Dizem por aí que todo casal apaixonado costuma entrar em crise de relacionamento nos exatos dois anos juntos. Apesar da falta de bases científicas para se comprovar tal hipótese, posso afirmar que algo parecido pode ocorrer com um mestrando durante os ditos 2 anos de pesquisa.
Afinal, que tipo de pesquisa pode-se desenvolver em dois anos?
Uma dissertação de mestrado costuma ser simples e muitas vezes limitada, até porque não existe tempo hábil para um trabalho aprofundado.
A verdade é que durante um período curso nem há tempo para se pensar no que se faz, simplesmente se faz já que todos os prazos são para ontem.
Entretanto chega aquele período em que as disciplinas acabam, você concluiu boa parte dos experimentos e coletas, chegou a hora de escrever! Só que não.
Você simplesmente trava e se pergunta: Qual a importância do meu trabalho? Estou fazendo da forma correta? E sua consciência diz que você poderia ter feito algo maior.
Se você, assim como eu, está sofrendo dessa trava, bate aqui: estamos na crise dos terríveis dois.
Se fosse um casamento, a gente poderia correr para uma terapia de casal. Infelizmente é algo mais complicado, é o nosso futuro profissional em jogo e a resposta só vai estar em nós mesmos.
Somos nós que temos que enxergar a importância da nossa dissertação e divulgá-la, que devemos ter um olhar crítico para os nossos artigos e torna-los mais relevantes, se for o caso.
Mas calma, a crise é um sinal de que você está explorando sua pesquisa por inteiro, tanto, que é capaz de questioná-la. Quem é apenas coadjuvante de um projeto sequer pensa no que pode dar errado – confia totalmente nas ordens do orientador.
Todavia, o pós-graduando que está no controle do seu projeto é que sente na pele todos os furos da bibliografia, duvida de certos métodos, critica o próprio trabalho e almeja fazer algo mais abrangente.
Quer uma boa notícia?
Toda crise é passageira e existem certas atitudes que podem lhe ajudar a passar pela crise científica de forma mais tranquila. Pelo menos está dando certo para mim.
1. Converse com outros professores
Às vezes quem está de fora pode ter uma visão mais ampla que a sua e de seu orientador que estão no centro da pesquisa. Se você quer ter uma visão mais ampla de seu trabalho, procure bater um papo com aquele professor legal daquela disciplina que você cursou.
2. Exponha a suas dúvidas ao seu orientador
Orientadores também podem se equivocar, então, se você tem dúvidas quanto às informações dadas por eles, exponha seus questionamentos.
3. Leia, leia e leia
Pegue aqueles artigos importantes e leia várias vezes, se preciso mande e-mail para os autores, busque novas fontes. Quanto mais leitura, mais ideias surgem. Não fique com a consciência pesada por estar lendo muito e escrevendo pouco.
4. Seja otimista e persista
Nessa fase, é muito fácil se enxergar como vítima, superestimar as dificuldades da vida na pós-graduação e sentir vontade de desistir. Pense no quanto que você batalhou para estar no mestrado e no quanto seu trabalho pode ser relevante, só depende de você.
Texto escrito por Jessika Alves, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Diversidade Animal – UFBA. Escreve nos blogs Isso não é camarão e A vida marinha.
Que mané terríveis…. Menos bem menos…
Concordo! O povo sempre exagera!
Vão trabalhar no comércio lojista pra ver o que é terrível…
Passei por isso! Mas sobrevivi!
Abandonei. ???
Liberdade não tem preço.
Pensando em outra coisa agora.
Outro mestrado. Kkkkkk
?????
Mas quem ta fazendo.. Continuem galera. Não sigam meu exemplo, fora da universidade não ta fácil.
P.s- sou concursado .
Fiz igualzinho. Abandonei. Conciliar mestrado mais 40 horas d trampo (tb sou concursada) morando a 450km d distância do mestrado foi foda. Mas o pior foi q não me sentia muito acadêmica. Daí fiz uma disciplina no mestrado profissional e amei. Foi qdo resolvi desistir do mestrado acadêmico.
o problema é quando vc se inscreve no mestrado profissional e os professores acham q vc está no mestrado acadêmico
Exatamente, as Universidades confundem muito o Mestrado Acadêmico com o Profissional e acabam lecionando como se estivessem no Acadêmico.
