Cursar uma pós-graduação fora do Brasil pode impulsionar sua carreira, mas é preciso preparar-se com antecedência e buscar o perfil mais adequado. Quem já conta com uma graduação (ou quase) no currículo e deseja continuar os estudos em uma universidade no exterior está diante de um cenário extremamente favorável: a evolução da economia do país, além de proporcionar o aumento da renda do aluno, também provoca um crescente interesse de escolas internacionais em buscar estudantes brasileiros.
Além dos tradicionais MBAs, hoje são diversas as opções de escolha no exterior: pós-graduações stricto sensu – que englobam os mestrados profissionais e os mestrados e doutorados acadêmicos, pós-graduações lato sensu (especializações) e mesmo cursos de extensão universitária. A decisão sobre que caminho seguir varia de acordo com objetivos de carreira e disponibilidade de tempo.
Escolha seu curso de acordo com seus objetivos
Os mestrados profissionais e as pós-graduações lato sensu (especializações) têm um caráter prático, voltado à aplicação dos conceitos aprendidos no curso à realidade das empresas em que trabalham ou pretendem trabalhar. A duração desses cursos varia de um a três anos.
Os cursos de extensão universitária têm propósitos semelhantes, mas duração mais curta: de duas semanas a um ano. Há cursos com os mais variados focos: business, marketing, finanças etc.
O objetivo nestes cursos de extensão universitária é que o aluno se aperfeiçoe ou se atualize em algum aspecto de sua rotina de trabalho ou, ainda, obtenha conhecimentos de outra área. Outra diferença em relação aos MBAs e às especializações é que os cursos de extensão no exterior podem ser feitos por alunos que ainda não concluíram o ensino superior no Brasil.
As exigências variam de acordo com a universidade: algumas só aceitam estudantes prestes a concluir sua graduação, outras admitem alunos que estejam no meio do curso. Geralmente se exige na inscrição o currículo e uma pontuação mínima no Toefl, exame que mede a proficiência em inglês.
Os mestrados e doutorados acadêmicos, mais teóricos que os mestrados profissionais e as especializações, são indicados àqueles que desejam se tornar professores universitários e pesquisadores. Eles podem ser cursados integralmente no exterior ou apenas parcialmente, em uma forma de estudo conhecida como “sanduíche”.
Por onde começar?
No caso de cursos integrais em universidades estrangeiras, o primeiro passo a ser dado pelo aluno é escolher quais universidades e cursos lhe interessam. Essa pesquisa – que também informará ao aluno os documentos necessários, se é preciso apresentar um projeto de pesquisa e a possibilidade de se candidatar a uma bolsa – pode ser feita pelo site das próprias universidades ou com a ajuda de agências de intercâmbio.
As exigências mais comuns para uma candidatura desse tipo são o Toefl ou Ielts, cartas de referência e a tradução juramentada de documentos como atestado de conclusão do curso ou diploma, histórico escolar e outros certificados acadêmicos, se houver (como iniciação científica e monitoria). Algumas universidades ainda pedem o OMAT ou o ORE. É preciso ficar atento porque certas instituições exigem que os documentos assinados sejam reconhecidos em cartório e que documentos acadêmicos sejam validados pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Validade do curso no Brasil
É preciso ter em mente que mestrados e doutorados realizados no exterior não são reconhecidos automaticamente no Brasil pela Capes, órgão do Ministério da Educação responsável pela área. Os diplomas concedidos pelas universidades estrangeiras precisarão ser reconhecidos por universidades brasileiras “que possuam cursos de pós-graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento e em nível equivalente ou superior” ao realizado lá fora, informa a Capes. E cabe ao aluno entrar em contato com a universidade e pedir a análise para reconhecimento.
No caso dos doutorados sanduíche, não há esse empecilho. Isso porque os anos iniciais e finais do curso são realizados em uma universidade brasileira. O aluno estuda na universidade estrangeira escolhida apenas por um período de três meses a um ano, sempre no meio do curso. Para participar deste tipo de programa, o aluno precisa estar formalmente matriculado em um doutorado no Brasil e os procedimentos a serem seguidos são informados por sua própria instituição de ensino. A proposta à universidade estrangeira, em geral, é encaminhada pelo orientador de doutorado do aluno brasileiro.
Durante a graduação fui bolsista de iniciação à docência (monitoria), tanto remunerado quanto voluntário, e também bolsista do Programa de Educação Tutorial – PET – do Ministério da Educação. No final do ano irei aplicar para programas de Ph.D em algumas universidades nos EUA e Canadá. O fato de eu ter sido bolsistas desses projetos (e bolsista do CNPq agora no mestrado), conta pontos ao meu favor na seleção dos alunos?
É uma boa, ainda mais que pode ser útil para emigrar do Brasil 😀
E como proceder para quem quer fazer um pós-doutorado no exterior? É uma boa pedida para uma postagem no blog hein? 🙂
Estou no meu primeiro ano do mestrado em Ciência Politica nos EUA. Além de passar pelo processo seletivo também tive que fazer o GRE, que é exigido para a maioria dos cursos de ciências sociais. O processo de aplicação é meio burocrático, e depois para conseguir uma bolsa, se você não conseguir junto com a aceitação, também não é mole. Mas vale muito a pena.
Curso de extensão universitária vale como pós graduação?
Oi! Quero prestar para um curso no exterior que sirva para ambos: aplicação no mercado de trabalho e que possiblite dar aulas em universidades também. É possível?
Uma outra pergunta, na verdade é um desabafo. Fico assustada só de pensar em prestar porque também precisarei de um uma bolsa o que me levam a dois grandes desafios. O que você acha que ajudaria nesses processos? Artigos publicados, projetos… algo te chama mais atenção?