Os gráficos descritivos são uma ótima maneira de conhecer melhor seus dados de pesquisa. São facilmente compreendidos, mostram de forma clara tendências, variações e agrupamentos, e costumam ser uma das primeiras etapas da análise estatística (seja sozinho ou junto a uma assessoria estatística para acadêmicos).

Porém existem vários tipos de gráficos, cada um apropriado para um tipo de caso, e a escolha do formato inapropriado pode ocasionar interpretações que confundem ou induzem ao erro quem os vê.

Ressaltamos que apresentamos aqui boas práticas na elaboração de gráficos, e não uma lista definitiva do que é certo e errado.

Sendo assim, listamos alguns exemplos de gráficos que não apresentam as informações da forma mais apropriada:

Gráficos de linha, usado em uma situação em que não há uma relação de tempo envolvida

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Responda rápido: Houve um aumento no número de televisões adquiridas?

Se você se sentiu tentado a responder “sim”, consegue ver o problema dessa abordagem. Os gráficos de linha são usados principalmente quando queremos mostrar uma tendência, crescente ou decrescente, na nossa variável ao longo de um certo período de tempo, o que não é o caso.

Usá-lo fora desse contexto não é totalmente errado, mas dá uma primeira impressão incorreta para quem vê. Um gráfico de barras, nesse caso, é mais apropriado.

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Gráficos de pizza que “somam” mais que 100% da amostra

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Responda rápido: É correto dizer que menos da metade dos pesquisados teve dor de cabeça?

Os gráficos de pizza são ideais para mostrar proporções, mas quando usados em situações em que as categorias se sobrepõe (como no exemplo, um paciente pode apresentar mais de um tipo de sintoma) ele induz o observador ao erro, quanto à participação da categoria na amostra.

Nesse caso, o uso de um gráfico de barras também solucionaria o problema.

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Gráficos de linha cujo eixo vertical não começa em zero

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Responda rápido: Foi grande a variação no faturamento em 2015?

Eventualmente, modificar o início do eixo vertical é uma boa alternativa, para acompanharmos melhor a variação de valores de grandeza alta.

Porém, é necessário ter consciência de que isso faz com que o crescimento e decrescimento de valores seja superestimado.

Pelo menos na etapa exploratória, o melhor é fixar o eixo no valor zero.

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Resumindo:

Gráficos de pizza: apropriado para mostrar proporções na amostra.

Gráficos de linha: apropriado para mostrar mudanças em uma variável, ao longo do tempo.

– Em caso de dúvida, use um gráfico de barras.

Espero que o texto seja útil para os acadêmicos que estão começando a aprender a analisar seus dados. Na dúvida, contate um profissional para ajudá-lo.