Oi pessoal do posgraduando.com! To leave or not to leave?
Começa hoje uma série de artigos sobre pós-graduação no exterior. Tanto mestrado, quanto doutorado.
A ideia é ser um tipo de “tira-dúvidas” para quem está meio perdido com tanta informação.
Vou tentar ser o mais claro possível e não vou negar que muitas respostas serão baseadas na minha experiência e na de alguns amigos.
O tema é muito extenso e não é possível escrever tudo em um artigo só!
Então, pelo menos uma vez por semana postarei algo novo. Espero que no fim, esteja mais claro como é o processo todo de vir para fora.
Você não encontrará aqui a “fórmula mágica” para sair do país, e sim uma discussão sobre os passos que você deve – ou deveria – tomar.
To leave or not to leave? – O começo.
Praticamente todo mundo que está em algum curso superior já se perguntou se vale a pena ir para o exterior ou, como ir. Quais são as diferenças? Como a pesquisa do Brasil é vista lá fora? Quais as dificuldades? E por aí vai.
Geralmente digo que vale muito o esforço! Não só pelo crescimento acadêmico como pela experiência de vida.
Em meio a tanta informação e incerteza, é fácil se perder completamente. Ao longo das colunas, abordarei vários temas relacionados à pós-graduação no exterior, tentando incluir as experiências que tive quando me candidatei. Todas as dúvidas são bem-vindas e os textos ficarão muito mais ricos tendo feedback de vocês!
Como o processo todo pode durar facilmente um ano, consumir noites de sono, litros de café e ter muitos contratempos, vamos logo para o que interessa!
Se candidatar a uma vaga no exterior é como um emprego. Você tem que mostrar o porquê de ir para a universidade “X” e por que eles deveriam aceitar você! Por isso, o primeiro e fundamental passo é: conheça a instituição para a qual você quer se inscrever! Professores, grupos, alunos, e por aí vai.
Ok. E, como eu conheço alguém que está a 10.000km? Explica aí! Sem dúvida, não é tão simples assim, mas:
– Converse com seu orientador!
Raramente um doutorado no exterior se consegue sem mestrado ou sem iniciação científica. Então, se quer vir para fora, vá já para um grupo de pesquisa!
– Tenha iniciativa!
Não dependa de outras pessoas para dar seus passos.
– Participe de congressos e exponha seus trabalhos.
Seja comunicativo, de nada adianta ir a congressos e ficar conversando somente com o seu grupo. Conheça outras pessoas, procure saber o que elas fazem e por que elas também estão ali.
– Mande e-mails.
Não só para o seu possível orientador, que deve ser uma pessoa ocupadíssima, e que provavelmente não responderá seus primeiros contatos, mas também para os pós-docs do grupo, outros doutorandos e ainda, brasileiros que estão fora. Arrisque!
Muito importante: não estou dizendo para você fazer uma lista e mandar suas cartas como spam! Lembra-se do “conheça a instituição”? Mande textos personalizados e gaste um tempo escrevendo-os em inglês perfeito. Peça para algum amigo ler e corrigir suas cartas se preciso.
Caso algum professor não responda, espere uma semana e reenvie seu e-mail. Se notar que NINGUÉM te responde… repense no que escreveu – futuramente vou abordar exatamente este ponto – pode ser que seu texto esteja simplesmente sendo excluído. Sim, a vida é cruel para todos.
Para deixar as coisas um pouco mais complicadas, inscrever-se para uma vaga (“application”) custa caro. Mesmo que você consiga financiamento pelo Brasil (CsF, Capes, DAAD etc), muitas universidades cobram pelo processo seletivo e esse valor pode facilmente ultrapassar U$100,00 por application.
Fora exames, certificados, traduções, custos de correio e transporte que você terá. Sim, dá bastante trabalho, mas é por isso que estamos com esta coluna. Planejando tudo, as chances aumentam muito!
Bom, você já tem bastante por hoje. Faça uma lista dos grupos de pesquisa e universidades que tenham a sua área de interesse. Não se preocupe com valores, nem se limite a algum país. Pós-graduação ocupará um bom tempo da sua vida e esta busca te dará uma ideia de como o “mercado” está para você.
Semana que vem você encontrará aqui informações sobre os documentos e exames necessários.
Seria muito útil saber um pouco mais sobre quem estará acompanhando a coluna e possui interesse em cursar uma pós-graduação no exterior. Por isso, preparei um formulário, disponível logo abaixo.
Você também pode mandar suas dúvidas para [email protected] e até a próxima!
Parabéns pela iniciativa Victor. Com certeza a coluna vai ajudar quem está pensando em estudar no exterior. Estou terminando de organizar minha documentação para um doutorado sanduíche e tive que bater muito a cabeça para conseguir fazer tudo. E uma coisa é verdade, independente de conseguir bolsa haverá taxas que o candidato terá que bancar, e chegam facilmente a 400 reais, e a melhor parte, tudo que você vai fazer envolve taxas (dependendo da universidade é claro). O melhor é começar a organizar tudo com bastante antecedência e se preparar financeiramente. E vamos que vamos!!!
Obrigado Rafaela! No próximo texto eu vou falar exatamente dessas taxas e quais documentos são necessários. Boa sorte aí!
enquanto isso, muitos pós-graduandos do país que se inscreveram no CsF para bolsas (doc pleno, sanduíche e pos doc) neste ano (em especial no edital 1/2013) estão sem resposta alguma por parte da Capes já há 26 dias… nem tudo são flores, meus caros…
Pretendo terminar o mestrado ano que vem e correr atrás de um doutorado em 2015-2016. Estou pensando no Canadá. Vamos à luta. ^^
Olá, Victor. Acompanho os artigos do blog e sempre acho algo que me agrada (e me diverte!). Gostaria de saber se você tem alguma ideia (ou artigo) sobre o estado da pós-graduação na América Latina: se vale a pena para nós, brasileiros, quais os melhores países, etc. Concluirei o mestrado ano que vem e penso em fazer algum curso por essas bandas. Parabéns pelo trabalho!
OI Camila, Eu diria que depende muito do programa. Com certeza há centros de excelência na América Latina também. O Brasil mesmo tem excelentes programas. Tudo depende muito da sua área de interesse. Possívelmente, ao pesquisar os artigos da sua área, você terá uma noção de onde se tem feito mais coisas e em qual lugar tem um tema específico que te interesse =)
Olá, Victor! Parabenizo-o de antemão pela coluna, uma iniciativa muito interessante e que atende a uma demanda cada vez maior. Deixo como sugestão fazer um “post” sobre custos de vida no exterior, com foco principalmente em moradia (como arranjar “roommates”, quais as alternativas mais em conta, onde procurar etc). Abraços.