Desde que nasci, sinto-me assim:
Um tanto racionalizado,
Esperando algum resultado,
Que se possa ser mensurado
Cuidadosamente pensando
Rigorosamente especificado
Como produto Fabril
“Xiii, fiquem quietos! Sem nenhum piu!”
Nesse particular, pude me criar,
Um número considerado de escolas
Escolheram-me para adotar
Um pouco de progressistas não poderiam faltar
Eficiência e Avaliação
Seguravam (amarravam) as minhas mãos
Pude assim me espalhar
E até no Brasil chegar
Década de 60, tempo de renovação e revolução
Era em todo lugar: França, EUA, Inglaterra, Brasil “Aqui, Ali, Acolá”
As “revoltadas diárias” nasciam por lá.
Sendo assim é importante recordar, pensar, citar…
E começaram a dizer,
Que estava me tornando crítico pra valer!
Comecei a inverter,
“Os fundamentos” que me fizeram crescer
Agora estava preocupado para saber,
Quem era esse “Dominante”,
Que antes me paralisava
e era/é bem alienante
Tinha vermelho na minha cor
E “política cultural” nos meus olhos
E tudo isso era graças
Aos grandes estudiosos
Já até me apontaram e gritaram: “Oculto”!
Isso eu nem discuto,
Não era teoria, mas o medo dito e “não dito”
É real e de grande valia
Dizem que essa tal de Ideologia vive:
“invisíveis” para alguns,
Esquecidas por outros,
Impostas e massacrantes para todos e todas
Nesse mundo contemporâneo
Lugar-comum é destacar:
As diversidades das formas culturais meu camará
(mas na realidade isso é mais blá blá blá)
É um tanto paradoxal, às vezes passo até mal
Uma “diversidade cultural”
Muitas vezes fabricada
Se tornando um instrumento letal
“Subjetividade, significação”
Dizem que é o novo progresso para salvação
E no discurso?,
Encontrei o meu prumo.
É preciso reconhecer,
Que mais uma vez é necessário: Mexer, tremer…
Para tentar entender isso tudo que sinto, mas nem sempre explico,
Possa fazer finalmente algum sentido.
Ainda me sinto fragmentado
Por mais que me chamem de multirreferenciado,
Realmente não me sinto interligado
Mas me conte Doutor, qual é o meu caso?
Doutor: É meu amigo, o seu caso é de Currículo(s).
Baseado no livre: Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo, de Tomaz Tadeu da Silva
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Texto escrito por Biba Renata – professora de Educação Física e estudante de Pedagogia.
perfeito! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk