Pode-se afirmar com certa segurança que os pós-graduandos compartilham de algumas crises comuns, anseios, dúvidas, enfim… Você aí que está lendo este texto, em algum momento já não disse para si mesmo: o tempo voou, o prazo chegou, e, a qualificação deve ser marcada em 3, 2, 1… Se, ainda não, está no caminho…

A qualificação é um importante, e, em algumas vezes, um temido momento na vida dos pós-graduandos.

Primeiramente, a elaboração do texto de dissertação ou tese para os professores membros da banca. Alguns estudantes sofrem muito nesta etapa. Uma dica é iniciar o processo de escrita desde o ingresso no programa de pós-graduação, isto funciona mesmo, e facilita o árduo processo de escrita, que, diga-se de passagem, não é tão simples assim.

Uma vez, que precisamos digerir as bibliografias, frequentar as disciplinas dos programas, realizar leituras, trabalhos, artigos, e atividades extra-acadêmicas.

Posteriormente, o questionamento é o seguinte: quem convidar para compor a banca de qualificação? De imediato, uma justificativa coerente seria convidar um professor(a) que possa contribuir com o objeto de pesquisa em questão. E, logo, com o texto preparado, a banca escolhida, a data definida, resta a preparação para o grande momento.

A apresentação exige minimamente um planejamento, a organização da exposição de suas ideias no momento de sua fala, os professores obviamente já leram os pormenores de seu trabalho, logo, é desnecessário uma fala extensa, seja breve, discorra sobre os aspectos gerais de sua pesquisa, tema, problema, referencial teórico-metodológico, objetivos e rapidamente a organização dos capítulos.

Prepare-se psicologicamente para a data, é extremamente importante, e, é o momento de saber ouvir tudo o que a banca tem a dizer a respeito de seu trabalho. E, lembre-se, nada é ataque particular para você ou seu orientador(a), mas, a discussão é com seu trabalho. Um rico momento que poderá direcionar ou (re)direcionar os rumos de sua pesquisa, e que contribuirá para seu amadurecimento como pesquisador(a).

Não fique aflito(a) pensando nas milhares de observações anotadas em seu texto pela banca. Entenda como sugestões que você e seu orientador(a) discutirão, e, os aspectos considerados relevantes para o desenvolvimento da pesquisa poderão ser revistos.

Outra questão importante a ser pensada é o momento pós-qualificação. Não é uma prescrição médica, mas, a dica de alguns pós-graduandos que já passaram pelo processo é: dê um tempo para você, esqueça-se de tudo relacionado a sua dissertação ou tese.

Respire, descanse, e, posteriormente retorne as suas atividades de pesquisa. Pois, é loucura a atitude de ambicionar arrumar apressadamente todas as solicitações realizadas logo após a banca. É necessário um tempo para refletir sobre todas as observações e questionamentos apontados.

O momento pós-qualificação permite a visualização da luz no fim do túnel, pois, com todas as considerações realizadas pelos membros da banca, resta estudar, escrever e vivenciar o trajeto rumo ao ponto final de seu trabalho.

Voltando a pergunta inicial: entre fugir ou qualificar? Enfim, se você está lendo este texto, já está qualificado(a) ou é candidato(a) a qualificação que está por vir, se você sobreviveu até aqui como muitos outros(as), será também um sobrevivente do momento qualificação. Logo, não fuja, qualifique!