Diariamente encontramos a abreviatura de mestre e de doutor em cartões de visitas, assinaturas de e-mails, cartazes e certificados de palestras, slides de apresentações, atas de defesa, ofícios e em vários outros tipos de documentos.
E em todos esses casos, a abreviatura de mestre ou de doutor está presente nas mais diversas variações.
A abreviatura de mestre, por exemplo, pode ser encontrado por aí como “Me.”, “Ms.”, “MSc.” ou “M.e”.
As abreviaturas (ou reduções) podem ser definidas como a representação de uma palavra por meio de suas sílabas (geralmente iniciais) ou de letras, ou seja, são frações de palavras que designam os vocábulos todos.
As abreviaturas utilizadas na língua revelam o ritmo acelerado da vida moderna, que faz com que se economizem palavras e tempo, mediante uma comunicação mais rápida, que reduz frases, expressões e palavras.
VOLP que te falo
Antes de entrar no mérito das diferentes formas de abreviatura para títulos acadêmicos, é preciso que você conheça o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, ou VOLP, para os íntimos.
O VOLP é editado pela Academia Brasileira de Letras (ABL), entidade que tem delegação legal para listar oficialmente os vocábulos existentes em português, bem como fornecer seu gênero, grafia e modo de pronúncia.
Pois no VOLP existe uma seção de reduções mais recorrentes, em que é possível encontrar as seguintes abreviaturas:
M.e – mestre
M.a – mestra
Ms. – manuscrito
MS. – manuscrito
D.r – doutor
Drs. – doutores
D.ra – doutora
Dr.as – doutoras
Observe que segundo a Academia Brasileira de Letras, “Ms.” ou “MS.” são abreviaturas de “manuscrito”. Entretanto, sempre achei as formas “M.e” e “D.r” um tanto quanto estranhas, para não dizer esteticamente intragáveis.
Outras versões de abreviatura de mestre ou de doutor
A PUC do RS possui um manual de redação disponível online, que também possui uma seção de abreviaturas, em que é possível encontrar:
Me ou Me. – mestre
Ma ou Ma. – mestra
D.r ou Dr. – doutor
D.rs ou Drs. – doutores
D.ra ou Dra. – doutora
D.ras ou Dras. – doutoras
De onde vem então o “MSc.” E o “PhD.”?
A Academia Brasileira de Letras apresenta no VOLP as reduções das palavras em latim Scientiae Magister e Philosophiae Doctor como:
Sc.M. – Scientiae Magister (mestre de/em ciência)
Ph.D. – Philosophiae Doctor (doutor de/em filosofia)
Entretanto, a confusão aqui reside no fato de que “MSc.” é a abreviação de “Master of Science” (mestre em ciências) e que “PhD.” é a redução de “Philosophy Doctor” (doutor em filosofia), que são as abreviaturas e títulos conferidos aos que concluem, respectivamente, os cursos de mestrado e doutorado, em diversas áreas, em países de língua inglesa.
E se eu tenho um pós-doutorado?
Se você concluiu o pós-doutorado, parabéns!
Mas pós-doutorado não é um curso e não te dá um título, apesar de muitos erroneamente pensarem isso.
Pós-doutor não existe.
Quem tem um pós-doutorado é, na verdade, ainda um doutor.
E irá utilizar na frente de seu nome a abreviação de doutor.
Mas afinal de contas, qual é a forma correta?
A abreviatura de mestre e/ou de doutor é uma questão polêmica, em que cada forma de abreviação possui defensores fervorosos, muitas vezes motivados mais pela emoção que pela razão.
Alguns argumentam que a lista de reduções do VOLP é apenas uma compilação das formas utilizadas no século passado, com o intuito de averiguar o uso e orientar sobre o que é mais comum e prático, ao invés de legislar o uso.
Afinal, a língua é um processo dinâmico, em que os usuários vão determinando na realidade se a língua se modifica ou não se modifica.
Outros defendem que apesar do curso de mestrado ou doutorado não ter sido realizado em um país de língua inglesa, o inglês é a “língua oficial da ciência” e que, por esse motivo, o uso de “MSc.” e do “PhD.” deveria ser aceito.
Mas não vamos dizer aqui qual é “a” forma correta.
Além de existir muita controvérsia, este não é o blog da Glória Kalil para ditar regras.
A ideia deste post foi apenas a de apresentar as origens e os significados das abreviaturas, bem como listar algumas fontes para que você possa formar sua opinião.
Mas se você ficou curioso, particularmente, eu utilizo “Me.” e “Dr.” em documentos e apresentações em português, e “MSc.” e “DSc.” em documentos e apresentações em inglês.
E você, que forma prefere?
Na verdade acho isso muito simples e se resume a qual língua está o documento ou a qual língua o público fala.
– Documento e público em português: Me. e Dr.
– Documento e público internacional: MSc. e DSc.
Por que utilizar estrangeirismos se o documento estiver todo em português, sabendo que existe a abreviatura correspondente em nossa língua?
E se bacharéis em Direito ou em Medicina utilizam uma titulação acadêmica de forma equivocada, o erro é deles, não nosso. Um erro não justifica outro.
Entendo a questão sobre os doutores em direito ou medicina, no caso deles o título é por força de lei (do Brasil império), mas que até hoje permanece… 11/08/1827…
Tem que ser um tanto parvo pra achar que uma lei do Brasil Império (que nunca existiu) ainda está em vigor. Vá se informar.
Vá se informar você, haja visto que uma lei só deixa de ter vigor quando outra lei a revoga. Ou seja, não existe nenhuma lei revogando esse decreto imperial, logo ele ainda está em vigo.
Plácido, NUNCA, absolutamente NUNCA houve tal lei. É você quem precisa pesquisar melhor.
Mas quando entra uma constituição nova, não revoga toda anterior? Nesse caso, se não existe a lei na Constituição de 88, acredito que ela simplesmente não exista. Apenas um questionamento, não tenho certeza de nada disso.
A lei existe e está online no site do planalto.
Só falta outra para revogá-la.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/LIM.-11-08-1827.htm
CAPITULO XIII
DO GRÁO DE DOUTOR
1º Se algum estudantes jurista quizer tomar o gráo de Doutor, depois de feita a competente formatura, e tendo merecido a approvação nemide discrepante, circumstancia esta essencial, defenderá publicamente varias theses escolhidas entre as materias, que aprendeu no Curso Juridico, as quaes serão primeiro apresentadas em Congregação; e deverão ser approvadas por todos os Professores. O Director e os Lentes em geral assistirão a este acto, e argumentarão em qualquer das theses que escolherem. Depois disto assentando a Faculdade, pelo juizo que fizer do acto, que o estudante merece a graduação de Doutor, lhe será conferida sem mais outro exame, pelo Lente que se reputar o primeiro, lavrando-se disto o competente termo em livro separado, e se passará a respectiva carta.
2º As cartas, tanto dos Doutores como dos Bachareis formados, serão passadas em nome do Director, e pro elle assignadas, e levarão um sello proprio, que lhe será posto por ordem do Professor, que houver dado o gráo.
segundo essa lei, para ser doutor tem que defender uma tese! Fora isso vc é um “bacharel em direito”….
Boa Umberto. Calou a boca de todo mundo hahahahaha.
Não sabe ler, acaba enviando texto de lei que não entende, então vou explicar direitinho, passo a passo, o que vocês não entenderam:
A)”1º Se algum estudantes jurista quizer tomar o gráo de Doutor, depois de feita a competente formatura,” – ou seja, se o estudante quiser ser doutor APÓS a formatura, leia-se APÓS SER BACHAREL…
B)”…defenderá publicamente varias theses escolhidas entre as materias, que aprendeu no Curso Juridico, as quaes serão primeiro apresentadas em Congregação; e deverão ser approvadas por todos os Professores” – ou seja, o BACHAREL deve defender uma ou mais teses com base no direito (as matérias que aprendeu no Curso Juridico);
C) “O Director e os Lentes em geral assistirão a este acto, e argumentarão em qualquer das theses que escolherem. ” – ou seja, a tese ou as teses serão apresentadas em banca formada pelo diretor e pelos Lentes. Nota-se que “Lentes” são DOUTORES PROFESSORES, como qualquer banca de doutorado de hoje;
D)”Depois disto assentando a Faculdade, pelo juizo que fizer do acto, que o estudante merece a graduação de Doutor, lhe será conferida sem mais outro exame, pelo Lente que se reputar o primeiro, lavrando-se disto o competente termo em livro separado, e se passará a respectiva carta.”, ou seja, o candidato Bacharel que passar na banca de doutorado receberá o título de Doutor. SÓ OS QUE PASSAREM NA BANCA DE DOUTORADO. Não é qualquer Bacharel.
