A nossa página do “Sábio Orientador” recebe dezenas de perguntas todos os dias e, embora seja uma sessão de humor com o intuito de apenas divertir, torna-se muitas vezes uma oportunidade de desabafo aos pós-graduandos que navegam pelo nosso site.
Como bom aluno de pós-graduação, não consegui olhar para um conjunto considerável de dados brutos sem pensar em uma análise estatística que permitisse alguma discussão.
Levando em consideração todas as perguntas recebidas pelo site e não apenas as publicadas, uma vez que dificilmente será publicada uma pergunta repetida, [afinal de contas, piada repetida não tem graça] cerca de 70% das perguntas possuíam como tema críticas ou reclamações sobre seus orientadores, podendo ser agrupadas em duas categorias principais:
1. Reclamações sobre falta de disponibilidade de tempo dos orientadores para responder e-mails, corrigir capítulos, tirar dúvidas ou ter uma boa conversa.
2. Falta de interesse pelo projeto ou pela orientação e domínio limitado do tema da pesquisa.
Orientação é preciso
A orientação possui papel fundamental na vida acadêmica dos alunos universitários em geral. Além de servir como guia para uma área do conhecimento completamente nova para o estudante em orientação, existe toda uma parte burocrática, relativa a bolsas, relatórios, correções de publicações e declarações, cuja dependência do orientador é total.
Tamanha é a importância dos orientadores na vida dos alunos de graduação e pós-graduação que em muitos laboratórios e departamentos por aí os orientadores são carinhosamente chamados de “pai” ou “mãe” por seus orientados. E com certeza a comparação faz todo o sentido.
Entretanto, erga a mão para os céus quem nunca esperou por dias uma resposta do seu orientador para um e-mail ou de uma dúvida. Ou então os felizardos que nunca tomaram um “chá-de-cadeira”, esperando para ter alguns minutos da atenção do orientador. Sem falar naquele artigo que está esperando o “ok” do orientador desde que o mundo é mundo.
Outro lado
O que poucos alunos levam em consideração é que a grande maioria dos professores se dedica a uma jornada de trabalho maior do que a contratada. Se você quiser encontrar meus orientadores da graduação ou da pós-graduação em um sábado de manhã, por exemplo, deve procurá-los em suas salas na faculdade.
E não é atoa. Aulas na graduação, aulas na pós-graduação, orientados de iniciação científica, orientados de mestrado, orientados de doutorado, “publicar ou perecer”, relatórios dos financiamentos das pesquisas, trabalhos e provas para corrigir, sem falar nos cargos administrativos, que de vez em sempre os professores são obrigados a assumir e que demandam um tempo considerável.
Sei que pode ser um choque na vida de alguns alunos, mas chega uma hora em que eles precisam ouvir isso de alguém: seu orientador faz outras coisas na vida além de orientar você. E no doutorado espera-se que essa relação de dependência do orientador seja ainda menor, visto que um dos objetivos do curso de doutorado é justamente formar “pesquisadores independentes”.
Motivação é fundamental
Por outro lado, o aluno não pode ser penalizado por um erro que não é seu. Mesmo que o nosso atual sistema de ensino universitário sobrecarregue os professores, a oportunidade do aluno de fazer um bom mestrado ou doutorado é uma só. Se as dificuldades descritas no primeiro grupo de desabafos citado no começo do texto são perfeitamente compreensíveis, os problemas descritos no segundo grupo com certeza não são.
Sempre que vejo um aluno ser reprovado em uma banca me pergunto onde estava o orientador que não impediu esse desastre. Sim, porque o fracasso na banca é tanto do aluno quanto do orientador. Não que os orientadores devam exercer também o papel de vigia sobre o andamento do projeto, ou de cobrador. O interesse maior em concluir o curso sempre deve ser do aluno. Mas motivar o aluno a dedicar-se à sua pesquisa é um dos quesitos fundamentais da orientação. E um aluno motivado é capaz de maravilhas!
