No mês agosto de 2011 foi lançado na Califórnia um site chamado “Science Exchange”, com o intuito de facilitar aos cientistas a terceirização das pesquisas para “fornecedores” – outros pesquisadores ou instituições que tenham as instalações e os equipamentos necessários para atender as demandas dos cientistas.

O que é o Science Exchange?
Segundo seus criadores, o site é um mercado online para experimentos científicos. Imagine um eBay ou um Mercado Livre, mas para o conhecimento científico. Você posta um experimento que pretende terceirizar, e prestadores de serviços científicos apresentam propostas para fazer o trabalho.

Como tem sido a resposta?
Até o momento existem cerca de 1.000 cientistas estão usando o site e, segundo seus proprietários, existe um crescimento de 50 a 100 pesquisadores todos os dias. Mais de 70 instituições registradas, incluindo a Universidade de Stanford, na Califórnia, Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts, e, claro, Miami.

O serviço é limitado a determinadas regiões do mundo?
Qualquer pessoa, de qualquer lugar pode usá-lo. O foco inicial seria os Estados Unidos, mas os criadores acharam mais interessante abrir a oportunidade para o mundo todo.

E eu com isso?
Se houver uma boa adesão de institutos e cientistas, as possibilidades são grandes. Em primeiro lugar seria uma “mão-na-roda” para pesquisadores ou alunos de pós-graduação que possuem boas ideias, mas que estão fora dos grandes centros de pesquisa ou que não possuem laboratórios adequados para pesquisas mais sofisticadas. Financiar algumas análises é mais fácil do que arranjar financiamento para um laboratório inteiro.

Além disso, caso a ideia dê certo, pode se tornar um promissor campo de trabalho para mestres e doutores, que ao invés de se limitarem a concursos públicos, como vem ocorrendo atualmente, podem montar laboratórios particulares para a prestação de serviços experimentais. Na verdade, isso já existe em pequena escala, em setores pontuais. Uma ferramenta online desta permitiria uma expansão da ideia.

Outro possível ponto positivo é a prestação de serviços por laboratórios que estão ociosos ou sub-aproveitados, tornando-os assim “auto-sustentáveis”, sem a necessidade de constantes financiamentos para sua manutenção e, em consequência, certa liberdade e independência para novas pesquisas.

É esperar para ver.