Assim, todo advogado é BACHAREL, mas só advogados que passaram na banca de doutorado que recebe o título de Doutor. Nenhuma novidade.
Primeiro aprenda a interpretar e compreender textos antes de querer usá-los a seu favor.
Todo mundo é doutor hoje em dia: médico, dentista, biomédico, veterinário, fisioterapeuta, advogado, juiz, delegado, empresário, político, gente rica…. Agora doutor de verdade quase ninguém. Termo completamente vulgarizado.
Gente, quanta agressividade desnecessária…
Qual seria a sigla para Mestre Sacerdote
“Mestre sacerdote” não é título. Não tem sigla nem pronome de tratamento.
Um Mestre Sacerdote por exemplo o Padre é o título atribuído ao ministro religioso na Igreja Católica Romana, Ortodoxa e …. os seminaristas são formados com pós-graduação em teologia com graus de Mestre em Divindade ou Mestre em Teologia, um curso profissional de …
História · Teologia do sacerdócio · Educação · Terminologia assim sendo pode ser usado em qualquer Religião com MS.
É só um título interno, não é um título social. Não existe reconhecimento fora da igreja.
Como é bom uma leitura explicativa, clara, objetiva e sem segundas intenções. Parabéns meu caro!
Para muitos de nós, nem sempre o público fala mesma língua. Então sempre prevalece a língua na qual me expresso, certo?
Prezados, o Decreto Imperial ainda está em vigor. Haja vista que o mesmo ainda não foi revogado. Não sou advogado (sou da área da saúde e da ciências humanas e sociais), contudo acredito que o colega Alexandro Montecelli está coberto de razão. Entretanto, os meus títulos de pós-graduação (quais sejam lato ou stricto sensu) eu procuro utilizar as siglas em português, já que obtive os títulos em território brasileiro. Segue abaixo a referida lei
O Decreto Imperial (DIM), de 1º de agosto de 1825, exarado pelo Chefe de Governo de Dom Pedro I, deu origem à Lei do Império de 11 de agosto de 1827, que Cria dois cursos de Ciências Jurídicas e Sociais; introduz regulamento, estatuto para o curso Jurídico; dispõe sobre o título (grau) de doutor para o Advogado’
Continuo com a interpretação de que o título de doutor, somente caberá ao bacharel, advogado, após e somente após, a defesa de tese para doutorado.
Acho mais tragável Ms. e Dr. ou MSc e PhD.
Também acho interessante.
Eu utilizo a forma D.Sc. por um motivo simples: no meu diploma de doutorado, consta “… concluiu o programa de pós-graduação em (nome do programa), em nível de Doutorado, …, nesta universidade, tendo recebido o título de Doctor Scientiae”…
Andressa, tenho exatamente o mesmo pensamento!!!
Ótima argumentaçao
Gostei!
Parabéns pelo texto! Muito bom! Também acredito que o mais adequado para quem fez um mestrado ou doutorado no Brasil seja “Me.” “Dr.”, respectivamente.
Quem fez mestrado e doutorado no Brasil e usa MSc. e PhD. são aqueles com o eterno “complexo de vira-lata”, onde tudo que é daqui é estranho e tudo que é de fora é “maravilhoso”.
Não é o blog da Glória Kalil foi FODA! kkkkkkk
Fantástico!
Fazer mestrado no Brasil e abreviar como “MSc.” é o “comer mortadela e arrotar peru” do meio acadêmico.
Fantástico e bem apropriado para os tempos de petismo=pagamento pão com mortadela.
Que comentário preconceituoso.
De fato, tem muitas dissertações de mestrado e teses de doutorado que não merecem virar sequer comentário de rodapé de livro. e olha que sou “mestre” hehehe
E pensar que tem muito manuscrito (Ms.) pensando que é mestre (Me.) heheheheh
bora utilizar a nossa (in)culta língua portuguesa e deixar os estrangeirismos de lado hehehe
Bem, essa é minha humilde opinião!!!!
Achei que vcs iam esclarecer minha dúvida mas eu li, li e continuo com a mesma dúvida.
Sempre que eu coloco Ma. as pessoas acham que estou abreviando meu nome, e me chamam de Maria.. rsssss…
Daniele, vou desenhar para você:
– Fez mestrado ou doutorado no Brasil? Então é Me. (ou Ma., se você sente o mesmo complexo de inferioridade que a Dilma) ou Dra.
– Fez mestrado ou doutorado em um país de língua inglesa? Então é MSc. ou PhD.
Ok?
hahahahahahahaha
desenha mesmo que quem sabe tu também aprende…
não interessa onde fez o doutorado mas sim a língua onde vai publicar ou se apresentar.
quer pagar de sabido e explica errado ainda.
Mandou bem, Pedro. Acho muito arrogante querer separar a abreviação por onde se fez o curso. Mais coerente ser separado conforme o publico que está lendo.
kkkkkkk muito bem explicado, Ricardo. Complemento que o SC é só para a área de ciências.
Quando alguém diz que vai “desenhar” pra ver se eu entendo, fico pensando se tal pessoa tem as mesmas habilidades de representação gráfica que eu… Mas não ouso rebater à altura, só pra não ser agressiva também.
O meu título de mestre/doutor não tem validade fora do Brasil? E se me formar fora do Brasil, quando chegar aqui não vou ser mestre/doutor (ou vou ser Master of Science/Philosophiae Doctor)? Tudo é uma questão de “statis”…
Vc tem razão; de fato “não vale”, ao trocar de país – definitivamente? – é necessário levar seus diplomas ao órgão legalmente referendado para VALIDAR seus cursos no novo país na forma equivalente. É uma via de duas mãos: do Brasil para o exterior, e do exterior para o Brasil.
Parábens pelo texto! Bem embasado e esclarecedor. Mas ficou uma dúvida: e o tal L.D (livre docente)? onde se encaixa?
E aquele que está cursando o mestrado, sendo MESTRANDO, sugerem alguma abreviação?
Emmanuel, enquanto você ainda não conquistar o próximo título, você usa o anterior.
Ou seja, enquanto não terminar o mestrado, você utiliza o título da sua graduação, com a abreviatura da sua profissão.
ok?
Se fez bacharelado: B.el, Bel., B.ela, Bela., B.éis, Béis., B.elas, Belas.
Luciano,
você tocou num assunto importante. Um diploma de pós-graduação brasileiro não tem validade fora do Brasil e um diploma estrangeiro não tem validade no Brasil. Por isso todos que fazem pós-graduação fora do Brasil precisam revalidar o diploma e todas as universidade estrangeiras solicitam que o diploma brasileiro seja acompanhado de histórico escolar oficial e certificação de órgão competente (consulado, por exemplo). Além do mais, os cursos de mestrado e doutorado são diferentes em cada país e, desta forma, é errado pensar que Dr. e PhD. são a mesma coisa. Em muitos casos são equivalentes, mas não são a mesma coisa.
Emanuel, “mestrando” não é título!
Se fiz o doutorado aqui uso Dra. mas quando envio documento em inglês, como fica? Tenho colocado PhD, então uso Dra. no Brasil e PhD fora, mas sempre fico com dúvida.
Esse é o uso comum que eu vejo. Todo mundo que fez doutorado em um país que não seja língua inglesa, usa o respectivo tratamento em seu país, mas quando vai traduzir documentos usa a tradução local. O mesmo vale para americanos e ingleses, quando vem pro Brasil, fora do meio acadêmico, utilizam o Dr para serem entendidos. PhD não é título no Brasil, mas tem como correspondente o Dr.