O fato é que praticamente não existe preparo para a orientação acadêmica. Poucos são os momentos da formação de um professor em que a orientação é colocada em discussão. E essa história de que só se aprende a orientar na prática é conversinha para boi dormir. Existe um sem-número de técnicas pedagógicas solenemente desconhecidas pelos orientadores que poderiam auxiliar muito nessa árdua e importante tarefa de guiar um aluno pelos caminhos da pesquisa científica.
E quem sabe, de quebra, reduzir o número de perguntas repetidas enviadas ao nosso Sábio Orientador.
O que me deixou mais curiosa foi ler sobre reprovação. Eu achava que era mito!
Alguém já viu de verdade alguém ser reprovado na defesa da tese ou da dissertação?
Já vi sim, três vezes!
E nas três foi o próprio orientador que decidiu reprovar o aluno.
Eu fui reprovado na minha defesa de tese na USP. Minha orientadora estava afastada desde 2012, eu defendi em Junho de 2015. Como ela não participou da banca, não fez as correções devidas da tese e o coordenador da pós ainda entrou na reunião secreta e disse que poderia reprovar porque eu faria de novo, não obtive meu título. Pior de tudo, resumo do meu doutorado no Journal of Immunology e fiz apresentação oral do trabalho no Europian Congress of Immunology (ECI), todos os meus relatórios da Fapesp foram aprovados, passando inclusive a qualificação e pró-forma da tese. Julgaram “improcedente” meu pedido de anulação da defesa.
Eu já… foi no Departamento de Solos da Universidade Federal do Ceará… enquanto eu fazia meu pós-doutorado.
Érica, eu fui reprovado na minha defesa de mestrado na USP. Não vou entrar em maiores detalhes, pois o caso é complexo, mas não desisti e estou fazendo de novo. Creio que dessa vez vai dar tudo certo 🙂
bom retorno! embora me divirta [e muito] com as piadas sobre o orientador não pude deixar de pensar que nem todos são “daquele jeito”. O que não impede que possamos gargalhar a partir das orientações legais. Abraços.
Me informe a universidade que reprovou um pós-graduando?
SEMPRE achei que o cara podia escrever um lixo mas se o des”orientador” desse o OK para se livrar da criatura estava valendo e o cara era aprovado com “ressalvas” aquelas “pequenas” observações feitas pelo pessoal da banca.
Não vou “dar nomes aos bois” porque é uma situação muito chata para as pessoas que foram reprovadas.
Posso afirmar que é verdade porque conheço as pessoas.
Mas isso vai muito da seriedade da Instituição e do Programa de Pós-Graduação.
Conheço uma pessoa que reprovou na defesa do mestrado, não acho que seja tão raro assim.
Posso falar que na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo – EEUSP, isso acontece, sim!
Putz! Eu não fiz pedido de anulação. Já estava em depressao…
…daí aceitei calada, sob medicação não consegui reagir. 8 anos, 4 no Instituto de pesquisa no exterior e 4 no Brasil (refazendo todas as disciplinas do mestrado no doutorado, só no Brasil, pq só aqui era obrigatório e após 5 anos de mestrado!)
No final, fiquei convidada a realizar quando quisesse outro projeto de doutorado e não seriam mais aceitos meus dados de 4 anos no exterior.
no meu programa de pós, várias pessoas já reprovaram sim!!!!
Resolvi meus problemas na cadeira da analista
Você disse tudo: Onde estava o orientador?
Interessante o ponto, mas acho que, mesmo que o cargo de professor embuta essa burocracia e milhares de afazeres do orientados, foi decisão dele lhe aceitar como aluno e é DEVER dele lhe orientar, o mínimo que seja, e não deixar o aluno “sentar na graxa” na hora da defesa, pra mim isso é falta de ética e caráter, deveria resultar em demissão do docente pra ver se assim ele “se liga” no que está fazendo.
Concordo que cabe ao aluno ir atrás de muita coisa, certamente é parte do processo, mas sendo um aluno, ele precisa ser guiado, está no processo de aprendizagem.
Porque é duro o camarada se formar um Doutor e não ter condições de orientar, escrever artigos/projetos e às vezes nem mesmo de conduzir um projeto diferente.
