Há uma lenda indiana, contada em várias versões, sobre seis cegos e um elefante. Assim como tantas outras parábolas milenares, a lição moral permanece moderna. Pode ser interpretada e aplicada a diversos conceitos e situações atuais. É uma verdadeira aula filosófica sobre a relação humana com a produção de conhecimento.
“Seis homens, todos muito curiosos e dedicados, queriam ver o elefante. Desejavam observar e aprender. Como se pareceria, quais seriam o formato e o tamanho de tão rara criatura? Mas eram completamente cegos. Por isso podiam apenas tatear o animal, para depois tentar defini-lo.
O primeiro aproximou-se, tocou a larga e dura barriga e disse: “O elefante é muito parecido com uma parede”!
O segundo, ao sentir uma das presas de marfim, exclamou: “O elefante é muito parecido com uma lança”!
O terceiro, por acaso, chocou-se à tromba: “O elefante é muito parecido com uma cobra”!
O quarto abraçou uma das pernas: “O elefante é muito parecido com uma árvore”!
O quinto alcançou as orelhas: “O elefante é muito parecido com um leque”!
E o sexto, por sua vez, ao perceber o fino rabo, constatou: “O elefante é muito parecido com uma corda”!
Argumentaram entre si por horas, em vão. Ao mesmo tempo em que estavam todos parcialmente corretos, estavam também todos completamente errados.”
Não é raro observar discussões em que os envolvidos têm a mesma conclusão a respeito de determinado objeto de pesquisa, porém nunca se entendem. Cada um descreve os eventos de maneira distinta, ao mesmo tempo em que se recusa a avaliar sob um ângulo diferente.
A distribuição de informações e a disseminação do conhecimento encontram um enorme obstáculo nas características e pontos de vista singulares das pessoas. Experiências pessoais têm peso maior, enquanto que as alheias tendem a valer menos, seja por arrogância ou confiança nos próprios sentidos.
Uma pena.
Dar conhecimento ao seu povo não é interessante àqueles que sobrevivem dos votos!
Tenho acompanhado esse interessante site. Por vezes, até usei as matérias aqui publicadas. Estou estudando alguns dos temas abordados no meu doutorado. Criei um e-mail, um facebook e um blog para receber informações/depoimentos e debater os temas. Se puderem, adicionem-me no facebook e participem no blog.
Estes podem se referir a qualquer aspecto atinente à produtividade, tais como:
– Pressão por publicação por parte dos pares, das instituições (Programas de Pós-Graduação-PPGs) e agências de fomento (para adquirir financiamentos, bolsas, aumento de nota do PPG);
– O valor da publicação no currículo dos indivíduos e na promoção da nota dos PPGs;
– Estratégias utilizadas por você ou por outro indivíduo para se adequar a ela, incluindo concessões e práticas que podem ser tidas como questionáveis;
– Exemplos de submissões de textos a congressos e periódicos, cujos resultados (pareceres) de aprovação e/ou reprovação apresentaram, do seu ponto de vista, problemas;
– Consequências disso para a vida pessoal (saúde, autoestima, autorrealização, expectativas profissionais, relações interpessoais, etc.);
– Elogios, críticas e/ou sugestões de aperfeiçoamento relativos ao sistema de avaliação praticado pela CAPES, CNPq e afins;
– Entre outros aspectos que você julgue pertinente relatar/comentar/opinar.
Já tentei explicar isso diversas vezes.
Muito bom!
MT bom!!!
Muito bom, estou me cadastrando para participar e contribuir nas publicações.