Nos últimos anos, com a ampliação das vagas nas universidades, e com advento de programas do governo como o Ciência Sem Fronteiras, cresce também o interesse e as dúvidas sobre graduação e pós-graduação no exterior.

Por questões pessoais eu ainda não consegui ir para o exterior ainda (mas pretendo fazer pós-doc fora), no entanto tenho vários amigos que foram, então usarei este espaço para contar um pouco das experiências que eu ouvi, e minha avaliação sobre estas experiências.

Em 2009 participei no Instituto de Química da UNESP em Araraquara de um simpósio comemorativo dos 30 anos do programa Capes-Cofecub (Programa tem por objetivo apoiar a colaboração franco-brasileira em projetos de excelência científica, em todos os campos disciplinares, e a mobilidade de doutorandos e pós-doutorandos brasileiros e franceses), cujos palestrantes eram pessoas que fizeram parte de sua pós-graduação na França, o objetivo era relatar o que viram, viveram e o que ficou após o retorno.

A grande maioria só tem coisas boas a dizer, como conhecer uma nova cultura, ter uma experiência internacional, ser fluente em uma nova língua, trabalhar com pesquisadores de renome, ter acesso a aparelhos de última geração e a bibliotecas quase que milenares, a Universidade de Paris, por exemplo, foi fundada em 1170, isso mesmo que você leu, mil cento e setenta.

Um relato chamou-me bastante a atenção, foi de um rapaz que disse que ao chegar a Paris não tinha a menor ideia do que teria ido fazer lá, ficou por 3 meses mais perdido que cego em tiroteio, precisou trocar de laboratório e somente a partir disso conseguiu desenvolver os trabalhos de sua tese, ele focou sua palestra na necessidade de se ter um bom planejamento antes da viajem, para que não se perca tanto tempo.

Todas as pessoas que falaram no simpósio hoje em dia são professores universitários, nas melhores instituições do Brasil, ou trabalham em multinacionais ocupando posições de destaque nessas empresas, não só na profissão que fizeram suas graduações e pós, como também como diretores.

Como se diz por ai, o cavalo só passa arriado na porta de casa uma única vez, e para quem deseja fazer cursos no exterior à hora é agora, busque informações em sites do governo, da universidade que você estuda, converse com colegas que já foram e principalmente com seus professores, é bem provável que algum deles, possua algum contato, o que pode facilitar e muito o processo. E o que não pode ser deixado de lado nessa história é a possibilidade de se fazer um belo passeio turístico, então, mãos a obra.

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Texto escrito por Marlon Nunes da Silva – químico formado pela Universidade Federal de Lavras, mestre em química pelo Instituto de Química da UNESP/Araraquara, onde atualmente cursa Doutorado.