Fazer resenhas exige conhecimento do assunto, para estabelecer comparação com outras obras da mesma área e também maturidade intelectual ,para afazer avaliação e emitir juízo de valor.

Isso porque as resenhas apresentam o conteúdo de uma obra, acompanhada de uma avaliação crítica ou indicativa.

Expõe-se claramente e com certos detalhes o conteúdo da obra, o seu propósito e o método que segue para, posteriormente, desenvolver uma apreciação crítica do conteúdo, da disposição das partes, do método, de sua forma ou estilo e, se for o caso, da apresentação tipográfica, formulando um conceito do livro.

A resenha poderá ser um acontecimento qualquer da realidade ou texto e obras culturais. Mas, com efeito, a importância do que se vai relatar numa resenha depende da finalidade a que ela se presta.

A resenha poderá ser descritiva, sem nenhum julgamento ou apreciação do resenhador, ou crítica, pontuada de apreciações, notas e correlações estabelecidas pelo juízo crítico de quem a elaborou.

Em resenhas descritivas, são dadas informações sobre o texto: nome do autor (ou dos autores); título completo e exato da obra; nome da editora (ou coleção de que faz parte a obra); lugar e data da publicação; número do volume de páginas.

Pode-se, aqui, fazer uma descrição sumária da estrutura da obra (divisão de capítulos, assuntos dos capítulos, índice, etc).

No caso de uma obra estrangeira, é útil informar também a língua da versão original e o nome do tradutor.

Em um segundo momento, é apresentado o resumo do conteúdo da obra; indicação sucinta do assunto global que aborda; explicitando os pontos essenciais do texto e seu plano geral.

Já em resenhas críticas, além dos elementos já mencionados, devem ser inclusos também os comentários e julgamentos do resenhador sobre as ideias do autor, o valor da obra, entre outras questões.

Em linhas gerais, a resenha consiste na leitura, resumo e comentário crítico ou não de um livro ou texto. Para a elaboração do comentário, utilizam-se opiniões de diversos autores da comunidade científica em relação às defendidas pelo autor e se estabelece todo tipo de comparação com os enfoques, métodos de investigação e formas de exposição de outros autores.

Essa modalidade de texto compreende uma abordagem objetiva (onde se descreve o assunto ou algo que foi observado, podendo ou não emitir juízo de valor). A resenha facilita o trabalho do profissional ao trazer um breve comentário sobre a obra, avaliando-a.

A descrição do assunto da obra, livro, texto artigo ou ensaio compreende na apresentação das ideias principais e das secundárias que sustentam o pensamento do autor. Para facilitar a descrição do assunto, sugere-se a construção dos argumentos por progressão, o que consiste no relacionamento dos diferentes elementos, mas encadeados em sequência lógica, de modo a conseguir uma relação evidente entre um elemento e seu antecedente.

A apreciação crítica deve ser realizada em termos de concordância ou discordância, levando em consideração a validade ou a aplicabilidade do que foi exposto pelo autor. Para fundamentar a apreciação crítica, deve-se levar em conta a opinião dos autores da comunidade científica, suas experiências profissionais e visões de mundo.

Nas considerações finais, devem ser apresentadas as principais reflexões e constatações decorrentes do desenvolvimento do trabalho.

A estrutura da resenha geralmente obedece a seguinte ordem: capa, sumário, introdução, descrição do assunto, apreciação crítica (quando a resenha pertencer a essa modalidade), considerações finais, referências e anexos. Nas considerações finais, devem ser apresentadas as principais reflexões e constatações decorrentes do desenvolvimento do trabalho.