Muito bom o texto! Já passei por diversas fases e tipos de orientação… Agora, entretanto, estou no ¨outro lado¨… Terminei o doutorado recentemente e estou orientando trabalhos de TCC nesse momento. Estou me dando conta de que, realmente, praticamente nunca foi posta em discussão (na graduação, mestrado, doutorado…) a orientação em si. Eu estou para lá de inquieta: e agora, o que fazer? Esse ponto deveria, de fato, estar mais no centro das discussões tanto da graduação quanto do pós. Valeu! Abs
Eu concordo com a Vi! Também estou passando por isso. De orientanda a orientadora. Tenho dúvidas e medos. Medo de errar, de traumatizar, de ser exigente demais ou ser leve demais. Enfim, sinto falta de não ter tido uma orientação sobre esse assunto. Realmente não acredito que eu vá aprender na prática, tenho buscado leitura na internet e livros. Imagino que é quase um guia de como ser mãe, com uma reponsabilidade científica, onde é preciso rigor.
boa noite,
vc citou que “existe um sem-número de técnicas pedagógicas solenemente desconhecidas pelos orientadores”, poderia indicar alguma leitura sobre o assunto?
Compartilha ai as técnicas pedagógicas sobre orientação…
Valeu
Passei a acreditar que não existe o tal do “orientador perfeito”!
Olha que existe. A minha não tem defeitos.
Eu fico muito triste com esses relatos de orientadores relapsos, mas valorizo ainda mais a orientadora que eu tenho.
Olha, pode até ser que ninguém veja, mas soube de um caso em que a menina foi defender e antes da defesa a banca se reuniu e simplesmente não houve defesa pois o trabalho “não tinha condições” e a mesma foi jubilada, pois já estava no 30º mês. Achei um absurdo total. Onde estava o orientador dela pra falar isso antes e evitar essa vergonha? Ele foi muito omisso e penso que muitos fariam o mesmo nesse tipo de caso. Eu por exemplo me dou muito bem com meu orientador, fui IC dele na graduação e tudo, então já sei como é o trabalho, mas se vc pega um cara como esse daí, bixo, vc se lasca.
…aulas na pós graduação, orientados de iniciação científica, orientados de mestrado, orientados de doutorado..? Como? Se a maioria deles não orienta ninguém de fato!
…seu orientador faz outras coisas na vida além de orientar você? Claro que faz várias outras coisas, menos me orientar! Brincadeira sua isso não?
Eu soube de apenas um caso de reprovação de doutorado, num programa de Pós-Graduação da Unicamp (melhor não dar muitos detalhes…). A banca decidiu que a tese não tinha condições de ser aprovada, por unanimidade, e não houve defesa. Teve muito constrangimento público, porque a família da pessoa, os amigos, vizinhos, cachorros, todo mundo estava lá, com direito a bolo e champanhe. Foi horrível. Mas aparentemente o/a candidato/a contribuiu para esse resultado. Além do trabalho ser meia-boca e não parar em pé, a pessoa quis convidar apenas estrelas para a banca, todos extremamente exigentes. Se tivesse convidado reles humanos, quem sabe passasse.
Porém, já fui a duas defesas, ambas do meu ex-orientador, em que trabalhos aparentemente ruins foram aprovados “por dó”. Num dos casos, um membro da banca chegou a dizer que, após ler o trabalho na íntegra, ainda não tinha entendido o que o candidato queria com aquela dissertação. Não conseguiu entender os objetivos, a finalidade, nada. Disse que a pessoa entendeu errado textos teóricos que leu e escreveu besteira na parte de revisão da literatura e, consequentemente, na análise dos dados. Mas, mesmo assim, a pessoa hoje é mestre. E logo começará o doutorado.
Quer dizer que o aluno faz uma porcaria de tese, some, não entrega a tese tempo para o orientador revisar e a culpa da reprovação é do orientador?
Já aconteceu com aluno meu. Eu quis reprovar mas o membro externo pediu para aprovar com restrições.
Uma coisa que as pessoas esquecem: a tese é do aluno, não do orientador. Jogar o fracasso nas costas de outro (o orientador) é o maior sinal de incompetência.
