Com os shows do Rock in Rio acontecendo, resolvi fazer uma homenagem ao rock. Observando bem, existem mais semelhanças do que imaginamos entre alguns tipos de vocalistas e os orientadores…

Orientador Alex Kapranos (Franz Ferdinand)

Não se envolve em confusões e aparentemente, vive de bom humor. Antes da fama, já precisou trabalhar em empregos sem glamour e por isso, reconhece o esforço e trabalho árduo dos seus orientados. Se o seu orientador é deste tipo, você realmente é uma pessoa de sorte!

Orientador Axl Rose (Guns N’ Roses)

É o persona non grata da pós. Já arrumou brigas com todo o colegiado e só permanece no corpo docente devido ao prestígio acadêmico alcançado no passado. Se você trabalha ao lado de um orientador desses, xiiiii… Recomendo que vá imediatamente em busca de auxílio terapêutico, pois se lembrarmos do tempo para o lançamento do CD Chinese Democracy sua dissertação/tese corre sérios riscos.

Orientador Bono (U2)

Carismático, extrovertido, não tem medo de expor suas posições e opiniões em público. Demonstra grande empatia pelos outros, este orientador vai soltar uma frase do tipo: “a pesquisa trará grandes benefícios para a sociedade”. Porém, ao mesmo tempo pode ser um tanto vaidoso, megalomaníaco e de vez em quando, burlar umas reuniões na universidade para ir a umas festinhas. Sabendo levar, você pode ter uma convivência bem harmoniosa com esse orientador, os caras do U2 que o digam, afinal a banda está na ativa há mais de 30 anos, com os mesmos integrantes!

Orientador James Hetfield (Metallica)

No início, o estilo um tanto intimidador e a cara de poucos amigos podem assustar. Mas, por trás dessa aparência existe uma pessoa dedicada ao trabalho e que não gosta de enrolação. Para você que possui um orientador deste tipo e tem uma personalidade mais sensível, não se desespere! Lembre-se de que o mesmo Metallica já tocou com uma orquestra sinfônica e lançou The Unforgiven II.

Orientador Morrissey (The Smiths)

Conhecido por sua personalidade extremamente introvertida e antissocial. Não espere que este tipo de orientador te mostre o lado bom da vida científica ou dê doses de otimismo nos momentos de dificuldades, pelo contrário, ele vai fazer questão de lembrar as possibilidades da Lei de Murphy. Mas, há esperanças! Se ele tiver o mesmo primor das letras dos Smiths na condução do seu trabalho, você pode esperar por excelentes resultados. E quando sentir falta de um convívio social mais afetivo é só cantar “I am human and I need to be loved, just like everybody else does…”

A inspiração deste texto veio com as publicações anteriores dos colegas Daniel Angrimani (Game of Thesis: E se eles tivessem feito pós-graduação?) e Marlon Nunes (E se a turma do Chaves fosse um grupo de pesquisa?).