Exatamente isso…meu deeeeeus
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk( riso de nervoso)
Não concordo, os meus foram ótimos.
E os 4 anos do doutorado!??!???
Foram os dois mais longos anos da minha vida e ao mesmo tempo os mais rápido tb. Casei, engravidei, ganhei bebe, tive q espera passar toda a gravidez e a amamentacao para comecar laboratorio (trabalhei com Pb e Zn), além de lecionar para ensino médio e fundamental, trabalho com artesanato. Eita foi mole não. Mas venci!!! E que venha o doutorado!!!
Passei por tudo isso… e to nos ultimos 6 meses com muito medo
Estou aqui na luta firme e forte. Trabalho e tenho duas crianças pra cuidar, tanta correria!
Espero que passe voando mesmo, Julia.
Mi mi mi detected….
É bem exigente, mas se tem muita regalia quem faz só mestrado. O ruim é fazer mestrado e trabalhar 40h, como fiz, aí no tempo que seria livre, tem que se dedicar ao mestrado.
Vdd
Exatamente o que estou tentando!
(Y)
Mestrado é bom
Trabalhar fora e fazer mestrado não é fácil..ainda mais com filho e família e se sua chefia não é compreensível. Aí lasca td.
Esgotamento define.
minha fase atual!
Sinto saudades.
Só é difícil pra quem não se planeja e deixa tudo pra última hora. Mas eu tenho que concordar que pra quem tem uma jornada de trabalho de 40 horas semanais não deve ser fácil. Agora, para aqueles que se reclamam e são alunos profissionais, só tenho uma coisa a dizer: larguem de preguiça e façam o mínimo que vocês conseguirão concluir o mestrado.
É assim mesmo. E quando só depende da gente, ótimo! Mas quando se precisa de terceiros? É melhor relaxar, desespero só consome suas idéias e se for para o doutorado, o buraco é mais embaixo. Com estes cortes, uma navalha passou pelos nossos pescoços. Anos dedicados à pesquisa, operando milagres para sermos reconhecidos internacionalmente, tirando leite de pedra por qualis A. E aí? Os anos de pesquisa, que alguém de fora, pergunta: o que faz com pesquisa? O que é isso? A política brasileira nos esnobou de tal forma, que até nem sei mais quem sou.
O meu problema foi só com a orientação: praticamente não existiu!
E ainda trabalho 40h e faço tradução freelancer. A orientadora não aceitava que continuasse trabalhando e boicotava discretamente o trabalho.
Mais um texto repleto de mi mi mi. ?
Me identifico rs
Pra mim, mesmo com as dificuldades, foram alguns dos melhores anos
O mestrado passa voando!
Rafael SOares, eu tb abandonei uma vez pq não era o curso que eu queria. Anos depois fiz outro, numa área completamente diferente e emendei o doc. As coisas são qd tem que ser.
Eu abandonei perdi o gosto sempre me esforcei me senti de marcação por alguns professores
Me senti muito mal os trabalhos da faculdade eram ótimos e de repente numa disciplina as notas eram baixas não enxerguei lógica alguma nisso até hoje
Alguém já passo por isso? Bom não é mimimi apenas um relato frustrante, se voltarei um dia não sei. Uma experiência péssima e complicada.
Não achei terríveis e eu fiz trabalhando.
Chato é quando nao conseguimos concluir a coleta em tempo: atrasa tudo incluindo as publicações.
Mestrado é bom!! Seria melhor se não fosse em função de alguns professores semi deuses… Que felizmente não são a maioria..
Acabei de ler e gostei muito!
“Seja otimista e persista”. E tem outra opção?
Esse texto descreve exatamente o q estou sentindo! Parabéns, adorei.
“Discuta suas ideias com seu orientador” essa parte atualmente tá bem complicada ahuahauhauhauaha
Olha,
No doutorado eu cheguei na crise dos dois anos. Ela passou e en entrei no déjà vu da crise dos 3.
Nesta segunda crise eu não resisti e joguei tudo para o alto. Larguei o doutorado a seis meses da qualificação e a um ano e meio da previsão do doutorado. Está segunda crise foi um misto de frustração com a carreira, um pensar sobre o quê eu faria com o título de dotô e o que seria da minha vida. Larguei o doutorado em engenharia e voltei a minha atuação no mercado de trabalho.
