Você frequentemente irá encontrar Educação a Distância abreviada com a sigla EaD. Por isso, devemos falar a EaD, não o EaD. Quem utiliza a expressão no masculino tem provavelmente em mente Ensino a Distância, expressão mais pobre que Educação a Distância, já que o ensino é apenas um dos componentes da educação, concebida como um processo de ensino e aprendizagem.
A Educação a Distância recebeu denominações distintas em diferentes países, como: estudo ou educação por correspondência (Reino Unido); estudo em casa e estudo independente (Estados Unidos); estudos externos (Austrália); telensino ou ensino a distância (França); estudo ou ensino a distância (Alemanha); educação a distância (Espanha); teleducação (Portugal) etc.
Muitos autores vêm criticando a expressão, pois ela apontaria para uma distância que, do ponto de vista educacional ou psicológico, não existe necessariamente quando fazemos EaD. Algumas expressões alternativas podem ser citadas, como por exemplo, Educação Aberta e a Distância, Educação On-line ou algumas variações em inglês, como on-line learning, virtual learning, networked learning e web-based learning e e-learning.
A EaD pode ser definida como uma modalidade de educação em que professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que utiliza diversas tecnologias de comunicação.
A qualidade da EaD
Você já deve ter ouvido várias críticas à EaD, principalmente no sentido de que os cursos a distância não têm a mesma qualidade do que os presenciais, e que os alunos formados a distância são menos competentes do que os alunos formados em salas de aula.
Entretanto, os resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), a partir de 2010, quando os alunos de cursos superiores a distância passaram a ser comparados com os presenciais, mostraram desempenho superior dos alunos de cursos a distância em diversas áreas.
Vários estudos têm sido realizados para comparar a qualidade e os resultados da Educação a Distância com a educação presencial. Um amplo estudo encomendado pelo Departamento de Educação dos Estados Unidos desenvolveu uma pesquisa sistemática na literatura entre 1996 e 2008, identificando mais de mil trabalhos empíricos sobre aprendizagem on-line. A análise concluiu que, em média, os alunos em condições de aprendizagem on-line tiveram desempenho modestamente superior quando comparados àqueles que receberam ensino presencial.
O sucesso do ensino a distância depende da criação, por parte da instituição e do instrutor, de oportunidades adequadas para o diálogo entre professor e aluno, bem como de materiais didáticos adequadamente estruturados. Com frequência isto implicará tomar medidas para reduzir a distância transacional através do aumento do diálogo com o uso de teleconferência e do desenvolvimento de material impresso de apoio bem estruturado.
Ferramentas e tecnologias
As ferramentas de autoria podem ser divididas entre:
(a) aquelas que servem para construir elementos individuais a serem incluídos em um curso (como textos, imagens, fotos, gráficos, áudio, vídeos, exercícios etc.) e
(b) aquelas que permitem a construção de um curso completo (como, por exemplo, Flash, Lectora e QuickLessons).
LMS (Learning Management System) são plataformas para tutoria em EaD. Você encontrará variações para a expressão em inglês, como Course Management System (CMS) e Learning Content Management System (LCMS). Em português, utiliza-se com frequência a denominação AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem). Um LMS de código aberto que tem sido cada vez mais utilizado, não apenas no Brasil, mas também no exterior, é o Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment).
Novos papéis do aluno e do professor
O progresso da EaD e o desenvolvimento das TICs alteraram radicalmente o panorama do ensino e da aprendizagem, e neste novo cenário, tanto os alunos quanto os professores tiveram também suas funções modificadas.
O aluno virtual de sucesso precisa ter acesso a um computador e a um modem ou conexão de alta velocidade e saber utilizá-los; ter a mente aberta e compartilhar detalhes sobre sua vida, seu trabalho e outras experiências educacionais; não se sentir prejudicado pela ausência de sinais auditivos ou visuais no processo de comunicação; desejar dedicar uma quantidade significativa de seu tempo semanal a seus estudos e não ver o curso como “a maneira mais leve e fácil” de obter créditos ou um diploma; ser, ou passar a ser, uma pessoa que pensa criticamente; ser capaz de refletir; e acreditar que a aprendizagem de alta qualidade pode acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento.
Quanto ao professor, de sábio no palco (“sage on the stage“), com a EaD ele se transforma em guia do lado (“guide on the side“). Os professores passam a ser compreendidos como animadores da inteligência coletiva, e sua atividade será fundamentalmente o acompanhamento e a gestão da aprendizagem, com o estímulo à troca de conhecimento e mediação.
defender O EaD é bolchevismo. É O ensino na maioria dos casos. Como é ensino fundamental, médio e superior. Não existe educação nem presencial! Imagine a distância! Sinceramente, a pedagogia feita nesse país é resultado de muita gente que não foi abraçada na infância. Me admira que não estejamos nos locomovendo com cipós.
Sinceramente??? Fiz 3 cursos EAD. Não recomendo a ninguém. E olha que é numa das melhores instituições do Brasil.
hahaha coitado de vc
A educação a distância foi o tema da minha monografia (2010) e ainda hoje sou questionada em relação ao uso de crase na expressão, bom saber que aqui também não foi usada crase.
Essa modalidade de ensino/aprendizagem, na minha opinião, tende a ser mais difundida, cabendo as instituições de ensino, alunos e professores/tutores a compreensão de suas especificidades, principalmente em relação a existência de um perfil diferenciado de aluno e a importância de um acompanhamento frequente, a fim de que seja garantida a aprendizagem.
Olá Aline!
Gostaria de ler sua monografia. Você teria um link?
Eu faço um curso a distância e não tenho nada a reclamar.
Everton, a revolta por si só não contribui para uma melhor educação. Concordo que não existe educação, nos moldes que conhecemos, mas acredito que se quisermos fazer algo que inicie uma mudança, temos que ir além da critica e começarmos a pensar em soluções.
Convido todos a ver e divulgar o filme:
La Educación Prohibida é um documentário,
produzido por diversos países latino-americanos, questionando a forma como
sistemas tradicionais de ensino estão organizados e como alunos e professores
se vêem nele.
O filme tem a duração de 2h 25m e 19. É
imperdível e recomendável a educadores e pais.
Distribuído em licença em Creative Commons
3.0,permite a reprodução total ou parcial, cópia, modificação, tradução,
redistribuição e exibição pública para fins não lucrativos.
Para ir direto ao vídeo, no YouTube, é só
clicar no link abaixo.
Felicidades.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-1Y9OqSJKCc
São bons!!! Eu gostei. Vai da dedicação do aluno também.