Depois de tantas dedicadas horas para escrever seu artigo e deixá-lo alinhado com o formato da revista, eis que chega a hora de preparar as figuras e você percebe que havia subestimado o tempo que elas iriam lhe tomar. Aliás, pode apostar: as figuras vão ter quase tantas versões “finais” quanto a parte escrita…
Cada um tem um programa preferido para montar a figura, especialmente quando ela será subdividida em A, B, C, etc., mas normalmente é o Photoshop. Por isso, para otimizar esse tempo de preparo das figuras do seu artigo, segue abaixo um compilado de dicas básicas relacionadas a esse programa!
1. Antes e depois de tudo, confira as instruções da revista.
Toda revista disponibiliza uma lista de orientações a respeito de como seu artigo e suas figuras devem ser formatados. Enquanto estiver preparando-as não custa se certificar de que estão mesmo nos moldes requeridos, pois alguns detalhes são facilmente esquecidos (tipo configuração CMYK ou RGB…).
2. A figura tem que caber numa página.
Há exceções, mas geralmente a figura deverá ter largura final de 8,3 cm (uma coluna no artigo) ou de 17,1 cm (duas colunas), com um comprimento que não exceda 18 cm.
O Photoshop informa o tamanho da imagem na ferramenta “Tamanho de Imagem” (ainda bem!). Se a imagem estiver grande, você pode reduzi-la da forma tradicional usando o mouse e segurando o Shift para manter as proporções. Aumentar a imagem, jamais!
3. Imagens sempre em alta definição.
Em geral as revistas vão pedir uma resolução de 600 dpi para as imagens coloridas ou em tons de cinza e 1000 dpi para gráficos e fluxogramas – isto é, qualquer imagem com linhas em preto e branco. Se você tiver uma figura que combina esses dois tipos, use 600 dpi. Você também pode conferir a resolução da figura na ferramenta “Tamanho de Imagem” – o dpi está representado como pixels/pol. E, depois de todos esses ajustes, para manter a definição o ideal é salvar em formato TIFF.
4. Não copie e cole: exporte!
De fato, seria muito mais fácil fazer o Ctrl+C da figura no software de origem, mas infelizmente isso (ainda) não é uma boa alternativa. Assim, para manter a resolução utilize as ferramentas de exportação! Por exemplo, no Prism, selecione o gráfico e mande exportar: abrirá uma janela em que você pode especificar resolução, cor e formato.
6. Ajuste a intensidade da imagem na ferramenta “Níveis”.
Se quiser tornar uma imagem colorida mais clara ou mais escura, não altere diretamente o brilho ou o contraste! Quando mexe nessas barrinhas, você sem querer “altera” os pixels, e isso pode levar à perda de detalhes da imagem em áreas de realce ou sombras.
Nem sempre isso atrapalha, mas para garantir, prefira utilizar a ferramenta “Níveis”, em que você apenas desloca o pico de intensidade da imagem para mais próximo do branco (0) ou do preto (255), sem tirar nem pôr pixels.
Se antes de mexer nos Níveis você alterou o brilho/contraste, provavelmente verá uma série de interrupções (riscos) nesse histograma.
7. Finalmente, insira as imagens para montar a figura.
Não importa qual programa você esteja usando para a montagem, opte por inserir as imagens ao invés de usar o Ctrl+C – e depois boa sorte para organizá-las da forma mais visualmente agradável! Ao final, você pode salvar a figura diretamente em TIFF (Photoshop) ou em PDF (Power Point) – que abre no Photoshop e pode ser transformado em TIFF. Estas são as formas mais seguras de manter a qualidade da imagem!
E então, tem alguma dica para compartilhar também?
Legal as dicas, mas acho que nenhum pós-graduando tem dinheiro pra comprar Photoshop e nem todos os laboratórios o disponibilizam. Como não é legal fazer apologia a pirataria, defendo o uso de softwares livres e neste caso o Gimp é um excelente substituto do Photoshop.
Para gráficos, prefiro formatar no próprio progama em que foi feito, no meu caso o Octave, versão livre do Matlab, já que eles permitem fazer as dicas 1, 2, 3 e 7 pelo menos.
Perde-se um tempo pra aprender, mas compensa o tempo que vai ganhar depois.
Obrigada, Rodrigo. Como os laboratórios que conheci melhor tinham Photoshop acabei generalizando, mas gostei muito das suas sugestões! Não conhecia o Gimp e nem o Octave, e na próxima vez que precisar preparar uma figura vou procurá-los. Valeu!
Oi Elisa, agora você abordou o meu calcanhar de Aquiles hein. Acabo deixando as figuras para o final e peno bastante para deixá-las pelo menos um pouco decentes rsrs. Gostei muito das dicas e tenho certeza que agora as coisas ficarão bem mais fáceis pra mim. Parabéns pelo texto.
Hehehe, obrigada, Giovani! As figuras são demoradas mesmo, mas que bom saber que pude ajudar um pouquinho 😉
Elisa, super bem montado! Já favoritei! Hahahahahhaha… Mas toma MUITO cuidado senão daqui a pouco o Editor do site vai te recrutar para fazer aqueles nossos tutoriais! =)
Obrigada, Daniel! Mas nem brinca com essa dos tutoriais, hehehehehe =)
Gostei muito das dicas!
Já coloquei nos meus favoritos para lembrar delas assim que começar a mexer nas figuras dos meu artigo. Parabéns!
Bem que uma continuação com mais dicas não ia fazer mal…
Gente, fiz uma figura colorida no power point, e preciso salvá-la com 600 dpi para publicar. Como eu faço isso? Toda vez que eu salvo dá 96 dpi :((
Excelente dica. Segui as orientações e meu problemas foram resolvidos. Obrigada!
Adorei as dicas. Obrigada!
Show!! Estava e estou com problemas aqui, mas isso foi de grande ajuda. Uma luz pra quem tava no ctrl+c e ctrl+v.
Gostei do item 7. Vou tentar power point e exportar.