Arrependimento? Não. Fiquei feliz com a decisão e isso é o mais importante.
Olá…!!!
Quero fazer uma inscrição para o processo seletivo concorrendo a uma vaga para mestrado puc curitiba.
O problema é que me pegaram de surpresa e estão exigindo um projeto de pesquisa.
Das opções de linha de pesquisa, optei pela Ética e Política.
O problema é que no momento não tenho nada em mente.
Estou tendo dificuldades de encontrar um problema que possa servir de tema.
Peço se possível, que me desse alguma sugestão neste sentido…
Na linha de pesquisa devo trabalhar com pensadores contemporâneos.
Ficarei muito grato se poder me ajudar…!
Obrigado…!!
Moço vejo pelo seu texto que estou no caminhos certo.Duvidas e inquietaçoes fazem parte doeu dia a dia. Vejo que nao sou o unico e passo a me sentir normal agora..valeu pelo texto!!!
MISERICÓRDIA!
100% eu!
Pior que os dois de mestrado, são os quatro de doutorado.
Verdade! Será que existe a crise dos quatro anos?
Acho que ela começa no segundo ano.
Esse sim é o verdadeiro desafio: 4 anos de doutorado
Mimimi de bolsista estudante é foda de aguentar…
Vou chorar. Me abracem :'(
Coisa boa é quando vc lê seu trabalho pronto e diz q esta lindo, bem escrito e q contribuiu socialmente. Ai… o resto ficou p trás. Siga em frente. É árduo mas compensador.
Leia também os comentários.
Já estou entrando em crise -_-
Estou começando minha dissertação agora, e bom já passei por isso, me perguntei o que eu estava no Mestrado haha, mas bem, eu tenho um propósito e por ser um aluno mais devagar que os demais pois sou o único tecnólogo no meio de engenheiros. É interessante expor isso aí que está nos eu texto, eu tive vontade de desistir na primeira matéria, e desde já percebi que no mestrado o relacionamento com os professores do curso e com o próprio orientador que foi o meu primeiro professor, é bem melhor que na graduação o que facilita demais a sua vida, os professores se dispõem a me ajudar, e tenho uma equipe de professores que podem me ajudar na dissertação, todos eles já me passaram material, contatos e tudo mais. Mas eles sempre dizem é muito mais fácil quando o aluno quer fazer e tem ideia do que quer. Eu me sinto no dever de terminar o mestrado por todo apoio que venho recebendo, a vida de pós graduando passou de inferno, para um paraíso com flores com espinhos que devemos aprender a caminha entre elas.
Bem assim haha
????
Issssssso! Kkkk
Bem assim meeesmo… #continueanadar
Kkkkkkk desse jeitinho viu! To precisando um choque elétrico p voltar de novo.
4. Seja otimista e persista
Nessa fase, é muito fácil se enxergar como vítima, superestimar as dificuldades da vida na pós-graduação e sentir vontade de desistir. Pense no quanto que você batalhou para estar no mestrado e no quanto seu trabalho pode ser relevante, só depende de você.
Desse jeitinho mesmo. Mas eu que n queria mais 3 anos de mestrado, travaria todos. Kkkkk
Planejamento e dedicação exclusiva amenizam a ‘dor’ desses 2 anos.
Ô sofrência! Se bem que depende bastante da área que se segue…
Que vida essa nossa! Hahaha
aiaiai vou ter que passar muito coisa ainda kkkk
ten-so!!
Boa recomendação.
UI… Eu to só começando… Que medo… 😛
Também li! Só não me vi completamente porque a greve nos deixou mais distantes das nossas pesquisas ??
Ainda nas disciplinas! 🙁
Muito verdade tudo isso… 🙁 realmente não é nada facil
Trabalho, tenho filho pequeno, não moro na cidade do meu mestrado, o que me faz viajar 2x por semana e contar com ajuda de mãe/sogra, enfim. Não é fácil mesmo…pra quem trabalha. Para quem apenas está estudando, não tem desculpa.
Crise eterna kkkk
Ohhhh ceus… Estamos na crise dos dois anos ja!!!!
