Você está em dúvida, ponderando se é hora de mudar de orientador? Acompanhe a seguir algumas reflexões sobre esse assunto e descubra se esta é a única alternativa capaz de salvar a sua pesquisa de um desastre iminente.

Começaremos listando os tipos de orientadores que só atrapalham o seu trabalho de pesquisador científico (veja se o seu supervisor encaixa-se em algum deles):

Se seu orientador tem um destes perfis, sua pesquisa está em risco
Muitos orientadores passam a competir com seus orientandos, e sentem-se ameaçados por seus avanços e descobertas. Ao invés de concentrarem-se nos resultados da pesquisa para a ciência, preocupam-se com a comparação que será feita entre seu próprio trabalho e os de seus pesquisadores.

Outros supervisores são cheios de boas intenções, mas, no fim das contas, não nasceram para ser mentores. São excelentes pesquisadores, ótimos professores, e mesmo de fácil convivência, mas não contam com o talento necessário para coordenar o trabalho de outra pessoa.

Já outros orientadores usam seus orientandos para trabalhar em suas próprias pesquisas, ignorando os projetos individuais deles. Sob o pretexto de delegar ou de estar ensinando novas técnicas, colocam a cargo alheio o que ele mesmo devia estar fazendo, e deixam o pesquisador sem tempo para mais nada.

Por fim, existe um tipo conhecido de orientador que não ajuda em nada. Trata-se daquele mentor que sabe falar bem e inspira sua equipe, porém desaparece quando você mais precisa dele. Esse perfil é bastante perigoso, pois acaba fazendo o orientando perder prazos e entregar trabalhos mal feitos.

Se sua pesquisa mudou, talvez você precise mudar de supervisor< Em outros casos, o problema não está no orientador, e sim na pesquisa em si. Não é incomum que o estudo tome outros rumos ao longo de sua execução, principalmente no caso de pesquisas científicas de longo prazo.

E você pode se encontrar em dificuldades diante dessa situação, caso o seu atual orientador não tenha o conhecimento ou o perfil necessários para atender à sua nova necessidade. Diante desse cenário, não tem jeito, é preciso mudar de orientador.

Como mudar de orientador
Se depois de ler o que foi dito acima, você concluiu que precisa mudar de orientador, é hora de seguir os seguintes passos:

1. Pense bem e escreva uma lista com os motivos que estão fazendo você mudar de orientador: você terá que explicar isso para muita gente, por isso tenha tudo o que vai dizer bem claro em sua mente.
2. Certifique-se de que você pode mudar de orientador: algumas instituições não permitem a mudança de supervisor em certos casos ou momentos da pesquisa acadêmica, por isso verifique antes se é possível mesmo fazer isso.
3. Procure (e ache) um novo orientador: você precisa de um, então garanta que tenha alguém disponível, qualificado e interessado em assumir a tarefa.
4. Prepare o que vai dizer ao seu atual orientador: converse de forma franca e aberta com ele, mas sem citar detalhes desnecessários. Aja com a mesma cortesia que usou quando foi pedir que ele se tornasse o seu orientador.

Prepare-se para mais mudanças
Depois de passar por essa fase, não pense que acabou. Você ainda terá que se adaptar ao novo orientador e ambiente, e outros desapontamentos poderão vir. Por isso, trabalhe seu jogo de cintura e mantenha o foco em sua pesquisa. Assim, o seu trabalho continuará de forma regular e produtiva, e os resultados alcançados, certamente, serão muito melhores.