Acredito que apesar do maior interessado pelo trabalho ser o aluno, o orientador também faz parte dele. Pois quando o aluno faz uma publicação de peso o orientador “enche” a boca para dizer que o “NOSSO” trabalho foi aceito, mas na hora do fracasso a culpa é só do aluno.
Se realmente as coisas são assim, acredito que na hora de publicar um artigo em revistas conceituadas não deve-se colocar o nome de terceiros (o orientador), pois não é justo que o “outro” seja lembrado apenas nos momentos de glória. Certo?!
Concordo, Joao..há orientandos e orientandos, orientadores e orientadores. Estou com meu professor desde a IC mas agora, no mestrado, ele simplesmente não me orienta. Eu preciso implorar para que ele leia minha dissertação e ele não o faz. Defenderei em breve e ele não leu minha dissertação finalizada pois alega que se eu fiz todas as modificações que a banca solicitou, ele não vai se envolver, está tudo certo. Vou defender completamente no escuro… Rezando para que a banca me dê a chance de ser aprovada com restrições!!! Pelo menos isso… mas me questiono: que mestre serei eu???? Que mestres estão sendo formados???
Estou em caso muito parecido. Dissertação com seus dados entregues a mais de 6 meses, telefonando, mandando e-mail, Whats, indo até o gabinete (2,5h de deslocamento), e nada de ele ler a dissertação… Depois de muito tempo, ele resolveu ler, fez correções de texto basicamente, mas discussão teórica acerca dos resultados? Nada, pouquíssima coisa… Algumas dicas que consegui foi colegas do PPG, basicamente, e na última semana que o professor resolveu de “orientar” algo e esta orientação dele, teria mudado vários caminhos que segui se tivesse sido dada a 10 meses atrás quando estava no meio da pesquisa (ou ao menos, a 6 meses quando entreguei a pesquisa pronta à ele)…
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Agora estou com a defesa marcada, morrendo de medo do que possa acontecer. Tenho resultados? É claro que tenho. Aprendi MUITA coisa no meio do caminho (inclusive como realizar pesquisa, aos trancos e barrancos), mas o resultado poderia ter sido melhor, se a orientação tivesse sido mais pontual e direcionada aos tópicos da pesquisa.
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Espero passar, pq se algum dia puder ser orientador de alguém, pretendo fazer as coisas de forma muito diferente.
“Uma coisa que as pessoas esquecem: a tese é do aluno, não do orientador. Jogar o fracasso nas costas de outro (o orientador) é o maior sinal de incompetência.”
E quando o orientador , além de não orientar, anda fugido semanas e está sempre a evitar encontros e a arrastar?? Eu estou-me a cagar para o fdp do orientador, ele não quer aparecer nem orientar corretamente, eu faço o trabalho e entrego.
Depois de ler os comentários, refletir na minha situação.
E pensei…
Ora se é interesse somente do orientando, porque existe orientador?
O orientador depende da produção dos orientandos, para engordar o Lattes e a progressão da carreira do orientador dentro das Universidades.
Então, vejo muitos orientandos dado aulas para o orientador, fazendo serviços administrativos dos orientadores e etc…
Na minha visão deveria haver claramente quais seriam os direitos e deveres nesta relação de orientador e orientando.
Pois a maioria dos orientadores deveriam dar um norte em algumas situações… e o orientando correria atrás do resto!!!
Mas vejo muitos e muitos orientadores omissos… se não tem tempo… não orienta… não participa de um programa de pós… sugestão “VAI PESCAR”…
Pois muitos orientadores nem se quer motiva… Tipo ” Tu vai conseguir, vai indo…”… nem isso kkkkk… Te cobra não pela dissertação, mas pelo serviço administrativo que você não fez…
Enfim estou finalizando minha dissertação sem ajuda do meu orientador!!! Mas consegui ajuda de amigos de turma , e de outros Doutores que vale a pena admirar, e almejar o doutorado em um futuro próximo !!!
Orientandos unidos, jamais serão vencidos !!! Essa é a dica!!!
MINHA ORIENTADORA ME DESMOTIVA DIZENDO QUE E IMPOSSIVEL CONCILIAR MESTRADO COM O EMPREGO. MAS EU PRECISO DO EMPREGO PARA PÁGAR XEROX E COMIDA. ENTAO COMO FAZER
Não é impossível, desde que você tenha força de vontade. Agora se você deixa de cumprir minimamente suas obrigações por conta do trabalho, naturalmente que ouvirá isso da sua orientadora. Pare de falar no seu trabalho para ela, principalmente como justificativa para qualquer coisa e procure dar conta do recado. Você não é a única a passar por essa situação. Inspire-se em quem já passou e deu certo. Boa sorte! Abraços!
Infelizmente, existe muito EGO e alguns orientadores se acham REIS. Os métodos de defesa para os orietados é pouco pelo abuso de orientadores.
Ola Amigos,
hoje recebi um noticia sobre uma amiga que for reprovado na tese de doutorado. Estou procurando saber que agora que deve fazer e o que vai acontecer depois? Alguém sabe me dizer por favor?
Sera que vai ter outra chance? ou titulo parecido ao doutor? existe algo assim?
Faça de exemplo para as* próximas universidades.
https://www.facebook.com/gazzolamurilo/videos/1191982844152269/
olha, na unicamp eu já vi gente sendo reprovada no mestrado e doutorado.
é um vexame grande, principalmente se a familia estiver presente.
então respondendo: acontece sim, mas depende da banca.
Estou passando por uma situação complicada no meu mestrado, fui abandonado pelo meu orientador, pois o mesmo alegava que não participou da pesquisa pq eu não procurava ele, isso me irritou muito, tenho comprovantes de mensagens que enviei para ele pedindo por favor que me receba e que dissesse qual seria o melhor dia para nos reunir. Mas nada, demorou meses para responder e quando marcou horas antes da reunião desmarcou, como tenho prazo a cumpri fiz a pesquisa sem o acompanhamento dele. No fim ele não gostou e vou ter que defender sem o aval do mesmo.
Uma comissão vai avaliar e caso aprove irei para defesa.
Não tive acompanhamento nenhum, no fim fiz tudo sozinho fui abandonado e dependendo da comissão posso até ser reprovado, sem nunca ter de fato sido orientado.
Além de questões políticas internas, que tem muito nos programas de pós-graduação, existe a questão da amizade, se a comissão fizer parte do mesmo grupo político do orientador dificilmente vão aprovar.
Acho que essa dependência e submissão do orientando em relação ao orientador deveria ser revista.
Vejo que orientador (claro que não é a maioria) de fato não orienta,muitas vezes chegam a atrapalhar o aluno.
Vc foi aprovado(a)? 😉
Caraca, que chato, cara! Espero que tenha resolvido!! O meio acadêmico é bem complicado e estressante mesmo.
No meu caso fui reprovado na qualificação de doutorado, mas posso defender novamente… Meu orientador indicou 6 membros que não tinham vínculo comigo, mas que eram da mesma área… O departamento não aceitou a banca e colocou pessoas relacionadas à chefia (política)!!! Enfim, fui reprovado por uma banca que não concordava com meu delineamento e metodologias, pelo simples fato de não entenderem o que eu estava fazendo!!!
Gente, estou lendo esses comentários e não acredito que vocês escreveram “fulano reprovou…”, quando se tratava de uma pessoa que FOI reprovada. O orientado reprovou quem?!
Boa tarde!
Desculpe por “ressuscitar” o tópico, mas estou tendo sérios problemas.
Vou abandonar o mestrado. O principal motivo acabou sendo meu orientador e estou com medo de estar sendo infantil, não que minha ideia de abandonar o curso no final vá mudar. Mas quero uma opinião de fora sobre o assunto.
Fui “aconselhado” a abandonar minha tese que estava ligada a identificação dos problemas das áreas carentes da minha cidade e defender o assunto sobre como funcionam as grandes empreiteiras da cidade ou não teria orientação.