Paola, tua titulação é brasileira, portanto, tens que utilizar a correta, que Doutora! Ou tu moras no BraZil?
Muito bom,esclarecimentos precisos e bem fundamentados.
Pessoal, é óbvio que vc abrevia dependendo do lugar no qual vc assina. Se é uma revista internacional é claro que é Phd, se for no no Brasil é Dr. quanta complicação né.
Para mim a questão não é onde você cursou seu mestrado ou doutorado e sim onde você está … para residentes no Brasil acredito que o modo mais apropriado seja mesmo Me. e Dr.
Não se trata de domicilio, e sim do que consta no Diploma!
De acordo. Se o diploma está em português deve ser igual ao seu nome escrito em português! Se está em inglês usa em inglês. Simples assim. Eu não acho que Maria José deve assinar “Mary Joseph” só porque vai mandar uma carta pros States!
Acho que o problema não é abreviar os títulos de Mestrado e Doutorado, pois um bom dicionário traz como escrever corretamente. O problema maior é quando vai para o exterior e explicar o que é Dr, sendo que Phd, teoricamente seria a mesma coisa.
E o Bacharel em Ciências, como fica?
Bel. em Ciências!
Eu assino Ma.
Ricardo Gomes,
O seu comentário é um sintoma de que a nossa sociedade ainda sofre a doença do patriarcado e que a Dilma não tem um complexo, mas uma atitude política de negação desse patriarcado. As mulheres tem direito a esse reconhecimento em uma sociedade patriarcal, machista e, em muitos casos, misógina, em que uma mulher tem sim que lutar bem mais do que um homem para receber o mesmo reconhecimento e isso não é diferente na academia, infelizmente.
Inclusive, várias universidades já estão reconhecendo essa condição e escrevendo nos diplomas os títulos com as referências corretas (“Conceder o título de Mestra em Engenharia Mecânica”), com a flexão de gênero necessária, que não é obrigatória (a norma culta da língua, resultado do patriarcalismo, não acha necessária) mas é possível e é a forma mais frequente em Portugal (será que você vai manifestar o seu preconceito contra o patrícios lusos também?).
Eu, como não costumo achar que sou uma pessoa melhor do que os outros por ter tido oportunidade de realizar estudos especializados e aprofundados na academia, raramente uso essas abreviações e títulos, costumo escrever meu nome, ou, no máximo, Professora, Prof ª. Quando vou inscrever um artigo para publicação ou me inscrever para alguma seleção ou edital na academia, aí sim uso o meu título, que, por enquanto, é de Licenciada em Matemática e Mestra em Educação.
Mas achei os esclarecimentos bem relevantes, agradecida.
Aproveito para esclarecer que não uso muito o famoso “obrigada”, que é uma redução da frase, que eu acho muito feia, “Me sinto obrigada a lhe retribuir”, segundo me informou um colega, também professor, e Doutor em linguística,.
Meu Deus, que absurdo uma pessoa ainda achar que a atitude de Dilma é correta. Por acaso quando você tinha 15 anos era uma estudanta adolescenta?
Então entenda de uma vez por todas, criatura, o caso da Dilma é populismo barato mesmo, unicamente para ser aceita pelas pessoas menos estudadas que não têm esclarecimento para entender isto.
Qualquer ser minimamente esclarecido sabe que o título de presidente, é do ocupante do cargo, e isso independe da pessoa.
Realmente o mesmo aconteceria no ambiente militar, um coronel por exemplo independente de gênero é coronel ou caso seja uma mulher de patente de coronel teríamos que chamar de “coroneia”.
Trata-se de regra gramatical! A palavra, embora pareça masculina, é, na verdade, neutra! Coisas mais importantes do que ficar imaginando teorias da conspiração machistas!
Não existe gênero neutro na língua portuguesa. Diferentemente do que ocorre com o idioma alemão, por exemplo. O que existe são substantivos com flexão de gênero uniforme, que são diferenciados pela anteposição de artigo (“a” ou “o”), quando comuns de dois gêneros. Estudante, v.g., não é uma “palavra neutra”, e sim masculina e feminina, ao mesmo tempo.
Sensacional! Adorei seu comentário. A academia precisa largar essa soberba. A maioria está se tornando cada vez mais insuportável, produzindo com seus títulos e mais títulos que vão direto para a prateleira e não agregam absolutamente nada para uma sociedade mais justa, revejam para que serve seu conhecimento, pois enquanto ele é apenas seu, ele não serve para nada.
Melhor de todos, sem comentários!!!!! Agora, antes, o primeiro lá que já esclarece que no Brasil um e no exterior outro já foi suficiente.
Eu tenho utilizado PhD porque, estando no Brasil ou fora, quem precisa entende e diferencia dos colegas graduados em Medicina, Direito, Enfermagem. Como uso PhD, prefiro usar o equivalente para o mestrado, MSc. Hugs, Wall
PERFEITO….FAÇO DAS SUAS PALAVRAS A MINHA!
Se não estou enganado, é Bach. ou B.Sc. Hugs, Wall
Só para esclarecer, aqui nos EUA, tanto PhD como Dr. (para doctor) são termos aceitos e usados.
No entanto o feminino Dr.a não existe.
Pra quem acha que PhD é complexo de vira-lata, vale lembrar que PhD é uma sigla em latim. Sem falar que pessoalmente penso que o uso de termos em outras línguas é natural no mundo de hoje, em especial nas ciências, onde busca-se visibilidade global.
Quem levantou a bandeira da livre docência, o título é a grosso modo equivalente ao de Associated Prof. Mas aí a coisa fica mais nebulosa. Isso porque antes do título de Associated Professor, professores americanos não tem tenure (estabilidade), mas professores doutores brasileiros tem. Destaco isso pois ter a tenure é um marco importante na carreira academica por aqui.
Equívoco! A Livre-docência apresenta uma paralelismo com o Pós-doutorado! Segundo me consta, apenas a USP ainda oferece esta modalidade, mas posso estar equivocado!
Errado. A Livre-docência guarda paralelo é com a Habilitation alemã. Seu próprio exemplo, a USP, demonstra seu equívoco. Fazer pós-doutorado nesta universidade é muito diferente do que alcançar a livre-docência. Esta última exige, destacadamente, a defesa de tese inovadora perante uma banca examinadora (como o Habilitationsschrift alemão). É, grosso modo, um título acima do doutorado (e é assim reconhecido por lei federal). O pós-doutorado é tão somente um estágio acadêmico realizado após o doutorado. PS: Salvo engano, todas as universidades estaduais paulistas tem livre-docência, que configura caracter essencial para o ingresso no quadro de professores titulares da instituição.
Eu dou risada quando vejo alguém que fez mestrado no Brasil assinar “MSc. Fulano”.
Parece que quer dar a entender que fez o mestrado no exterior ou que é mais “foda” que os outros.
Dá impressão da pessoa querer ser algo que não é.
Acho que essa arrogância tem dominado nossas universidades. Uma pena.
Eu tenho orgulho do meu mestrado e doutorado cursado (e suado) no Brasil, e como não sou “paga-pau” de gringo, utilizo o Me. e o Dr. da nossa boa e velha língua portuguesa.
Luciano, enquanto você estiver no Brasil, seu doutorado feito aqui é abreviado “Dr.” mesmo. Quando for para o exterior, SE você conseguir validar seu diploma por lá, poderá utilizar o “PhD.” sem medo de ser feliz.
Wall Hattori, graduados em Medicina, Direito e Enfermagem, quando estão no meio acadêmico (que é p único lugar em que essa discussão faz sentido e que essa abreviatura é utilizada com maior frequência) não utilizam o “Dr.”. E os que tem bom senso não utilizam hora nenhuma.
Boa mlk!
Concordo com o Gabriel.
Creio que quem adquiriu o título de mestre ou doutor no Brasil e utiliza “MSc.” ou “PhD.” não deve ter muita noção do ridículo.
