Gostaria de escrever sobre a necessidade de um título de pós-graduação “stricto sensu” para a vida profissional.
Embora durante o curso de mestrado ou doutorado se vise à pesquisa como objetivo central do aluno, é no dia-a-dia profissional que todos os ensinamentos obtidos no curso é que vem à tona.
Recentemente, a Escola Paulista da Magistratura abriu inscrições para integrantes do Núcleo de Pesquisa Científica em Justiça Restaurativa, sendo que um entre os requisitos dispõem que os candidatos, acadêmicos de qualquer área sejam portadores do título mínimo de mestre.
Neste caso, em especifico, o núcleo visa um aprimoramento nas práticas restaurativas que começam a se desenvolver no mundo jurídico, buscando estudiosos com interesses que foram além da graduação.
É uma forma de prestigiar aqueles candidatos que não se contentaram apenas com pós-graduação “latu sensu”, o que, diga-se de passagem, ao meu ver, é oferecido muitas vezes sem uma supervisão adequada, na área jurídica.
Ser um pesquisador na área das ciências humanas vai muito além do estudo teórico. A aplicação prática do que se pesquisa e seus resultados é fundamental para a realização profissional.
A pesquisa sem aplicação não se justifica, seja em que área do conhecimento que for, e se engana que essa aplicabilidade fica restrita às ciências biológicas ou exatas.
Pelo contrário, nas ciências humanas a aplicação dos resultados da pesquisa transforma o cotidiano de um grupo restrito ou da sociedade.
De outro lado, existem os que pensam que o metrado ou doutorado se prestam apenas ao magistério.
O magistério é uma das opções que e pós-graduação “stricto sensu” oferece. Projetos desenvolvidos durante o curso podem e devem ser utilizados para a melhoria do desenvolvimento profissional, seja coletiva, seja individualmente.
Isso ocorre porque, como já disse em um dos meus primeiros artigos, a interdisciplinaridade hoje tem tido um grande destaque nas pós-graduações “latu sensu”.
Hoje o mundo é interdisciplinar. As relações entre as ciências a cada dia se mostra mais evidente e necessária, não havendo mais espaço para o estudo focado apenas em uma única disciplina.
Dessa forma, aplicar o que se aprendeu, praticou e concluiu durante o curso só torna mais realizado aquele profissional que expandiu as barreiras da graduação e seguiu em frente.
Ótimo post, gostei da abordagem.