Ao ser aprovado no programa de engenharia Industrial, pensei que o tempo era adequado. Mais estou em uma pesquisa, que passo o dia lendo e raciocinando e muitas vezes não consigo escrever uma linha, e começo enxergar o termino do mestrado. Mais a exigência dos programas, é a certeza de no futuro termos bons profissionais.
Falta uma semana para minha defesa! Trabalhei 44 semanais a maioria do tempo do mestrado. Dei aula e ainda coordenei um curso no meio. Ahahah mas não fiz em dois anos não ! O meu prazo foi esticando esticado
Completei 1 (um) ano e 6 meses de mestrado, e a crise já chegou. Torcendo que passe antes dos dois anos.
Bem menos…se é terrível, não faz…
Parece que fui eu que escrevi shuahssu
Não surtei, ainda.
gente…. mas é minha vida!! hahaha obrigado Net, ver o desespero dos outros alivia o nosso 🙂
Estou na crise do UNIBANCO… é só o meu dia que não tem 30 horas???
Tudo que eu mais gostaria é um dia de 24h mais 6 pra dormir!
Trabalhar na siderurgia e encarar um mestrado com deslocamento semanal de 110 km é exaustivo…
e as publicações???!!!
a propósito alguém pesquisando conflitos socioambientais?
O bom é no final do texto, que diz pra ser otimista e persistir. Então, vamoqvamo!
ta acabandooooo, nem acredito hahahaha
É.. escrever não é facil.. são muitas duvidas =/
Várias doenças de fundo psicológico, provocadas por estresse e ansiedade… Não estava falando nada sobre isso no edital de seleção, né Juliany?! Kkkkkk
Kkkkk Não mesmo, não falta muito o dinheiro da bolsa vai pra psicologo e antidepressivo.
Estou no meio do mestrado, em crise. Insônia e com vontade de bater em todos
ai pra piorar vc emenda com o Doutorado como eu fiz e se torna portador de depressão…se bem que escuto de todos dizendo que é frescura.
Frescura?! rs Vai fazer um doutorado em bioquímica, para ver a frescura!
eu em astrofísica…bem vindo ao mundo das drogas
Verdade! Me identifiquei bastante.
É fato que mestrado não é um parque de diversões, caso contrário não estaríamos com um enorme deficit de profissionais com este título mas, daí a considerar “terríveis 2 anos” já é fazer sensacionalismo. É um estágio da vida tão complexo quanto qualquer outro em que você se encontra quando comparado com sua experiência, seja na graduação, ensino médio ou berçário (rs).
No decorrer do texto a autora colocou dicas importantes que só pode dar quem já passou por situações complicadas, superou-as e aprendeu com isso mas, não tem jeito, experiência não se transfere. Daqui a um tempo, muita gente vai ler e dizer: “ela tinha razão!”. Força ai pra quem ta ralando. Vocês conseguem.
É. ..ano que vem estarei numa dessas caminhadas…esse é o meu tempo …essa é minha história…
Vi vários “mimimi”. Mimimi o que?! Nesse mimimi para mim, está faltando seriedade e respeito para quem faz a pesquisa com respeito e sem brincadeira. Se é mimimimi, vai publicar um artigo cientifico qualis A, vá levar a sério. E se nesse mimimi da sua instituição não há esta exigencia de artigo quali A para adquirir o teu título, sorte sua! Realmente seu mimimi é lógico, claro e evidente!
pra quem diz que o mestrado é fácil tenta fazer o de bioquímica na USP..rs
Isso!!! Rapadura é doce, mas né mole não!
obrigado!
agora posso iniciar o mestrado bem mais tranquilo.
Me identifiquei demais com o texto. Acho absurdo dizerem que é “mimimi”, pois cada um reage as situações de forma diferente. Penso que é desleal dizer que é frescura.
Faço mestrado numa universidade pública, mas trabalho também na iniciativa privada. Estou prestes a desistir. A universidade pra mim parece um sanatório, algo completamente deslocado da realidade. Minha orientadora ficou muito distante após eu recusar largar o trabalho pra me dedicar exclusivamente ao mestrado. Não vejo sentido nisso, já que mestrado é qualificação, não profissão. Vejo colegas serem mestrandos profissionais, passam boa parte do dia divulgando politicagem em redes sociais e confeccionando cartazes de movimentos sociais. Em algumas aulas, colegas ficam oferecendo remédios, como rivotril, sem contar que lá tem um comércio paralelo desses comprimidos.