Cara Roberta,
quem faz mestrado e doutorado aqui no Brasil, sempre tem alguma ligação com instituições estrangeiras, as quais utilizam as siglas MSc, PhD, MD etc
Portanto, acho que voce deve repensar. Se o especialista tiver sua formação (lato sensu) no Brasil, ai concordo com você. Mas se tratando de pós-graduação stricto sensu, onde esperamos que nossos artigos sejam publicados em periódicos estrangeiros, onde a língua inglesa é a oficial, o MSc e o PhD é mais adequado. Porém, vou concordar com você numa parte, por exemplo: ao preparar uma aula que será ministrada no Brasil, mesmo tendo feito mestrado ou doutorado fora do Brasil, eu particularmente acho sensato utilizar Prof.Dr. Fulano da Silva. Quando leciono fora do Brasil, seja o país que for, acho mais sensato utilizar a nomenclatura Fulado da Silva MD, MSc, PhD.
Nossa cultura, de certa forma e, agora falando nas áreas da saúde, já está bem concretizado e acredito que não vá mudar. O profissional da área da saúde sempre será chamado de Doutor, mesmo não tendo doutorado e, acrescentando, se o profissional tiver apenas o título de mestre (estando ou não ativo na docência), incrivelmente ele terá mais valor para o paciente do que o profissional que fez mestrado e doutorado. Mas parabéns pela sua colocação!!! Vou tirar todos os MSc e PhD que tenho nos slides das aulas que ministro dentro do nosso país.
Forte abraço.
Bem interessante o post ;D
Quanto aos comentários, alguns muito bem colocados, outros nem tanto… Digo nem tanto por conta de alguns extremistas, que usam e abusam de uma técnica de argumentação bem zuada, que é a de tentar ridicularizar o oponente.
A titulação é a sua credencial no mundo acadêmico e da mesma forma que nós não escrevemos em português para uma revista de língua inglesa, temos que ser consistentes em relação a nossa titulação.
Aqui no Brasil, pra mim, não tem muito segredo.. O bom e velho “Prof.” ou “Prof. Dr.” antes do nome nunca falha. “Me. Dr.” é tranquilo também.
Embora os programas de Mestrado e Doutorado aqui no Brasil sejam diferentes dos EUA, por exemplo, acho justa a tradução do Prof. ou Me. para MSc e Dr. para PhD, porque ela reflete a titulação acadêmica. Se isso não fosse verdade, o Brasileiro teria enormes dificuldades para fazer o pós-doc. A validação necessária é só para conferir de o diploma de fato é verdadeiro e se a universidade que outorgou o título está habilitada para isso. Diferente da validação para exercer alguma outra profissão, como enfermagem, nutrição, medicina, fono, etc…
O que algumas pessoas devem prestar atenção é que a titulação na língua inglesa vem depois do nome, por exemplo: “Fulano de Tal, MSc, PhD”. E como alguém lembrou ali em cima, o “Dr.” também vale para designar o doutorado em outros países de língua inglesa (vide Cover Letters/Resposta para editores…. “Dear Dr. Nome do Editor-in–Chief,”).
Mas confesso que também acho meio calhordagem utilizar titulação em inglês para títulos obtidos aqui no Brasil em paletras/aulas/periódicos nacionais hauahuahauhauah
Abraços!
Muitas vezes quem faz pós-doutorado são desempregados. Nem sempre é uma honra ser um ‘pós-doc’.
Falou tudo.. lamentável, é o que vejo tb…
Segundo seu raciocínio um desempregado-fapesp ganha 6 mil reais. Queria eu estar desempregado.
Nem sempre e o sonho deles é ter emprego… pode pesquisar rsrs
“ganha” 6 mil reais?! Trata-se de bolsa de estudo e não salário, por prazo determinado. Quanto ao seu pedido para ficar desempregado, que Deus lhe ouça.
Prezados,
Eu pessoalmente uso Me., mas grande parte dos diplomas de mestrado e doutorado expedidos no Brasil conferem aos portadores os títulos em latim de “Magister Scientiae” (M.Sc.) e “Doctor Scientiae” (D.Sc.), não creio que isso seja ridículo como citado acima, bem como estas são formas muito utilizadas no meio acadêmico. Também há de se considerar que cada um abrevia seu título do jeito que bem entender.
Verdade.
perfeito
Nunca vi um Diploma destes, portanto, não creio que seja em tão grande número assim!
Os diplomas da Universidade de São Paulo (USP), sao todos assim. Mestre em Ciencias com area de concentração (nome do programa). Doutorado tambem, Doutor em Ciências.
Caros,
A abreviação também depende se é colocada antes ou após o nome da pessoa.
Por exemplo, considerem um brasileiro, Dr. João Ferreira, e um americano, Dr. John Smith. As abreviações em ambos os nomes indicam que a pessoa possuí o título de doutor (doutor em português e doctor em inglês).
Quem assiste a série de TV Big Bang Theory já percebeu que nos EUA quem possui mestrado continua sem título honorífico, isto é usa Mr., Ms ou Mrs, que equivalem ao nossos Sr. e Sra.
Se a abreviação vai após o nome, como um sufixo, aí dependera de qual título a universidade deu ao sujeito. Esse título independe da nacionalidade do indivíduo, mas sim da universidade. Isto é, um brasileiro que conclui o doutorado em Cambridge poderá usar PhD após o nome pois é um título que a universidade conferiu.
Exemplos: John Smith MA PhD, João Ferreira MSc DSc, Pablo Bueno D.Ing., Fernando Magalhães MSc D.Eng.
Todas as pessoas do exemplo anterior podem usar o título honorífico Dr. antes do nome.
Achei o comentário do Antonio bastante coerente. Uso MSc. porque tenho o mesmo problema de uma leitora acima, acabam confundindo meu nome com Maria e usarei DSc quando tiver doutorado pois sou física, mas trabalho com médicos e se puser Dr. na frente não vão entender que tenho doutorado, mas que sou médica. Acho que a comunicação é o que vale, o meio onde trabalha e a informação que se quer passar. Para ser bem clara nos meus carimbos (eu uso muitos por conta da natureza das minhas funções) eu opto por essas duas formas.
Concordo com a senhora Janaína e com o Antonio. Qual o problema em usar os termos em Latim ? O que importa é o alcance e a aplicação, quando necessário, do conhecimento.
Tirando o fato de que Gloria Kalil não ‘dita’ regras, as considerações sobre as abreviações são boas.
Eu uso Me., mas constantemente vejo Msc., Dra., PhD.
Desde que se entendam e se façam entender, deixa o povo ser feliz com suas abreviações.
Pior é quem não tem doutorado e usa Dr. ou Dra. Vejo demais isso no Brasil….
Prezados,
Bastante oportuno o comentário da Joseli. Por aqui, advogado, dentista, médico, é tudo Dr. mesmo que não tenham feito doutorado. Ás vezes, nem mestrado.
Fiz uma pergunta e acabei ficando na mesma. Quero saber se existe uma sigla para quem ainda está fazendo doutorado como por exemplo Dtd, Dtr, enfim sigla mais ou menos por aí. Quero pedir aquele que aparece por aqui que não tem interesse nenhum em pesquisa, não faça comentários que não seja de aproveitado, se utilize desse meio para informar, pois nossa internet se não cuidarmos vai ficar um horror se começarem a fazer de meio comentários sem sentido, que vale uma internet com pessoas ignorantes?
José Rodrigues, “doutorando” não é título. Você deve usar a abreviação do seu título adquirido previamente (no seu caso deve ser o de mestrado).
Acho que existe ainda uma grande confusão, principalmente com Ph.D. e M.Sc.
Como o texto deixa claro, tanto MSc quanto DSc são referentes a PPGs de Ciências. Acho válido alguém que tenha um doutorado em Ciência da Computação ou mestrado em Ciência da Informação, por exemplo, usar essas siglas, mesmo no Brasil.
Já o caso do PhD é totalmente diferente. Em inglês a sigla quer dizer, mais ou menos, “Doutor em Filosofia”, que é algo mais específico, na minha opinião, do que simplesmente falar no puro e simples (como se fosse! Rs…) doutorado. E o pior, usam aqui no Brasil, a sigla PhD como sinônimo de Pós-Doutorado, que nem é título, como o texto sinaliza também de forma clara.
