A ministra da Educação da Alemanha, Annette Schavan, de 56 anos, perdeu o título de doutora depois de ser denunciada por plágio (cópia de trabalho de outros) da tese final. A Universidade de Dusseldorf, no Oeste da Alemanha, decidiu hoje (6) retirar o título da ministra. O Conselho Acadêmico declarou inválido o título obtido há três anos. Shavan é a quarta autoridade do país a perder o título de doutora por plágio – um ex-ministro e dois deputados passaram pela mesma situação anteriormente.
A decisão foi aprovada por 2 votos a favor, 2 contra e 1 abstenção. A iniciativa foi anunciada pelo presidente do Conselho Acadêmico da Universidade de Dusseldorf, Bruno Bleckmann. O Conselho da Faculdade de Filosofia considerou que há provas de que Schavan incluiu “de forma sistemática e premeditada” na sua tese um trabalho intelectual que não lhe pertence.
Schavan está fora da Alemanha, em viagem oficial à África do Sul. Segundo assessores, ela disse que vai recorrer da decisão da universidade. O escândalo sobre a tese de doutorado da ministra veio à tona quando um jornal alemão, o Der Spiegel, divulgou relatório técnico informando que a tese apresentada em 1980 com o título Pessoa e Consciência continha “características próprias de plágio”.
As suspeitas sobre a ministra ocorrem logo depois da demissão do ex-ministro da Defesa Karl Theodor zu Guttenberg, em março de 2011, que reconheceu ter “cometido erros” na sua tese universitária. A Universidade de Bayreuth (na Baviera) retirou o título do ex-ministro e gerou discussões nos âmbitos acadêmico e político.
Em seguida ao caso de Guttenberg, a Universidade de Heidelberg (no Sul da Alemanha) retirou o título de doutora da deputada Silvana Koch-Mehrin (Partido Liberal, o FDP), que ocupava na ocasião a vice-presidência do Parlamento Europeu. Ela também foi acusada de plagiar sua tese de doutorado. Antes dela, o deputado Jorgo Chazimar-Kakis, do mesmo partido, também perdeu o título após reconhecer ter plagiado a tese.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
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Fonte: Renata Giraldi – Agência Brasil
A se essa moda pega no Brasil… Muito “dotô” ia perder sua boquinha nas universidades brasileiras.
Desde o século XVIII Lavoisier já dizia: “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Hahahahahah…
2 votos a favor e 2 contra, isso não seria um empate? ¬¬’
Colar no ensino fundamental é uma coisa, mas no doutorado é de entortar o cano da garrucha enferrujada.
Isso ocorre com frequência, pena que não são investigadas. Quando faço pesquisa e leio alguns artigos, é visível que não há originalidade, são apenas cópias de outros artigos. Fica até difícil fazer citações, não sabemos qual é o original.
e quando você faz um artigo original,de algo inusitado,e a banca ri na sua cara? aí perde a vontade de fazer coisas novas!
Parece aquele típico caso da pessoa que se dedica à política, faz dela sua carreira e deixa a academia em segundo plano; para correr atrás do prejuízo, frauda seu trabalho, atropelando os critérios éticos e, ironicamente, quando descoberto, ferindo sua reputação política.