Ao falar com pessoas que trabalham na mesma área que eu, a opinião é quase unânime: mestrado é pra quem quer virar professor universitário. Até pode contar algo no currículo, mas é pouco, já que o que tem contado mesmo é a competência e o conhecimento, que não dependem necessariamente da estrutura de um curso de mestrado.
Outro fator considerado é: há muitos problemas a serem resolvidos, nenhum é resolvido na universidade, não nessa área. Senti isso quando minha orientadora no começo foi alterando meu projeto até se tornar algo inútil pra sociedade, ao buscar o estado da arte acabei percebendo que tinham várias soluções similares inúteis dentro das universidades e, não vejo nenhum projeto útil saindo dali. Portanto, seria mais útil desenvolver o projeto aparte, criar um produto e vender no mercado, sem contar que mesmo no estado da arte, apesar de existirem soluções próximas, não posso utilizá-las visto que “não possuem produção acadêmica”.
Esses dias ouvi de uma colega: “Não há prática sem teoria”. Penso que hoje não existiriam computadores, não existiriam aplicativos, não existiriam uber, cabify, whatsapp, se alguém não tivesse usado a metodologia “pé na porta” de “não tenho teoria mas vou fazer algo que acho que o povo vai gostar”.
Nessa de trabalhar e ter essas aulas e toda aquela preocupação de produzir, de passar por diversas etapas, estar em salas de aula nas quais não aprendi praticamente nada útil, senti que meu estado psicológico estava se alterando pra rumos não muito bons, comecei a perder o ânimo, comecei a me isolar, passei meus dias pensando nas tarefas que ainda não foram cumpridas, decidi cair fora e seguir a vida, ter tempo pra mim, algo que não tive nos últimos 2 anos.
Talvez algum dia eu cogite fazer mestrado profissional, mas vai ser numa universidade particular.
Estou passando por essa crise. E, em busca de outras opiniões encontrei esse relato.
O grande diferencial é o orientador, infelizmente o meu a 1 semana da defesa iniciou uma guerra de nervos comigo, um cara despreparado que certamente só está ali pelo seu título e não por vocação. Ai, abandonei. Larguei tudo pois não vou ser vítima de abuso por um doente. Logo após me inscrevi em um outro programa de mestrado, só que desta vez profissional e voltado para a realidade. Fiz, gostei e conclui. O que posso dizer com Minha e somente minha experiencia e que o mestrado acadêmico está sendo dirigido por professores sem formação pedagógica que se acham muita coisa mas na verdade vivem dentro de uma teoria, que muitas vezes só funcionam em simuladores. Com isso jogam toda sua frustração de uma vida que não chegou a lugar nenhum em seus alunos. Essa é minha real contribuição e experiência vivida aqui no RJ. Antes de se inscrever em um mestrado, conheça o programa, veja o que os alunos falam e principalmente seus orientadores. Se já no inicio forem estranhos, sai fora que você só vai perder seu tempo.
Olá Rodrigo!
Tive a mesma experiência. Gostaria de saber se você colocou no Lattes o mestrado interrompido para participar da nova seleção de mestrado em outra instituição.
Estou aqui nesse dilema. Gostaria de fazer novamente mas com uma orientação de verdade. Daí fico na dúvida se compensa ou se traria mais problemas durante a seleção do mestrado ter no Lattes um mestrado abandonado. O que você fez?
Concordo plenamente, Rodrigo, minha orientadora só quer saber de resultados e se você não corresponder ela simplesmente te xinga, diz que seu trabalho é uma m****, tem que melhorar e pronto. No meio do laboratório, na frente dos outros e pronto. Joga trabalho em cima de você, e literalemnte te diz “tem que fazer o experimento X, pesquisa e me diz amanhã como faz, e não esquece as coisas que tem pra fazer hoje”, daí você passa semanas virando a noite, e depois de uns meses você não acompanha mais o ritmo.