Sim, Ph.D é uma abreviação de “Philosophy Doctor”, mas não se refere somente ao doutorado em filosofia. Essa expressão tem abarcado as diversas áreas do conhecimento, com exceção daquelas que possuem seus próprios termos, como ThD, por exemplo. Isso porque Philosophy, em sua origem grega, “philosophiae”, significa amor ao conhecimento.
Esclarecedor teu texto, ficou melhor (ainda) quando o desenhaste para Dani, tua “ilustração” não deixou dúvidas mesmo…rs
Devo confessar que gostei desse blog,
os comentários sobre abreviaturas de “mestrando” e “Livre Docente” , usar o titulo Mestre ou Mestra, vistos,aki me fizeram pensar…Abrevia-se tudo ou só o que nos interessa?
Não caiamos no senso comum dos linguistas e gramáticos e no “preconceito linguistico” (pra naum dizê preconceito sócio-político-econômico), pois a língua/ linguagem é dinâmica, está em constante movimento, logo merecem reflexão e investigação…Sempre!
Se em meu diploma consta “Doctor Scientiae”, porque não usar D. Sc.? Ainda mais no Brasil, onde, se vestiu jaleco branco, é Dr.
E a abreviatura de professora é profª e a abreviatura de professor é prof.
Olá! Concordo que devemos utilizar nossa língua materna, porém, “Me” fica um tanto estranho na minha área, afinal para gestão Me é sinônimo de microempresário / microempresa. Por este este motivo, adoto “MSc”, assim evito confusões e comentários como “Qual é o ramo da sua empresa? Onde fica a sua empresa? Nossa! Você é empreendedora!”. Abraços!!!
Achei super interessante o post e apesar de estar fazendo mestrado eu não sabia a respeito das abreviações e por favor aos ‘Gênios do conhecimento e donos da verdade’ não me condenem, com certeza existem outras pessoas que também desconheciam sobre as abreviações.
Particularmente acredito que no final o que importa é você ser compreendido mas eu sei que sempre existirão pessoas apontando o dedo para outras chamando-as de ridículas e menosprezando por usarem Msc ou Phd sem ter estudado no exterior.
Eu uso M.Sc. e daí?
Não devia usar. Que comentário chulo para um mestre. Não confunda a matéria com um post do Facebook amigo.
Trabalho na coordenação de um curso. E um dos professores assinou Drrn. para demonstrar que está cursando doutorado. Logo, isso o caracteriza como doutorando. Achei estranho…isso é válido?
Diga a este professor que “cursando” não é título que evidencie curso “concluído”.
O meu título é de “Magister en Ciencias de la Educacion’, devo usar a abreviação de “Mg.”?
Quando tem mestrado e doutorado, ficaria Dr. Me. nome?? Vejo meus professores colocando: Prof. Dr. Nome.
Caro, existe a abreviação Dor. para Doutor?
Penso que essa questão afeta mais a área das ciências mesmo. O problema de quem quer, por uma pretensa fidelidade a língua portuguesa, defender as reduções (Me./Ma./Dr./Dra.), como norma como norma coerente, é que essas reduções, também não encontram respaldo no VOLP da Academia Brasileira de Letras. Então, em nome dessa mesma coerência, deveriam usar M.e (mestre), M.a (Mestra), D.r (doutor) e D.ra (doutora) que todo mundo acha ridículo e ninguém quer usar. Acredito que todo pesquisador dedicado tem como objetivo publicar em revistas internacionais, então, assim sendo, penso que é muito mais coerente, de acordo com a língua científica internacional, o uso, sim, do MSc. ou do PhD. Detalhe: Alguém que fez, por exemplo, mestrado em educação não estaria muito confortável com MSc. aplicado ao mestre em ciência.
Parabéns pelo coerente comentário!
No meu caso, concluí o mestrado no exterior e depois cursei e concluí outro no Brasil, mudando a área de pesquisa.
Devo usar a abreviação do último título?
Deixaria de usar MSc. e passaria a usar somente Me.(ou Ma.)?
Obrigada!
Li e reli e vi muita bobagem escrita! Vejamos algumas:
1. “Acho que os termos M.Sc. (prefiro essa forma!) e Dr., deveriam ser institucionalizados como forma de padronização pelo fato de serem mais utilizadas e há mais tempo no Brasil.” De onde saiu esta bobagem de que o M.Sc é utilizado a mais tempo no Brasil?
2. “Por favor, usem simplesmente seu nome. Deixem de ser arrogantes!!!” Arrogância expressar uma titulação devidamente conquistada e acolhida? Acho que este e outros sujeitos sem um senso moral um tanto distorcido da realidade! É fundamental estabelecer que o título acadêmico de doutor ou mestre possuem validade científica, ao contrário do pronome de tratamento “doutor”, aí sim nada vale a não ser alimentar o ego de bacharéis em direito e dos médicos.
3. “não interessa onde fez o doutorado mas sim a língua onde vai publicar ou se apresentar. – quer pagar de sabido e explica errado ainda.” Ao contrário de quem fez este infeliz comentário que assina atestado de ignorância! A titulação é definida pelo superior órgão acadêmico (Ministério da Educação, no caso do Brasil) e, por conseguinte, constante no Certificado (Diploma, se facilitar o entendimento, embora de uso equivocado) devidamente emitido e registrado!
4. “Entendo a questão sobre os doutores em direito ou medicina, no caso deles o título é por força de lei (do Brasil império), mas que até hoje permanece… 11/08/1827…” A lei consta do link: . Porém, é fundamental realizar uma leitura apropriada do Art. 9°, onde consta:
Art. 9.º – Os que freqüentarem os cinco annos de qualquer dos Cursos, com approvação, conseguirão o gráo de Bachareis formados. Haverá tambem o grào de Doutor, que será conferido áquelles que se habilitarem som os requisitos que se especificarem nos Estatutos, que devem formar-se, e sò os que o obtiverem, poderão ser escolhidos para Lentes.
Leia-se claramente: “… Haverá tambem o grào de Doutor, que será conferido áquelles que se habilitarem som os requisitos que se especificarem nos Estatutos”!!!
Gostei do texto. Muito elucidativo. Mas continuarei usando MSc e PhD pois assim o mundo inteiro entende. Não vejo problema em quem quer usar Me., só não me agrada. Não acho que usar a abreviação em inglês seja uma forma de querer aparecer como disseram, não julgo oq fazem, mas penso que quem o faz seja com o motivo que falei.
E se pode usar abreviação em inglês só quem estuda “no exterior”, quem estuda na China, por ex., coloca o que? Abreviação em chinês? Nada a ver o que estão dizendo. Abreviação em inglês é uma forma de padronizar e não de aparecer, é o que penso.
Esse texto ficou maravilhoso e os comentários me surpreenderam muito. Engraçado a galera defender suas abreviações pelo o que está escrito no diploma, como se não fosse cabível ocorrer erro nessas ditas tradições, ainda mais hoje, que não é todo lugar ou instituição que respeita normas de abreviações, titulações, etc. “Assim se faz em tal lugar e assim será aqui” .. ou se não “sempre foi feito assim, então… continuemos”. O lance é, título fora ou título aqui, cada lugar tem sua nomenclatura e legislação, assim como órgão legislador. As pessoas que tem interesse em seguir carreira acadêmica, infelizmente devem se preocupar com essas burocracias esdrúxulas. Mas as que estão em busca apenas de saber a forma correta de escrever no cartão de sua empresa ou qualquer formato publicitário onde terão que escrever seu nível de escolaridade, vão utilizar o que para elas acabar sendo mais conveniente, isso é fato. Mas conheço professores com formação no exterior, seja nos EUA e Inglaterra ou seja na França, Espanha ou Portugal e a titulação que utilizam segue a regra das normas brasileiras, seja em seus currículos lattes, nos seus perfis dos sigaas ou nas publicações ou apresentações de trabalho. É necessário entender o título em que você se graduou, o reconhecimento que ele tem perante o órgão legislador do território em que você está submetido e depois vir discutir a abreviatura que você utilizará ou não. Isso é o que eu acho! E o texto me esclareceu bastante 🙂 parabéns.
