Primavera de outubro, segundo semestre no final do último tempo… E esta que vos escreve decidiu refletir sobre ele, é ele mesmo, o tal de calendário acadêmico.
O calendário na conceituação mais simples nos remete ao sistema de organização do tempo, em anos, meses, dias. Além do sistema, temos a materialização do calendário em folhas, agendas, computadores, enfim.
E aquele calendário que temos acesso no início do ano no Mestrado ou Doutorado, lembrou? Este mesmo que será objeto de nossa discussão. Saudade do tempo que a atividade era a de: preencher/desenhar o sol, chuva, nublado… no calendário.
Tempos de pós-graduação a realidade é um pouco diferente, nas datas visualizamos lindos prazos que se aproximam cada vez mais, e mais. E se por acaso um deslize for cometido do tipo, falta de inspiração ou não controle do tempo, por exemplo, poderá contribuir ainda mais para o famoso desespero nas vésperas da finalização da versão final da dissertação ou tese para a banca de defesa.
Que tal refletir: Como um pós-graduando enxerga o calendário? Seria algo mais ou menos assim, dependendo do contexto da instituição, programa de pós-graduação e pós-graduandos:
O ano para o pós-graduando está dividido em dois semestres, extremamente direcionado para as atividades de pesquisa, seja a coleta de dados, experimentos, revisão bibliográfica, qualificação, banca de defesa. Então temos os dias da semana, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira (estudar, estudar e estudar), sábado, domingo, feriados e férias (descansar, caso sua consciência deixe, e, salvo exceções que o pesquisador possua um bom controle do tempo).
Assim o que visualizamos no calendário não se resume a: carnaval, feriado de independência, dia do soldado, páscoa, dia das mães, dia dos pais, natal. É claro que somos humanos, logo, vivenciamos sim tais datas, porém em nosso comum e apertado calendário acadêmico deparamo-nos com:
Dia X – matrícula na disciplina obrigatória, eletiva.
Semana X – Y – disciplina eletiva.
Dia Y – Seminário Internacional com o Cara.
Dia W – Prazo final para requerer qualificação.
Dia D – Prazo final para envio de artigo para a super revista, ou evento.
Dia Q – Prazo final para requerer a banca de defesa.
É um círculo vicioso, infelizmente, vivemos cercados de datas X e Y, que são nossos prazos para entregar aquilo e aquilo outro, mas na realidade é o que temos para a vida de pós-graduandos, o fato de sermos seres inteligentes poderá favorecer o processo, isto é, viver o calendário acadêmico da pós de forma harmoniosa, com o mínimo de organização e não morrer de desespero nas vésperas dos prazos.
É claro que é uma tarefa difícil não se deparar com o prazo que era para ontem somente hoje, seja pelo esquecimento, ou o famoso eu consigo fazer nas vésperas, ou por motivos maiores (doenças, problemas familiares, pessoais), a parte não boa é que mesmo com a flexibilidade para prorrogar os prazos, eles chegarão da mesma forma e teremos de enfrentar o difícil, mas não impossível processo rumo ao ponto final do trabalho.
Logo, as temidas e mais aguardadas datas chegarão: e será nosso grande dia: o dia da banca de defesa. Os tambores soarão e será proclamado: Beltrano recebe o título de Mestre/Doutor em…
E, tempos depois, este ser já Mestre/Doutor, viverá muitos anos, produzirá uma centena de artigos, participará de muitas bancas de qualificação e defesa e então ajudará outros seres no processo de travessia. Fim! (Ops, deixa eu voltar ao processo rumo ao ponto final! Avante a luta, venceremos o desafio e belamente teclaremos ele: o PONTO FINAL.)
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