Deixando o conflito moral de ter que defender um assunto totalmente diferente do que eu acredito (não deixaria o mestrado por isso), o problema acabou sendo que todo o processo se tornou desgastante, pois não posso fazer nada diferente do que me é “orientado”, nem meu trabalho está sendo respeitado, pois sou professor de 8 turmas e o próprio orientador constantemente “joga” na minha cara que em sua defesa e tese ele chegou a ir para fora do país e se dedicava exclusivamente ao mestrado. Chegando a dizer que deveria largar o emprego e inclusive disse que meu casamento foi um erro pois uma pessoa casada não consegue terminar um mestrado.
Não posso largar o emprego pois dependo dele, meus país não possuem condição de manter um filho adulto junto com seus outros 3. Dispenso comentários sobre a questão do casamento.
Fora tudo o que ocorre, ainda tenho que me expor a situações perigosas. Em minha tese eu mapeei uma comunidade, não houve problemas. Mas ele quer que eu pegue informações fiscais e financeiras de empreiteiras que são conhecidas por sua corrupção e ele (que não é nem desse estado) não aceita que isso exista.
Honestamente eu estou decepcionado com o mestrado em si, pois vejo que meu orientador vive uma vida triste, ele não acredita nas teses que defende, e não pode deixar de apresentar. Não quero viver assim.
Em outro momento voltarei ao mestrado para concluir meu sonho, mas em prol da minha saúde estou optando por deixar de lado e esperar um momento melhor.
Enfim, não queria parecer uma criança mimada, mas precisava expor essa situação.
Quanto um professor ganha por Orientação?
Tenho 7 meses até a data prevista para minha defesa e não tenho nenhum dado que possa apresentar e nem mesmo condições para realizar meus ensaios experimentais para obter os dados. Não temos equipamento funcionando para realizar os experimentos e não tenho qualquer apoio, pois a maior preocupação é consertar o equipamento do laboratório, mesmo que não haja mais tempo hábil para concluir o meu projeto. Além do meu orientador ser omisso, ainda não me ajuda a encontrar condições de conclusão do projeto…
Gente, há um comentário em algum poste nesse site de uma pessoa que fez doutorado nos Estados Unidos. Eu lhes digo, não reclamem de seus orientadores, pois lá, se você for tirar dúvidas com o seu orientador e não tiver prontas as opções sobre o que fazer, corre o risco de ser mandado embora, da universidade, caríssima!!! Em consequência, será convidado a ir embora do país.
E aluno estrela, já ouviram falar? Conheci um que não aceitava menos que elogios e processou o orientador porque esse só o elogiava em público e, privadamente, reclamava do desempenho/atrasos do aluno.
Ah e há os alunos que sugam o sangue do orientador, tanto que o coitado já pode morrer após concluir a orientação, pois acabou o motivo de sua existência. Esses estão aí nos comentários com o nome de anjos. Coitados…
Já que a tese ou TCC é do orientando, não do orientador (como vi um comentário aqui), por falam que é de bom tom colocar o nome da banca que nada produziu, no artigo quando este for publicado?
Estou no meu segundo TCC e as duas orientadoras, tanto do primeiro como segundo me falaram isso. O que eu acho é que na verdade, utilizam disso para terem publicações e enriquecer o lattes a custa do trabalho alheio. Porém fico sem jeito de expor, fico sem reação porque para mim isso não deveria nem ser dito.
Vejo que acontece muito por onde passei e passo. Com vocês acontece isso também? Vocês acham que realmente é de bom tom colocar o nome da banca na produção sua e do seu orientador?
Existe reprovação sim. E o assunto pode se transformar em causa judicial como o parecer abaixo.
Mantida a Decisão Administrativa que Reprovou Aluna em Defesa de Tese de Doutorado na FUB
Imprimir: Mantida a Decisão Administrativa que Reprovou Aluna em Defesa de Tese de Doutorado na FUB Compartilhamento: Mantida a Decisão Administrativa que Reprovou Aluna em Defesa de Tese de Doutorado na FUB Mantida a Decisão Administrativa que Reprovou Aluna em Defesa de Tese de Doutorado na FUB Mantida a Decisão Administrativa que Reprovou Aluna em Defesa de Tese de Doutorado na FUB
Publicado : 11/09/2009 – Atualizado às : 08:57:42
A PRF 1ª Região, representando a Fundação Universidade de Brasília – FUB, conseguiu, na justiça, sentença favorável em ação ordinária com pedido de antecipação de tutela nº 2004.34.00.022538-9 ajuizada por aluna da Instituição, com o objetivo de revogar a decisão da Comissão Examinadora de sua tese de doutorado em Psicologia e de receber indenização por danos morais e materiais.