Não explica nada, quando vai te observar, apenas fica criticando e dizendo que está trabalhando errado, e raramente te mostra como fazer. Como ela recebe propostas de outros trabalhos e oportunidades, joga pros alunos fazerem, e pronto. O negócio é ter resultado, se você quiser fazer um curso, uma disciplina diferente, ou ver outra coisa, já diz que não é ieal, bota empecilho pra você ficar no lab trabalhando, é complicado. Tanta cobrança acaba desestimulando do projeto, eu mesmo estou indo pro laboratório e trabalhando a força, em meio a crises de ansiedade diária, e hoje só durmo a noite com medicação, e nos dias que estou em casa tenho crises de depressão que me deixam apenas deitado na cama, já aumentei as doses de medicamento com o psiquiatra, mas não resolve muita coisa, e minha orientadora diz que é ‘crise existencial’ e ‘frescura’…
uma dica, se no primeiro mês você não se encaixar, sai, procura outro orientador. Devido a pandemia, e não pude ir presencialmente no início, então não conheci de cara, e só fui descobrindo aos poucos, isso me deixou nessa armadilha. Estou frustrado, cansado, fazendo dívidas para um tratamento psicológico, e nem sei se vou terminar o mestrado. Cuidem-se em primeiro lugar sempre, e fiquem atentos, pq tá cheio de professores e orientadores horríveis por aí, seja por não darem atenção, ou por não conseguirem te orientar como um ser humano.
Olá Rodrigo!
Tive a mesma experiência! Infelizmente não pude conhecer o programa realmente em sua totalidade, pois não existiam documentos suficientes e muito menos alunos anteriores, ou seja, experiência de primeira turma. Não recomendo. Enfim… Gostaria de saber se você colocou no Lattes o mestrado interrompido para participar da nova seleção de mestrado em outra instituição.
Estou aqui nesse dilema. Gostaria de fazer novamente mas com uma orientação de verdade. Daí fico na dúvida se compensa ou se traria mais problemas durante a seleção do mestrado ter no Lattes um mestrado abandonado. O que você fez?
Eu estou no primeiro ano de mestrado. E a única coisa que penso é em desistir. Nunca trabalhei tanto na vida, foi a época em que menos estudei também (por incrível que pareça). A cobrança no meu laboratório por parte da minha orientação é com ‘trabalho’, no mínimo umas 10 horas dentro do lab todo dia, sem feriados e nos fins de semanas sempre tem mais uma coisinha pra fazer. Ainda, tem que apresentar trabalhos, artigos, projetos, e várias outras coisas, além de ser cobrado em se envolver com outras atividades da universidade, e de publicar artigos.
Nos primeiros 6 meses tive que me envolver com um artigo de revisão que não tinha nada a ver com o meu projeto, então tie que estudar várias coisas não relacionadas, me ocupando e gastando tempo e meu projeto atrasou. Não recomendo fazer um trabalho de revisão se você não domina o tema, e principalmente se você está iniciando sua carreira acadêmica, mesmo se a orientação exigir… fica a dica.
Enfim, em meio a pandemia, dívidas, pagando FIES, aluguel, morando em outra cidade e dificuldades pessoais e muita cobrança para entregar uma rotina, estou com crises diárias de pânico, ansiedade, depressão, em alguns dias nem levanto da cama, e os medicamentos já quase não ajudam tanto, e hoje só consigo dormir a noite com medicamentos. Preciso para uns dias para descansar, mas “não existe folga para mestrando, ainda mais para quem está com trabalho atrasado”. Não tem 13°, nem férias, nem nada a não ser de muito trabalho. Uma vez gostei da área acadêmica e científica, mas hoje não tenho mais nenhum apreço e minha saúde mental está acabada.
Tenho bolsa de mestrado, mas mal consigo me sustentar e nem pagar os medicamentos ou tratamentos psicológicos/psiquiátricos, e se eu sair do mestrado, ainda tenho que devolver todos os meses que recebi. Vi nos comentários que algumas pessoas desistiram, e eu penso em fazer o mesmo. A gente só valoriza a nossa saúde quando perdemos ela. Cada pessoa é boa em uma atividade, eu acho que vou voltar para a área privada, e fazer outras coisas, mas nada paga a nossa paz,
A sensação é essa. A que irei sucumbir, leio e não sai nada. Trabalhar e estudar não é fácil. estou na prorrogação. Meu prazo está terminando e eu não ando, estou perto do fim.