Prezado Editor,
Lamento informá-lo que sua carta de rejeição ao meu manuscrito não poderá ser aceita neste momento. Por publicar em um campo com muita concorrência, tenho altos padrões para aceitar recusas de editores e, embora sua carta certamente tenha mérito e de fato possa se aplicar a algumas outras submissões de manuscritos, a mesma não atende aos meus padrões como membro da pós-graduação.
Mesmo que uma profunda revisão seja realizada na presente carta, não seria possível atender aos critérios estabelecidos para a minha vida profissional. Além disso, tenho neste momento um excedente de cartas como a sua e não haveria justificativa para aceitá-la. Em resumo, dado o grande número de cartas de rejeição que recebo atualmente, surge a necessidade de ser muito seletivo a respeito de quais cartas realmente irei aceitar, como estou certo que você poderá compreender.
Meus colaboradores que leram sua carta emitiram pareceres que eram, na melhor das hipóteses, conflitantes. Um colaborador disse: “Eu não posso acreditar que ele escreveu esta carta para você“. Outro escreveu: “Isso faz sentido. Ele só quer publicar os trabalhos dos seus amigos“. Dadas às reações conflitantes e não favoráveis dos meus colaboradores e a minha própria avaliação negativa, seria negligente de minha parte aceitar uma carta como a sua, no estado atual. No entanto, caso esteja disposto a enviar uma carta com um contexto diferente, mais aberta e mais animadora para publicação, gostaria de reconsiderar seriamente minha rejeição a presente carta.
Boa sorte em rejeitar manuscritos futuros.
Atenciosamente,
Pós-Graduando
hahaha muito boa
A parte do “ele so quer publicar trabalhos dos seus amigos” foi sensacional. Mostra a total imparcialidade das bancas rs
kkkkkkkkkkkkk ”sua revista nao preenche os requisitos do nosso artigo” sinto muito u.u
Adorei…já sei o que vou escrever se meu papper for recusado!!!
papper? o que seria papper? e vc faz pós….francamente.
Tá assustado pelo fato dela escrever Papper ao invés de Paper ou algo além da minha imaginação? hahah
Tá discutindo se ela escreveu papper ou paper ao digitar um comentário em um blog? E vc faz pós… francamente.
Muito bom! kkkkkkkkk
hehehe, em pensar que em uma péssima fase de minha vida pensei em suicídio depois de receber um review negativo de conferência de alta concorrência, hoje eu dou risada
Rsrsrs rir alto!! muito boa a carta!
“tenho neste momento um excedente de cartas como a sua”
hhahahaha coitado desse que escreve esses artigos hein. Mas nunca esqueço meu primeiro artigo negado. Meu mundo caiu, sofri horrores. E na época, ninguém, nenhum professor meu chegou e disse: “Isso acontece, é normal, você nem é o primeiro e o último a passar por isso”. Hoje em dia tenho outra visão, se isso acontece, leio as críticas, vejo o que faz sentido, procuro melhorar o texto onde foi criticado e passo pra outra revista. E já aconteceu de eu ter um artigo negado numa revista B3 e depois ter o mesmo aceito numa A1. Justamente por isso, olhei as críticas e dei uma melhorada no texto. Sempre tem algo que pode ser melhorado. Exceto em casos ali em cima, onde citam certos grupos que só publicam textos dentro de certos grupos ou temáticas ou etc.
Aquele momento em que achamos que o revisor tem algo contra o pesquisador e não em relação à pesquisa….kkkkkkkkk
Aquele momento em que o revisor procura saber detalhes do artigo, e rejeita só para descontar no seu orientador, “inimigo científico dele”
Legal o texto, realmente o primeiro artigo negado é traumático. Só depois é que a gente leva na esportiva, mas sempre dá aquela raiva de ver o artigo rejeitado. Em muitos casos, os editores deveriam negar os avaliadores, digo aqueles que desconhecem teorias e emitem pareceres bem ridículos, subjetivos, nada a contribuir. Esses eu faço questão de responder, não tão esportivamente…. Abraço.
Imagina eu sendo revisor e ou editor de uma revista e recebesse essa carta? Riria litros!!
Ótima resposta!! Teria me economizado anos de terapia se tivesse visto antes!hahaha
Ótima!
kkkkkk
Kkkkkkkkk
kkkkkkkk mto bom…
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Meu primeiro artigo recusado foi um trauma também, mas hoje já nem ligo. Como disse uma colega aqui, o rejeitado pela B3 às vezes acaba aceito por uma A1. Então, essas recusas merecem mesmo nossas considerações, como a bem-humorada carta! Mas existem surpresas agradáveis. Um artigo que escrevi recebeu um parecer muito interessante. O avaliador se limitou a dizer que o texto atendia plenamente ao que se espera de um texto científico e que o texto era recomendado para publicação. Sugeriu trocar uma palavra no título e finalizou em surpreendentes três linhas de parecer. Pensei no que disse uma professora que tive há muito tempo. Ela dizia que para reconhecer o trabalho de alguém como suficientemente bom, é preciso ter muita maturidade. Se faltar isso, um trabalho ótimo pode receber inúmeras críticas, porque alguém se acha suficientemente superior para colocar-lhe defeitos. Ela falava dos desafios da subjetividade na avaliação. Essas palavras me vêm sempre à mente!
HAahahaha. Show de bola!!! E viva o bom humor na pesquisa!!!!
kkkkkkkkkk =O
ainda não estou na estatística dos 65% de pessoas que tem seus artigos rejeitados, mas quando estiver, juro que vou fazer o mesmo, heheheh
vou traduzir pro inglês e usar! uheauheauheau
kkkkkkkkkkkkkk boa vou escrever isso
Muitoo bom
Quem nunca?! Kkkk
Carta bastante coerente para remeter a certos editores.
Simplesmente divino! Como disse um de nós: vale por anos de terapia! Que tiremos daí lições para outros reveses da pós-graduação.
Muito bom!!!
“Em resumo, dado o grande número de cartas de rejeição que recebo atualmente, surge a necessidade de ser muito seletivo a respeito de quais cartas realmente irei aceitar, como estou certo que você poderá compreender”. EXCELENTE!!!
Ótima
Recalque acadêmico! Kkkk
Perfeito!
tem algumas revistas que merecem receber tal carta, principalmente aquelas que pedem exclusividade e levam 2 anos para responder, e quando respondem, é negativo. – Razão pela qual nunca mais escrevi para revistas brasileiras.
Já quis muito fazer isto. Algumas revistas fazem críticas que não estão nem erradas, parecem que enviaram a carta para outra pessoa. Daí eu passei a rejeitar a revista. Enfim… Kkkkkk kkkkkk.
Hahaha… Bom guardar essa cartinha!