A autora alegou que sempre foi aluna de qualidade, responsável e aplicada, tendo apresentado excelente aproveitamento durante o seu curso de doutorado na FUB, obtendo, inclusive, aprovação no exame de qualificação que constitui requisito imprescindível para se chegar à defesa da tese. Não obstante, ao final da sessão de apresentação de defesa da tese de doutorado, o presidente da comissão examinadora anunciou a reprovação unânime da autora, baseada na incapacidade em responder às arguições ao longo da defesa.
Indignada com o resultado, a autora interpôs recurso administrativo levantando a hipótese de vício de forma em razão de o seu ex-orientador e também presidente da banca ter se comportado de forma supostamente incoerente e incompatível com o ato de defesa da tese. Além disso, questionou sobre a composição da banca examinadora, na qual deveria ser composta de 05 membros especialistas e, ainda, sobre a forma da arguição durante a defesa pública.
Tendo sido o recurso administrativo indeferido, pleiteou judicialmente danos morais por afirmar ter sido humilhada publicamente pelo presidente da comissão, comprometendo a sua imagem, e também danos materiais decorrentes das despesas assumidas ao longo de 4 anos de curso. Por fim, requereu a revogação da decisão de reprovação de sua tese.
Ao julgar o feito, o magistrado verificou, primeiramente, que o trabalho da autora foi apreciado inicialmente por professores especialistas e dotados de capacitação para tanto, e em vista do recurso administrativo, novos professores com semelhante capacitação mantiveram a reprovação.
Em segundo plano, informou que as decisões administrativas que reprovaram a aluna possuem caráter discricionário, não sendo possível que o judiciário interfira no mérito administrativo atribuindo qualquer juízo de valor, sob pena de violação do princípio da separação dos poderes. Ademais, foi oportunizado à autora o exercício do contraditório e da ampla defesa através do manejo de revisão da decisão que reprovou a sua tese de doutorado.
Durante a dilação probatória do feito, o magistrado percebeu que a discussão, comentários e críticas feitas pelos professores da banca avaliadora foram pertinentes e focados no conteúdo do trabalho de dissertação apresentado pela autora, não tendo se desviado para críticas pessoais. Assim, julgou improcedentes os pedidos formulados pela autora.
A PRF 1ª Região é unidade da Procuradoria-Geral Federal (PGF), órgão da Advocacia-Geral da União (AGU)
E se o orientando pensar que o projeto pode não dar certo, mas o orientador mandar seguir???
Estou ficando louca!
Defendi meu mestrado em março de 2017, dentro do tempo hábil estabelecido pelo programa. Porém, ‘long story short’, meu orientador não satisfeito com os resultados, quis que mais testes fossem feitos e repetidos, até aí OK, é direito dele o rigor científico, e tals. A questão é que defendi!! Depois disso já não tinha mais compromisso e a bolsa do programa. O meu próprio orientador disse isso mais ou menos assim: “tudo bem, não é mais seu dever fazer quaisquer outros trabalhos nessa pós-graduação, seu papel foi até aqui, até a defesa.” Beleza, a questão é que para conseguir o diploma, preciso de um código de submissão do artigo em revista científica, e aí que vem o problema: meu orientador se recusou a me deixar submeter o artigo com os resultados presentes, e disse que ia fazer mais análises, e depois sim, iria submeter à publicação, para não “queimar” o artigo. Beleza, estou nessa esperando há mais de 2 anos. Sempre pergunto, e ele diz que está caminhando, e nada… Passei tanta raiva, mas não briguei com ele, com medo de ficar pior. O mecanismo de sobrevivência que encontrei foi esquecer disso, esquecer de tudo, pensei até em fazer outro mestrado, já que esse só Deus sabe quando terei meu diploma. Enfim, não sei o que fazer. Não sei se posso recorrer a alguém.
