejamento do estágio pós-doutoral deve ser, corretamente, idealizado e coordenado pelo Programa de Pós-Graduação, pois as atividade executadas e as metas alcançadas serão avaliadas anualmente conforme a execução do estágio pós-doutoral.
Etapas como identificação do perfil ideal do bolsista, cronograma orçamentário e de execução devem estar em sintonia com a proposição do projeto. Se você almeja permanecer na linha de pesquisa de seu doutorado, inserir-se em Programas de Pós-Graduação via Prodoc ou PNPD pode ser uma grande oportunidade. Agora que você já conhece um pouco de cada um destes projetos utilize suas habilidades técnicas, monte uma proposta de estágio pós-doutoral e apresente a um Programa de Pós-Graduação, mostre o cientista que há em você!
Boa tarde!
Vc tem a informação se o PRODOC ainda funciona? No site da CAPES só tem edital de 2010.
Desde já obrigada!
Att.
ola, sou professor da educação básica e fui chamado para um estágio de pós-doutorado pela UFRRJ. gostaria de saber se existe alguma possibilidade de acumular a bolsa e o emprego. você conhece algum site sobre isso
tudo balela!. tudo papo furado! pega trouxas!
acontece que tudo no brasil funciona assim:
financiamento baixo, bolsas ridículas, editais com baixo orçamento, cortes orçamentários na educação e na pesquisa, favorecimento de alguns grupos em detrimento de outro, isto é, quem publica mais artigos seja qualquer merd@ ou não leva e isso tira a vez de grupos menos fortes ou expressivos e depois que vc termina essa porr@ de doc, os sangue sugas querem que vc faça um pós doc, pq? alto nível intelectual e de produção e nenhuma relação trabalhística, cartas marcadas em concursos, professor universitário ganhando 8000,00 reais!!! milhares de doutores sem emprego dependendo da escravidão de viver de bolsa, atrasa a entrada no mercado de trabalho, tem que aguentar egos supra inflados de professores medíocres – só porque tiveram doutorado no exterior na época de ouro e voltaram com as vagas prontas para eles e que querem e exigem o nome na publicação… – que tratam mal funcionarios, alunos e qualquer outra pessoa só pq é titular
Olha, André, no começo, eu achei seu tom meio destemperado, mas lendo até o final, confesso que concordo com tudo o que disse e compreendo perfeitamente seu destempero…É F%D@ mesmo! Estou nessa vida acadêmica há algum tempo, e me sinto meio “passada pra trás” com tudo isso! Parabéns pela sua coragem!
Parabéns à Melka também pela iniciativa de informar! O texto está muito bem estruturado.
perfeito!!!!
cara vai estudar
Tens toda razão, meu caro!!!!