Tem chatos na sua família?
Quando decidimos fazer o mestrado, muitas vezes abdicamos de outras coisitas por aí. Mas antes de você ser aprovado, você passa pela seleção. Sim, disso todos nós sabemos!
Se você caro amigo, como eu, optou por sair do seu trabalho apenas para se dedicar para seleção de mestrado, ai bruxo, a coisa pega fogo. Cobrança e fofoca rolam soltas.
Parece que a família não entende. Uns acham que você não quer mais trabalhar, se agora não trabalha, imagina depois. No meu caso, até tentei trabalhar e me preparar, mas não consegui. Acabei saindo do meu trabalho, só para tentar uma seleção do mestrado. É dose, hein!
Mas lidar com os questionamento da família eu diria que é chato mesmo. Mas entre conversas com amigos que estão na mesma caminhada, a coisa não foge muito da minha realidade. Acho que é geral. Todo mestrando, doutorando tem chatos na família que pegam no pé, insistem em falar por aí que você não faz nada além de estudar e claro, que não quer trabalhar.
No caso de quem ainda está tentando seleção, como eu, além de lidar com sua ansiedade de querer muito passar na seleção, fora as leituras, escrita de projeto, e a tão chegada data, tem de lidar ainda com aqueles seus parentes chatos pra caramba que ficam perguntando: “Você não trabalha mais”? Ai você responde: “Estou me dedicando para passar na seleção de mestrado”. Ai o burro que me desculpa, responde assim: “Ahh já tá fazendo mestrado”. O parente, o tio entende tudo errado, ou leva para outro lado, “Hum, você só estuda…”.
Vai dizer que não é chato! O seu desejo é não ver ninguém da sua família, pra ficar fazendo aquelas perguntas chatas: “Quando é a prova”, “E como foi no projeto”, “Quando sai o resultado”? Aff, que coisa chata! Haja paciência, e nessas horas meu filho é focar e dar um jeito de passar, porque senão a coisa pega fogo!
E ai, como são os parentes de vocês?
Eu sai de um emprego no banco q apesar de pagar bem me deixava muito infeliz. Ter q ligar com a falta de grana e benefícios só não foi pior que aturar td mundo perguntando: Mas você só estuda??? Vai trabalhar quando??
O mestrado me realizou desde o primeiro dia, me senti viva de novo e desafiada. Meu marido me deu apoio financeiro pra q eu pudesse continuar e ir até o final.
Quando defendi o mestrado todo mundo voltou a perguntar se “agora eu ia trabalhar”. Não vou não… Tenho artigo pra publicar e projeto do doutorado e depois quem sabe eu começo a dar aula.
Parece até q todo mundo me sustenta pra cobrar emprego.
Isso é normal. . Pior sao aqueles que vao falar de um amigo do vizinho do padeiro que fez ”mestrado” na Uniesquina e que so tinha aula aos sábados de 15 em 15 dias.. da vontade de matar…. mas é bem assim só quem ta no fogo que sabe o qto queima né. .. ainda tem as antas que perguntam ”mas pra que serve seu projeto?” Da vontade de responder que ”to criando um veneno p imbecil”
Quando fui tentar a seleção do mestrado também tive que largar o emprego, que por sinal, ganhava mais que a bolsa do mestrado,mas não tinha jeito, o curso é outra cidade e não tinha como trabalhar, e o mestrado é dedicação exclusiva. Já ouvi milhõooooes de vezes: “ah,mas vc só estuda???” e passa um dia explicando que não pode trabalhar e blá blá blá… E a velha pergunta: “e o doutorado??? vai fazer??? mais 4 anos só estudando,hein???” ou seja,vai trabalhar nunca???? dentista TEM que ter consultório. Uma chatice,mas a gente bota um sorriso amarelo e responde: sim, cada escolha uma renúncia, paciência.
Olá Angélica, eu deixei o emprego para fazer o mestrado, e depois no doutorado pedi afastamento sem remuneração de um cargo público. Já ouvi tanta asneira, que ultimamente me limito a dizer que sou estudante e faço tudo isso!
Aspirante a mestrado! Adorei! :D. Estou realizando leituras para poder assumido desafiante mestrado no país ou quem sabe até fora!!
Sempre tem um ou outro pra falar e isso é super chato… Porém, tenho o apoio incondicional da minha mãe, que é mestra e doutora e sabe exatamente o que eu estou passando, graças a Deus!
Eu entendo que a vida é minha e ninguém tem nada haver com isso. Estudar é sempre muito válido e aquele clichê que todo mundo diz se aplica aqui: se planta hoje para colher amanhã.
Eu me mato de estudar hoje para ter melhores oportunidades de trabalho amanhã, por isso meus colegas, deixem esse pessoal pra lá e mantenham o foco! 😉
Nossa gente querida. Coisa boa ler os comentários de vocês. São ótimos e inspiradores. Ás vezes a gente se sente sozinha, mas sei que vocês também passam ou passaram por isso. Obrigada! Abraço.
Adorei os comentarios parece as vezes que a familia at certain e vc esta errada…muito pressao.
Meu problema já nem é mais com a família. Estou em outra cidade, então meus vizinhos me perguntam: – Poque você estuda tanto? o.O
Angélica querida, você não está sozinha! Também tenho isso na minha família. NO meu caso, já estou no doutorado; mas tudo se iniciou quando fui fazer graduação fora. Nossa, a família achou péssimo: fui fazer geografia! Vai ser professor? Por quê? Vai ser pobre?