Uso a nomenclatura do curso que fiz… uns aqui no Brasil outros fora, seja do mestrado ou doutorado. O que fico impressionado é o uso de doutor por um bacharel (ex. Advogado e médico no Brasil). Ai é “pakaba”.
Gostei bastante do post! Só achei estranho nessa discussão ninguém ter comentado do MBA que internacionalmente é tido como um mestrado e apenas no Brasil, por se tratar de um Lato Sensu, é considerado uma especialização. Não é só porque no diploma diz “MBA em determinada especialização” que a pessoa vai sair colocando esse título apenas para parecer ter um mestrado (e internacionalmente causar esta impressão). Assim como a tradução de um mestrado não é Scientiae Magister (Sc.M). Se você estiver lá fora você não pode colocar este titulo porque você não o tem (lá fora você não é mestre, simples assim!).
Pura Masturbação. Usa Me ou MSc quem quer. O mesmo vale para Dr ou PhD. Se acredito que meus clientes/alunos/pacientes vão me respeitar ou me pagar mais pela maneira como descrevo meu título, sem dúvida escolho o que for melhor.
A Argentina e o Chile também usam MSc
Eu já vi muitas pessoas usando suas abreviaturas (sejam elas quais forem… MSc, M.e, Me., Dr. Phd….. etc) Antes ou Depois dos nomes…
Explos: Fulano de Tal MSc; … ou MSc Fulano de Tal….
E aí vem minha dúvida…. Qual o correto ?! Usa-se antes, ou depois do nome ?
Att;
Tiago Brito M.e ….ou seria …..M.e Tiago Brito… rs…
Thiago Brito: eu também tenho esta dúvida. Antes ou depois do nome? Caso tenha encontrado a reposta correta, gentileza compartilhar!
Caros,
Conforme já aqui foi referido, os médicos e os advogados assinam Dr. mesmo sem serem Doutorados. Acontece que em Portugal essa distinção é feita, no meio académico, por Prof. Doutor, ou seja por extenso. Claro que quando assinam para uma publicação estrangeira, normalmente em inglês, assinam Phd.
Sim né. São portugueses..
Que alegria me deparar com essas dúvidas! Até um dia desses estava preparando minha defesa da dissertação! \o/
Agora mestre, já posso me “preocupar” com esses detalhes!
Muito boa a postagem!
Ok, mas para mim, complexo de vira-latas é achar que o título de mestre ou doutor no Brasil seja inferior que o do exterior.
Pode ser diferente, sim, mas inferior ou desqualificado, não. Não é “querer ser algo que não é”, é se equiparar por não se achar menor.
O brasileiro que toma uma atitude desconstrutora assim não se acha superior, ele só não acha que é inferior.
Lendo essa matéria em 2015 e pensando o quão ridículos são alguns mestrandos.
Gente, qual é o problema em utilizar nossa boa e velha língua portuguesa?
Em documentos e apresentações em português, Me. e Dr. neles!
Em documentos e apresentações fora do país, siga as normas e a tradição do lugar.
“Estando em Roma, faça como os romanos!”
Se pode ser tão simples assim, por que complicar?
de boa, nunca usei o dra., só em cadastro de endereço de publicação
Se eu fiz doutorado ou mestrado no Brasil, sempre achei errado utilizar Msc. ou Phd. e suas derivações.
Desde que se faça um doutorado, qualquer forma pode ser aceita… mas só com graduação ainda tem gente que teima em se achar doutor…
Me = Mestre no Brasil.
O melhor mesmo é chamar só pelo nome. Aposto que ninguém que tenha o título de doutor de verdade faz questão de usá-lo para se dizer melhor que quem não tem… Afinal, não faz sentido se achar diferente só porque teve a oportunidade de estudar mais que os outros. ?
Por favor, usem simplesmente seu nome. Deixem de ser arrogantes!!! Eu sou bacharel, mestre e doutor, e ainda tenho posdoutorado em uma das melhores instituições de engenharia no mundo. Moro foram do Brasil a mais de 3 anos. Em todos meus emails, formulários, etc, etc nunca assino meus títulos. Isso é arrogante e irritante! Deixe os títulos para as formalidades necessárias.
Estudou na melhor do mundo, e ainda escreve, “a mais de 3 anos”? Não aconselho utilizar seus títulos…
bem visto!
Bom questionamento 🙂
E se o sujeito for médico, com mestrado e doutorado, como fazer a distinção? Parece que no Brasil estão faltando temos para descrever o título da pessoa. Por exemplo, um médico, com mestrado e doutorado em saúde pública assina: (Nome), MD, MSPH, PHD. E não é considerado esnobaçāo, apenas faz jus aos títulos recebidos. Também tem diferença de tipos de mestrado e tipos de doutorado. Nem todo mestrado é MS e nem todo doutorado é PhD.Tem que ter uma carga horária é dedicação à ciência e pesquisa para ser MS e PHD. Exemplo: MPH e MSPH.
Só se utiliza o último e mais importante título. Mais que isso é arrogância mesmo.
Em Portugal Dr. é para todos os que tem uma graduação. Deve ser daí que bacharel em direito e médico se intitulam doutores no Brasil. Quem faz doutorado em Portugal é “Doutor” por extenso, não se abrevia. Achava estranho quando cheguei para fazer meu doutorado por lá que me chamavam de Dra. mas é uma forma de tratamento aos graduados.
Eu uso as formas Me. e Dr. – quem faz caso de distinção pessoal peca no principal: COMPETÊNCIA CIENTÍFICA, sei de Livres-docentes que nem dos alunos exigem o tratamento formalíssimo falado encabeçando a frase com seus títulos. Mas, na escrita, só pode haver uma forma correta, e é a que eu uso.
Acho que usar MSc ou PhD no Brasil deveria ser normal …em absoluto penso que seja coisa de gente q sea acha. Pessoal da ciencia noBrasil deve lembrar ja que a linguagem cientifica é internacional meu povo!!! e não deve ser limitarse a termos internos !!!!!
O mestrado forma professores e o título recebido é o de mestre em “alguma coisa”. Na abreviatura do título, no país, usamos o Prof..
O doutorado forma pesquisadores e o título é o de doutor, abreviado por Dr..
Como já falado, pós-doutorado não dá título.
E, na minha opinião, só devemos adaptar as abreviações ao inglês em situações onde estamos usando a língua inglesa. Seja em aulas, currículos, apresentações.
Não vejo problema em utilizar MSc e PhD por aqueles que fizeram o mestrado e o doutorado no Brasil por dois motivos. 1° – a formação acadêmica é universal e o mundo acadêmico “fala” inglês; 2°- particularmente no Brasil são tantos meros graduados em direito e medicina (e outros cursos da saúde) que utilizam o “Dr.” que o título virou pronome de tratamento. Embora no Brasil a educação não é valorizada eu tenho muito orgulho do meu título de doutor.
O que mais pude observar nos comentários, é que quanto mais as pessoas estudam, mais pedantes se tornam.
Deveria ser o contrário. O convívio social agradece.
Vou enviar o texto abaixo para a ABL… concordam?
A abreviação de “Mestre” publicada na lista de reduções da ABL é “M.e” (a mesma abreviação para “Madre”), entretanto o seu uso no meio acadêmico é pouco visível e aparentemente não é utilizado de forma confortável. Sugiro que essa entidade repense essa redução, utilizando aquela mais difundida, inclusive utilizada oficialmente por algumas instituições públicas de ensino superior no Brasil, como: “Me.” (simplesmente modificando a posição do ponto) ou até mesmo “Ms.” (aproximando da abreviação utilizada em língua inglesa, provocando assim um melhor entendimento do público geral).
Caro Daniel,
Achei muito interessante o seu comentário, o seu desabafo. Uma questão que me incomoda há muito é esta: Pra que tanto conhecimento nas universidades se esse conhecimento não está favorecendo a sociedade? Sim, pois se estivesse favorecendo, o Brasil não estaria tão atrasado em tantas coisas, não é? Mas o seu texto nos explica um pouco do que acontece em nossas universidades.
