Caros pós-graduandos! Resolvi relatar um pouco da minha longa e feliz história de amor com a interdisciplinaridade.

Sou “filha” do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza!
Já posso ver as rugas em sua testa tentando processar essa informação.

As perguntas que mais ouço é:

“É tipo Biologia?” (SOCORRO!!!)

“Mas você aprende o que?”

Vi muitos alunos abandonarem o curso porque não tinham o cuidado de analisar a grade curricular antes e tinham esse pensamento de que um curso que tem “natureza” no nome é voltado à Biologia.

Este curso abrange áreas como Astronomia, Geologia, Física, Química, Matemática e Biologia, além das disciplinas da Licenciatura.

A relação entre o multi e o interdisciplinar é uma linha tênue, e acho que o meu curso se encaixa em ambos. Tínhamos as aulas de todas as áreas separadamente (característica multidisciplinar), mas em momentos como viagens de campo, por exemplo, os conhecimentos nas várias áreas eram concentrados em um mesmo ponto (característica da interdisciplinaridade).

Sempre que me perguntam sobre a minha formação digo: “Tem um lado bom e um ruim. O ruim? É que eu tenho um POUCO de tudo! O bom? É que eu tenho um pouco de TUDO!”

Sim! É ruim não ter um aprofundamento em uma área específica, mas é ótimo saber andar por várias áreas. A gente aprende a aprender! (confuso?)

Foi isso que eu levei pra minha vida acadêmica: fui da química analítica à microbiologia aplicada. Aprendi muita coisa praticamente do zero, mas não foi tão complicado porque nada era tão “estranho” pra mim, e tenho certeza q isso me seguirá, porque não consigo pensar dentro de uma caixinha muito pequena.

Felizmente, me deram uma caixinha um pouco mais espaçosa, ou melhor, um quintal pra explorar! 🙂

Fica a dica: Se você não está em um curso interdisciplinar, cabe a você aumentar a sua caixinha. Muitas respostas vêm quando ampliamos o “campo de visão”… e não faz mal a ninguém!

Obs: Meu apoio à luta dos alunos, professores e funcionários da minha querida EACH-USP!