Andrille. Eu estou na mesma situação… a diferença é que o orientador pediu pra eu repetir todos as analises, e nao deu certo.
Ele se recusa a submter o artigo do jeito que eu defendi no mestrado, o que ja seria suficiente para eu conseguir meu diploma. Voce conseguiu algo sobre a sua situação?
Infelizmente somos seres humanos, e a dedicação tanto a orientar quanto a ser orientado depende de indivíduo para indivíduo.
Eu sou professora e oriento vários alunos de TCC, já tive alunos bons, sanguessugas, estrelas, medianos e os diamantes (aqueles que chegam brutos e são lapidados), tento orientar a todos semanalmente de forma presencial, assim como fui orientada no mestrado.
Sofri muito pelo descaso de meu orientador no doutorado ( ele fazia distinção a partir de critérios: ser casado, ter filhos, ser bolsista, partido político), não quero ser comparada a ele nunca, isso para mim não é motivar a pesquisa e sim denegrir o estudante.
Eu me candidatei a uma vaga no mestrado da FFLCH-USP. Sou ex-aluno, formado há 10 anos, durante os quais segui outro caminho profissional que não o magistério e nem o acadêmico. Mesmo assim, fiz minha inscrição e a prova, não sendo aprovado. Não vou discutir a nota e a justiça dela, afinal sei que não estudei o bastante e entrei no processo como um azarão bem óbvio, sem nada a perder, então é vida que segue. Talvez eu tente de novo no futuro, estudando mais.
Mas ter participado disso me fez ter algumas impressões, que não servem de desculpa para meu fracasso:
1) Quando você olha o repositório das faculdades, dificilmente há algo inédito ou que ao menos fuja do lugar-comum daquilo que se estuda na Graduação. Fiquei com a impressão que você orientando estuda mais ou menos o que o orientador quiser que você estude, dentro da zona de conforto dele. Imagino que ele não queira abraçar um projeto cujo tema ou autor a ser estudado desconhece, ou conhece menos que o orientando, forçando-o a “estudar” também. Então, se propuser o estudo de algo novo ou inédito, sua chance diminui.
2) O meio acadêmico deve ser uma panela muito hermética. Ficar 10 anos afastado dele, sem contato com professores e fora do radar, deve ser fatal para quaisquer pretensões acadêmicas. O orientador certamente vai querer trabalhar com quem conhece, com gente mais jovem, menos exigente talvez, muitas vezes com quem o bajula, e não com um outsider desconhecido sabe Deus vindo de onde.
3) Até hoje, não tive um retorno sobre minha avaliação. Nem vou procurar. Tenho teorias sobre por que fui reprovado, mas mesmo assim, custa? Quando você procura um emprego, não espera uma resposta positiva ou negativa, com alguma explicação? Até para que possa entender o que fez de errado e mudar, ou tentar. Então, não deveria ser diferente no meio acadêmico. Não vejo porquê de o avaliador não enviar uma mensagem dizendo “você não foi aprovado porque entendeu x errado. Reveja seus conceitos. Boa sorte na próxima vez”. Apenas acho, é o que eu faria.
4) Ora, se eu preciso de um orientador para a pós, ele é partícipe do resultado, seja qual for. Claro que não na mesma proporção do aluno, mas em algum grau sim. Nenhum orientador, salvo alguém muito cretino, teria prazer em ver um aluno seu reprovado sem ajudá-lo antes. Afinal, o nome dele está lá também.
P.S.: Nesse interim, eu procurei uma universidade no exterior para buscar informações ou contatos que pudessem ser úteis ao meu projeto. Em questão de horas, a coordenadora do curso me respondeu, muito atenciosamente, que ela não poderia me auxiliar mas que me encaminharia a quem puder, inclusive deixando aberta a possibilidade de fazer cursos lá. Que nem no Brasil…
Sem mais.
Reprovei na qualificação de doutorado. Não consegui entender pq meu trabalho foi recusado se o de uma colega era praticamente igual ao meu. A única diferença era o fato que ela usará animais jovens e eu, animais maduros, de mais de 2 anos. somente esse fator de diferença.