Bom, terminei e fui para o mestrado. Ai ouvia não só o : “nossa não vai dar aulas” ou o: pra que mestrado se é pobre?
Bom, tive que dar aulas e fazer mestrado ao mesmo tempo! Imagina a loucura. Agora, entrei esse ano no doutorado me geografia – leia-se em um dos melhores programas da área do Brasil – e advinha? Ao invés de parabéns, novamente a família: mas pra que tudo isso se você continua pobre?; “é preferível ter ensino médio do que pós”. Sim, escutei isso de um primo (que tem carro e moto zero, mas tem ensino médio e trabalha em uma usina de açúcar e álcool).
Mas quando queremos, tudo funciona! Estou com um projeto muito legal e com propostas de ir pro exterior. Portanto amiga, não ligue para que os parentes falam.. ignore e um dia você mostrará o quanto valeu a pena.
🙂
Eu acho que nós, estudantes dedicados, mesmo não sendo mestrandos ou doutorandos, sentimos essa pressão de alguns malas da família. No meu caso, o que me decepciona é ouvir isso da minha mãe. Eu fui a aluna laureada da minha turma, meu projeto final da graduação foi muito elogiado pela banca de mestres, nota 10 e tudo. Apesar de tudo isso, quando disse a mainha que ia tentar o mestrado assim que terminasse a graduação, ela me veio com a bendita pergunta: e você não vai ensinar não?!!! Tristeza, esse é o sentimento, nada além disso.
Realmente lidar com algumas pessoas da família é bem difícil, até mesmo com os próprios pais quando esses não tem graduação. Pra mim, construir um bom currículo durante a graduação foi uma luta, pois na época minha família passava por uma fase bem complicada. Após meu pai sofrer um acidente que o deixou paraplégico, junto com a paraplegia veio uma série de outras complicações de saúde e junto com elas despesas, mesmo recorrendo ao SUS. Sou de família pobre e por isso sofri uma forte pressão pra largar o estágio voluntário, mas que gostava muito. Paralelamente ao estágio participava de programas de extensão ou de projetos com bolsa para me dar um mínimo de suporte financeiro, para custear transporte, xerox, entre outros. Mas era um valor que não dava para contribuir em casa. Por mais que explicasse a importância das atividades acadêmicas que me envolvia, o que eu escutava era “que de nada me serviria”, que “estava perdendo o meu tempo”, que “ir a congressos só gerava custos e aprender mesmo só durante as aulas do curso”, etc. Enfim, foi muito difícil, me aborreci várias vezes, discuti muito e estive por um fio de desistir do estágio e me dedicar só a estudar para as disciplinas. O que eles queriam era que eu trabalhasse durante o dia, me tornando uma assalariada, ao invés de fazer estágio, e estudar a noite como muitos colegas meus faziam. Não obedeci e fui levando até terminar o curso. Quando me graduei começou a segunda pressão pra começar a trabalhar, ganhar um salário pra aliviá-los de custos. Como terminei a graduação na metade do ano 2010 só consegui trabalho sete meses depois como professora. Ao longo do ano 2011 trabalhava e me dediquei mais a escrever artigos e cheguei a participar de um congresso. Em meados de 2012 entrei em um curso de especialização e na medida do possível participava de eventos e no fim do mesmo ano fiz a seleção do mestrado e passei. Ótimo, fiquei feliz, entrei no curso mas… fiquei um ano sem bolsa, que recebi em março deste ano. Sem opção, continuei trabalhando mas não me dedicava ao mestrado como deveria e queria, era muito ruim. E não podia “me dar ao luxo” de ficar sem trabalhar pois não tenho quem me ajude financeiramente, nem mesmo meus pais e não sou casada. Assim que recebi a primeira parcela da bolsa pedi a rescisão do contrato de trabalho e agora “só estudo”. Pra evitar os chatos da família que logo vão pensar e/ou falar que “não trabalho”, “que só estudo”, quando perguntam sobre o trabalho continuo dizendo que esta bem e respondo as perguntas como se ainda estivesse trabalhando. Poderia dizer a verdade mas assim, evito chateações.
Gente, o que fazemos tão grande, que as pessoas nem entendem, deve ser bom então né? Pensem na música de Dinho Ouro Preto: ” Se eu for ligar, pro que é que vão falar, não faco nada!”. E rumo aos títulos…
No meu caso, estou terminando e já quero engatar no mestrado. Contudo, as cobranças são muitas. “Tem que prestar concurso pra ganhar bem”. Fora que tem aqueles parentes que vivem perguntando quando é que vou começar a trabalhar. Aff. Sinceramente, nem contei pros meus pais que já quero passar em um mestrado pra depois prestar concurso público.
Boa noite, gente. Estou enfrentando além deste dilema da família cobrar logo um emprego, outro dilema complicado. Descobri que fui aprovada em um concurso público (já havia até esquecido da existência dele), e estou morrendo de agonia. Adoro pesquisas, sonho com meu mestrado, mas e o cargo público?! Sei que se não entrar no mestrado agora irei tentar depois, pois tenho isso como meta. Mas agora surge este concurso, será que é possível assumir e já conseguir licença (mesmo que não remunerada) para fazer o mestrado e garantir a vaga no cargo? Me ajudem. =(((
Eu vi esse vídeo sobre ataques verbais dos parentes:
https://www.youtube.com/watch?v=s9YmZRzlD9w