Quanto à sua conclusão sobre o que você fez da vida, digo que você não perdeu seu tempo e que seu valoroso conhecimento precisa ser aplicado no meio de pessoas que realmente precisam dele, e são muitas as pessoas. Não jogue fora tudo o que você aprendeu. Não desperdice esse tesouro que pode fazer a diferença pra tantos sem acesso à ciência de verdade. Use seu conhecimento para mudar vidas, para resolver problemas, para trazer esperança, para fazer pessoas se sentirem melhor, para terem o mínimo de dignidade. Faço isso! E se o meio onde você vive ou viveu não é digno de seus valores, invista onde vale a pena.
Deus existe, sim! Somos a maior prova disso. E Ele deixou estas palavras que se encontram no primeiro capítulo do livro de Provérbios, conhecido como o Livro da Sabedoria, e que foram escritas pelo Rei Salomão:
Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel;
Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem, as palavras da prudência.
Para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a eqüidade;
Para dar aos simples, prudência, e aos moços, conhecimento e bom siso;
O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos;
Para entender os provérbios e sua interpretação; as palavras dos sábios e as suas proposições.
O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.
Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe,
Porque serão como diadema gracioso em tua cabeça, e colares ao teu pescoço.
Filho meu, se os pecadores procuram te atrair com agrados, não aceites.
Se disserem: Vem conosco a tocaias de sangue; embosquemos o inocente sem motivo;
Traguemo-los vivos, como a sepultura; e inteiros, como os que descem à cova;
Acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos;
Lança a tua sorte conosco; teremos todos uma só bolsa!
Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; desvia o teu pé das suas veredas;
Porque os seus pés correm para o mal, e se apressam a derramar sangue.
Na verdade é inútil estender-se a rede ante os olhos de qualquer ave.
No entanto estes armam ciladas contra o seu próprio sangue; e espreitam suas próprias vidas.
São assim as veredas de todo aquele que usa de cobiça: ela põe a perder a alma dos que a possuem.
A sabedoria clama lá fora; pelas ruas levanta a sua voz.
Nas esquinas movimentadas ela brada; nas entradas das portas e nas cidades profere as suas palavras:
Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? E vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, odiareis o conhecimento?
Atentai para a minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do meu espírito e vos farei saber as minhas palavras.
Entretanto, porque eu clamei e recusastes; e estendi a minha mão e não houve quem desse atenção,
Antes rejeitastes todo o meu conselho, e não quisestes a minha repreensão,
Também de minha parte eu me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo o vosso temor.
Vindo o vosso temor como a assolação, e vindo a vossa perdição como uma tormenta, sobrevirá a vós aperto e angústia.
Então clamarão a mim, mas eu não responderei; de madrugada me buscarão, porém não me acharão.
Porquanto odiaram o conhecimento; e não preferiram o temor do Senhor:
Não aceitaram o meu conselho, e desprezaram toda a minha repreensão.
Portanto comerão do fruto do seu caminho, e fartar-se-ão dos seus próprios conselhos.
Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá.
Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal.
Provérbios 1:1-33
Vi muita intolerância e ignorância os comentários. Triste, ainda mais porque ´vindo de doutores e mestres. Meus caros, a ciência é universal! A comunicação científica deve priorizar qualquer ego ou ‘achismos’: O pequisador com mestrado/ doutorado no Brasil, na ocasião de precisar se comunicar internacionalmente, como entenderao que és mestre/doutor senão pelo MSc/ phD ? Não é ‘estrangeirismo’: o inglês é a lingua oficial da ciência!
Estava pensando o mesmo: muita intolerância e ignorância nos comentários vindos de mestres e doutores. A ciência é universal, Germano, concordo! Qual o problema em usar M.Sc. ou D.Sc. ou PhD para diferenciar seu merecido título daqueles graduados que o usam indevidamente (advogados, médicos, dentistas, nutricionistas, fisioterapeutas etc.) por lei, costume ou status? Se não há uma orientação do Ministério da Educação para tanto, cada qual que use o título com o qual se sinta mais confortável.
Mas em inglês como fica?
B. SC = Bachelor of Science
MSc = Master of Science
PhD = Philosophia Doctor
? = Doctor of Science. Tem uma abreviatura?
Não existe uma regra. Doctor of Science pode ser “D.Sc”, Sc.D.”, “S.D.” etc… Sequer significa que se trata necessariamente de um doutorado acadêmico, pode ser um título honorífico (aos moldes do nosso “honoris causa”). Se confunde até mesmo com o Doctor of Philosophy, já que há universidades em que este último substitui o Doctor of Science nas ciências naturais (“PhD in Physics”, v.g., bastante comum mundo afora). E com a abreviatura de Doctor of Philosophy, também, não há qualquer convenção. Na Inglaterra, por exemplo, Oxford adota “DPhil”, enquanto Cambridge “PhD”… Toda essa discussão, neste ótica, perde sentido. O sujeito com Mestrado em Filosofia na USP poderia assinar “M.Sc.”, “MPhil”, “M.A.”, tanto faz, se estivesse se dirigindo ao público estrangeiro. Todas são formas válidas. Na verdade, muitas vezes, tais títulos representam pequenas diferenças nos cursos oferecidos pelas universidades. A Universidade de Edimburgo, por exemplo, oferece dois mestrados em Filosofia, um conduzindo ao título “M.Sc.”, outro ao “MPhil”. O mesmo ocorre com a London School of Economics. Todavia os caminhos utilizados pela instituição escocesa não são semelhantes ao da inglesa, não existe um padrão claro nesta diferenciação. Já a King’s College London, por sua vez, oferece o título de “M.A.” para seus mestres em Filosofia, assim como a Columbia University, do outro lado do continente. Concluindo, não existe nenhum absurdo em um titulado no Brasil utilizar a abreviatura adotada no estrangeiro, embora seja um exagero de zelo, visto que “Me” ou “Dr” são plenamente reconhecíveis em qualquer academia do planeta. Mestre e Doutor são palavras de quase universal entendimento. Antes do inglês, latim foi a língua das ciências.
Entrei aqui apenas para sanar uma dúvida sobre o uso de “Me” ou “Ms”, pois já verifiquei que são usadas as duas formas de abreviaturas por aí. Então me deparei com essa discussão (no bom sentido), que me balançou para um lado e para o outro. Foi válido pois aprendi muito com o debate. Mas a conclusão que chego é que a pessoa deve usar o título que é apresentado em seu diploma…. concedido pela Instituição de ensino eleita para enriquecer seus conhecimentos. O mais importante é nos questionarmos se o indivíduo que vai ostentar o título tem “realmente” conhecimentos para disseminar… o resto é balela.. Se título fosse importante a gente nascia com ele gravado na testa… falei!!!
Gente eu fiz o mestrado lá no Brasil e agora estou morando no Perú. Como é que eu abrevio mestre em espanhol? MSc. ?
É estranho que muitos comentaristas, que acredito serem mestres ou doutores, ainda se posicionem contra uma regra simples mesmo tendo experienciado uma séries de normas (ABNT, padrão de normas, manual de redação…) nos cursos que passaram. Fico imaginando o compromisso ético e profissional…
Acho que os termos M.Sc. (prefiro essa forma!) e Dr., deveriam ser institucionalizados como forma de padronização pelo fato de serem mais utilizadas e há mais tempo no Brasil. Eu só uso (nos casos estritamente necessários!) porque achava que era assim mesmo, sem nunca ter levado em consideração que esses são os títulos conferidos onde fiz os cursos (aqui no Brasil!). Depois desse chuleado e pra arrematar a conversa, achei lamentável o discurso da maioria, em que uns mestres e doutores grosseiramente menosprezam a opinião de outros mestres e doutores, dando uma importância tão maior que a importância que deve ser dada aos mestres e doutores que habitam um universo de milhões de analfabetos, que com a força de seu trabalho ajudaram a formá-los. Senhores mestres e doutores, que gastaram um tempo enorme com uma discussão improfícua tentando desvendar os ditames da linguística, que pesquisas foram desenvolvidas até hoje por Vossas Senhorias, cujos resultados tenham sido relevantes para melhorar, minimamente que seja, a vida dos fomentadores dessas pesquisas? … Que me desculpem os titulados, mas doutor mesmo foi meu pai, um operário daqueles “foda”, formado somente no Ensino Primário (era assim antigamente!), que juntamente com outros operários não menos “foda”, alguns deles analfabetos, construiram um ônibus usando chassi e motor Chevrolet e carroceria Mercedes-Benz, enquanto o doutor Engenheiro só observava e dizia: “Isso não vai dar certo, isso não vai dar certo”. Tanto deu que o time de futebol da Rodoviária (fundado por operários do Departamento de Estradas de Rodagem do Amazonas, do qual os “foda” faziam parte!) que usava o tal ônibus, foi o campeão amazonense em 1983. … É título disso, é título daquilo, mas que em algumas situações é uma questão de somenos que as pessoas de bom senso nem deveriam dizer que os tem!
Só lembrando que advogados formados são automaticamente doutores, assim como estudantes de direito devem ser chamados de Dr. antes do nome
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Que piada, chamam advogados formados e que passaram na ordem de doutor, porque eles fazem “tese”, porém doutor, é só para quem tem doutorado. E chamar estudante de doutor, NUNCA!!! PIADA né? iahauahsuahsuahsu
Colega, sou advogado também. Isto que você falou não procede. Essa argumentação de que a Lei de 11 de agosto de 1827 conferiu tal benéssie é equivocada. A referida lei, em seu art. 9º, deixa bem claro que o título de doutor será concedido a quem cumprir os requisitos a serem especificados em especial estatuto para tal fim. A primeira parte do dispositivo explicita que o titulo do graduado em Direito é tão somente bacharel. À época que foi decretada tal lei pela Assembleia Geral, vigoraram provisoriamente os estatutos elaborados pelo Visconde da Cachoeira (conforme depreende-se de seu art. 10º). Da leitura destes já se nota (capítulo XIII), que desde aquela época, era exigida para a obtenção do grau de doutor a “defesa pública de várias teses entre matérias do curso jurídico”, a ser feita perante a congregação da faculdade, que decidiria se aprovaria ou não o candidato. Mais, para obter tal título, era absolutamente necessário que o estudante tivesse se formado com “aprovação nemide (sic) discrepante”, de acordo com o mesmo capítulo dos estatutos. Por “nemide discrepante” por certo o legislador queria significa a locução latina “nemine discrepante”, ou seja, sem a objeção de ninguém, por unanimidade. Destaque-se que, naquele tempo, via de regra as universidades utilizavam dois tipos de distinção aos graduados: “simpliciter” e “nemine discrepante”. Este último, seria equivalente ao atual “suma cum laude”. Ou seja, essa argumentação de que bastaria ao estudante de Direito de hoje em dia formar-se no curso para passar a ser doutor é totalmente despropositada. Nem na época era assim, que se dirá de hoje em dia, em que tal lei já está evidentemente revogada.
Percebi que a “utilização da sigla” é mais pra mostrar que você é melhor que certo alguém. Quanto ego!
A maioria afirmam utilizar para diferenciar-se do outro porquê “se acham” superiores aos colegas de profissão apenas por ter ficado 2 ou quatro anos lendo um tema específico e escrevendo o que “seu orientador queria” de uma forma que fosse agradar a banca pra não ser reprovado. Patético.
Vivemos em um país que é vergonhoso mostrar um título obtido com muito suor e noites mal dormidas. Em contrapartida, é altamente aceitável ser chamado de doutor se fizer uma faculdade meia boca e tratar as pessoas de maneira bosal.
Meu título de mestre não foi obtido escrevendo o que orientadora queria, obtive virando madrugadas no laboratório, tomando remédio pra depressão, ansiedade e gastrite, arriscando minha saúde com o manuseio de bactérias patogênicas, indo sozinha pra universidade a noite, finais de semana e em feriados, passando fome e perigo, na busca de um composto que salve vidas.
Então, no meu carimbo tem um MSc. gigante. Pra todo mundo saber que sou mestra e que eu comi o pão que o Diabo amassou pra conseguir esse título.
Não coloco Ma. porque podem achar que é o nome Maria e quero que tenham certeza que sou mestra, pq eu me orgulho muito do meu título, tenho orgulho de ter dedicado minha vida acadêmica à ciência.
Tenho vergonha é de ser chamada de doutora, pois ainda não fiz doutorado e não quero ser chamada do que não me lutei pra ser.
*Boçal (foi erro do corretor rsrs).
Não, Liane. O título acadêmico DEVE ser utilizado em tudo o que se refere à opinião, diálogos, documentos, etc, pois é a validação do conhecimento do locutor. O título acadêmico de doutor ou mestre possuem validade científica, ao contrário do pronome de tratamento “doutor”, aí sim nada vale a não ser alimentar o ego de bacharéis em direito.
Oi pessoal,
Muita gente comentou de advogados e médicos (humanos 🙂 ). Vou só adicionar que médicos veterinários também fazem uso do Dr. após a graduação, o que gera confusão quando se usa Dr. pra descrever quem possui doutorado.
Um problema que encontrei frequentemente nos EUA quando dizia que tinha terminado meu doutorado (doctorate), é que as pessoas achavam que eu havia concluído a graduação, porque eles recebem o título de doutor na graduação de medicina veterinária. Passei então a responder que tinha terminado meu PhD pq aí eles entendiam.
Quanto a publicar em revista internacional, várias têm já o título para vc escolher dentre opções para clicar – então vc escolhe o que for mais apropriado. E quando pedem para vc escrever o título, você escreve do jeito que achar mais correto ou que vai causar menos confusão (nem sempre são o mesmo). Eu me sinto desconfortável colocando PhD simplesmente porque não foi esse o título que me foi conferido, mas uso quando envio artigos para revistas americanas pq fica óbvio para eles que tenho doutorado.
Nem na minha universidade me foram capaz de dizer como eu deveria abreviar o doutorado de forma que não fosse confundido com Dr. de graduação.
Vi algumas pessoas usando DSc, isso me parece uma boa alternativa.
Não seria melhor colocar um Dr. Advogado para que a coisa se complique de uma vez?
Em minha humilde opinião,acredito que cada profissional deve compor sua apresentação da forma que seja melhor compreendido. Deve-se discernir profissão de titulação. assim, por exemplo:
Prof. Fulano(a) de Tal Prof. Me. Fulano(a) de Tal Prof. Dr. Fulano de Tal Prof. Dra. Fulana de Tal
Adv. Fulano(a) de Tal Adv. Me. Fulano(a) de Tal Adv. Dr. Fulano de Tal Adv. Dra. Fulana de Tal
Lembrando que cada Conselho Profissional tem um padrão, porém, embora muitos permitam o uso do Dr./Dra. por profissionais não-doutores, essa prática não faz sentido e a considero antiética.
Sobre a questão dos profissionais do Direito, recomendo a leitura do documento , especialmente o artigo 9°.
Em um contexto internacional, problema nenhum em utilizar as siglas em latim/inglês visando facilitar a comunicação; neste caso, usa-se depois do nome.
Espero ter contribuído. Abraço.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LIM/LIM.-11-08-1827.htm
o mestre em capoeira? e o mestre Sala.? e o Contra Mestre?
como se abrevia?
Olá boa tarde.
Qual a diferença entre as abreviaturas “MD”e “MSc”? São duas abreviaturas para mestrado ou abreviaturas para pós graduações distintas?
Percebi que alguns profissionais exibem em suas apresentações as abreviaturas MD, MSc e PhD, juntas.
Prezados, o Decreto Imperial ainda está em vigor. Haja vista que o mesmo ainda não foi revogado. Não sou advogado (sou da área da saúde e da ciências humanas e sociais), contudo acredito que o colega Alexandro Montecelli está coberto de razão. Entretanto, os meus títulos de pós-graduação (quais sejam lato ou stricto sensu) eu procuro utilizar as siglas em português, já que obtive os títulos em território brasileiro. Segue abaixo a referida lei
O Decreto Imperial (DIM), de 1º de agosto de 1825, exarado pelo Chefe de Governo de Dom Pedro I, deu origem à Lei do Império de 11 de agosto de 1827, que Cria dois cursos de Ciências Jurídicas e Sociais; introduz regulamento, estatuto para o curso Jurídico; dispõe sobre o título (grau) de doutor para o Advogado’